Sérgio Sousa Pinto vive à sombra de um mestre da política nacional já desaparecido, Mário Soares.
Foi um pupilo e como pequeno pavãozinho sem penas continua a pupilar por aí, sempre que lhe deixam mostrar a penugem inexistente.
No outro dia foi ao Público, espraiando-se em pupilações canoras de grande alcance para os correligionários que traíram o ideal do mestre e o afastam por continuar a ser pupilo.
A melhor afirmação pupilada revela o sentido profundo de um pensamento emprestado: "o soarismo é uma versão do socialismo que assenta numa ideia de que a manutenção das condições numa sociedade democrática, livre, pluralista, liberal exige prosperidade."
Prosperidade é um estado que o socialismo, incluindo o do soarismo, se propõe alcançar por mero efeito retórico. A simples enunciação é bastante para se tornar efectiva e é obra da "classe média". Protegendo a "classe média" alcança-se a prosperidade, para este pupilo cheio de empáfia.
Leia-se o estendal de conceitos sobre o socialismo soarista e afim, contraposto ao socialismo de geringonça que liquida a classe média:
Desgraçadamente este pupilo nem sequer sabe estudar as ideias feitas do seu mestre-tutor. Será bom por isso lembrar quais eram e o que significaram para o país e para as bancarrotas sucessivas que o pupilo atira para cima de ombros alheios por não suportar tal carga.
O "soarismo" foi isto ao longo das décadas de cultivo regado a marxismo difuso e social-democracia de país empobrecido pelo uso de tal mistela.
No início dos anos setenta era um cóio esquerdista radicalizado na juventude pela frequência do comunismo marxista-leninista. Perante a bancarrota do sistema de Leste e influência de trabalhismos e socialismos franceses e de outras paragens, mudaram a agulha seguindo por via paralela e secundária mas sempre à vista da principal, acompanhando o caminho.
Em tempos ( 2012) já dei o óbulo para uma resposta antecipada ao pupilo que continua a pupilar enormidades desinformativas:
"Em finais de 1973 a Inglaterra estava como a notícia anuncia: crise económica grave e que se prolongou por mais uns anos até chegar Margaret Thatcher. Quem mandava então na Inglaterra? A Esquerda socialista, com os sindicatos à cabeça.
Nesse mesmo ano nascia o PS português, de esquerda genuína e marxista cujo socialismo demorou um bocado a ser metido na gaveta. Rui Mateus é um dos fundadores. Proscrito.
Por cá, em 1975, no O Jornal escrevia um tal Batista Bastos que entendia dar um recado a Mário Soares que dissera que o PS era o maior partido português: O tal Batista Bastos dizia-lhe "olhe que não! Olhe que não!..." e repenicava o seu desejo dali a poucos meses impresso na Constituição: Portugal seria uma república a caminho do socialismo e da sociedade sem classes.
Muitos esquerdistas, depois disso, reciclaram-se no PS, um partido de poder, como se pode ler aqui:
Em finais dos anos setenta, o socialismo português era assim: não se toca no socialismo comunizante da Constituição de 76 e não se toca na Economia nacionalizada. O espectro da Inglaterra de 1973 nada lhes dizia.
Nessa altura, o PS propunha-se mudar o país em dez anos. Como?
Assim: na "mosch" com então se dizia. Perante o espectro da fome que alastrava no país devido à magnífica governação deste indivíduo e do seu partido, a qual obrigou o país a estender a mão e a hipotecar a sua soberania ao estrangeiro, com a entrada do FMI, Mário Soares fugiu em frente e em 1986 acabou presidente da República, mesmo depois de levar uns calduços da populaça comunista. Os quais acabaram por votar no indivíduo. E porquê?
Por isto, muito simplesmente:
Mário Soares, sempre que precisa de apoio popular tem um segredo: faz-se humilde e amigo dos pobres e basta a palavra socialismo ou esquerda para fazerem o resto.
Em Portugal, o partido Socialista só tem os votantes que tem por causa disto. Somente isto: uma intrujice, um embuste e uma mentira.
Mário Soares é dos maiores burgueses que podem existir; um epicurista; um bon-vivant; um incompetente que alardeia ignorância de línguas estrangeiras, de dossiers com assuntos fastidiosos e o mais que se pode imaginar.
No entanto, para ganhar eleições ou exercer influência como agora, basta-lhe a velha receita: esquerda, pobres, neoliberalismo execrado e já está!
Ainda não houve ninguém que lhe mostrasse o exemplo inglês..."
Para além disto pode interessar ao pupilo recordar que Mário Soares foi sempre um desmemoriado a quem só interessava o poder. Em 1976 já achava que as nacionalizações tinham sido um grande erro no modo como foram realizadas.
Mas não remediou tal erro a não ser por imposição da CEE, mais de dez anos depois...
Em 2013 o mestre deste pupilo desmentiu os ensinamentos que lhe ministrou e ainda continuam a pupilar naquele, com atitudes desmioladas, por causa do despeito causado pela bancarrota do seu outro pupilo degenerado...e por isso escrevi sobre o alarme social evidente:
Os três canais televisivos, a esta hora (21:25) estão em transmissão directa da Aula Magna, a mostrar um discurso de Mário Soares à boa maneira do PREC de 1975, no "Encontro das Esquerdas".
"O presidente e o governo devem demitir-se!" acaba de dizer Mário Soares.
E no discurso entaramelado (não conseguiu dizer de uma vez só CDS-PP) apela implicitamente a violência, dizendo que "é melhor que saiam agora, enquanto é tempo, pelo seu próprio pé" e outros mimos que são simplesmente um apelo criminoso e punido no Código Penal. O incitamento à violência, deste modo, é a prova que Soares perdeu a memória, o pudor e a qualidade que alguns lhe davam: a moderação.
Enfim, este pupilo devia era deixar de fazer tais figuras e arranjar vida própria, embora seja já um pouco tarde para isso.
O que temos agora em resultado directo do tal socialismo soarista, para além das bancarrotas ainda é pior que isso porque é a degenerescência moral que tal provocou, com o seu cortejo de apaniguados, como os adelinos farias filipes costa e quejandos, das sics e tvis da actualidade.
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