quinta-feira, novembro 21, 2013

O PREC de Mário Soares, o desmemoriado transformado em agitador social

Os três canais televisivos, a esta hora (21:25) estão em transmissão directa da Aula Magna, a mostrar um discurso de Mário Soares à boa maneira do PREC de 1975, no "Encontro das Esquerdas".
"O presidente e o governo devem demitir-se!" acaba de dizer Mário Soares.
E no discurso entaramelado (não conseguiu dizer de uma vez só CDS-PP) apela implicitamente a violência, dizendo que "é melhor que saiam agora, enquanto é tempo, pelo seu próprio pé" e outros mimos que são simplesmente um apelo criminoso e punido no Código Penal. O incitamento à violência, deste modo, é a prova que Soares perdeu a memória, o pudor e a qualidade que alguns lhe davam: a moderação.

Soares, desde que teve aquela encefalite endoidou. Está irreconhecível e nem se lembra do que passou em 1985...

Vamos lá lembrar, outra vez para que este "Encontro das Esquerdas" tenha mais encanto:



A prestação de um fadista, Carlos do Carmo, presente na mesa, é arrasador para Soares: lembra o Soares primeiro-ministro que não deixou saudades e conta a anedota real de nos conselhos de ministros adormecer quando os seus ministros começavam a discutir " as verbas" do Orçamento. Exemplar. Soares ao ouvir isto, ri-se. É que isto é de rir, de facto...
Porém, não se deve ter rido quando o fadista evocou a figura de Ramalho Eanos como pessoa de prestígio e valor. Ramalho Eanes não há muito tempo, lembrou o livro de Rui Mateus como o exemplo dos factos que Soares não quer lembrar...
O Pacheco, o Pereira está lá, na mesa de honra todo contente. Está aqui está no Bloco Livre a rememorar os tempos da OCMLP...
O Freitas, do Amaral, também convidado e arrolado,  desistiu à última. Restou-lhe um pingo de pudor. Ainda bem. Conta-se com o mesmo para a presidência da República...

À margem do encontro, mas televisionado em simultâneo, a manifestação das forças de segurança junto da A.R. mostrou os polícias a galgarem as escadas do edifício da A.R. numa atitude inédita e que os colegas que estavam lá para tal impedir, nada fizeram. E fizeram bem.
Quem ficou mal foram aqueles que galgaram as escadas. No futuro, ficam sem autoridade para impedir seja quem for de o fazer...o que é triste e desnecessário.

Em tempo: A SICN da inefável sonsa Lourenço tornou o acontecimento em happening. Ao ouvir Pacheco Pereira, o repórter Manuel Mestre comenta para o espectador ouvir: "demolidor". De facto. Do jornalismo isento e imparcial. A SIC é de quem?

E acabei de ver um abraço sentido e demorado a Mário Soares, de um antigo "líder da classe operária"  de seu nome Arnaldo Matos.
Que surreal!

Questuber! Mais um escândalo!