domingo, novembro 10, 2013

Álvaro Cunhal: a mistificação permanente

Perfaz hoje o centenário de Álvaro Cunhal e os jornais da situação rejubilam em parangonas a um herói que só o deveria ser para os comunistas e as suas ideias fossilizadas nos manuais sem futuro.

Álvaro Cunhal foi um português que traiu o seu país de nascimento porque o quis entregar aos cuidados da Internacional Comunista com sede em Moscovo, no tempo em que o comunismo era o sistema político que abrangia vários países num império que se queria ideológico e se pretendia estender a todo o mundo. Sob o pretexto de Portugal ser um país entregue ao imperialismo do ocidente ( americano) simbolizado e corporizado no sistema económico capitalista, Cunhal e os seus próceres ideológicos que continuam a vicejar no PCP, quiseram subverter completamente esse sistema social e económico e transformar Portugal num satélite daquela potência imperial, tornando o país parte da Internacional que lutava ideologica e militarmente contra o capitalismo.
Foi isto que Cunhal pretendeu fazer toda a sua vida e nada mais, por Portugal. E nem mesmo depois do Império comunistat ter ruído com o fragor que se ouviu em todo o mundo, Cunhal desistiu dos seus ideiais fossilizados.

Transformar este individuo em herói nacional é indecoroso e obsceno.  Para comprovar e comemorar a efeméride aqui ficam entrevistas do líder comunista que sozinho provocou mais miséria ao país que somos, que todos os habitantes que nunca votaram no mesmo.

A primeira entrevista que o mesmo concedeu ao Expresso, ainda antes de 25 de Abril de 1974 e que o jornal anuncia que foi censurada, publicando-a em 27 de Abril de 1974, como se o não devesse ser no regime de Marcello Caetano que combatia a ideologia comunista do modo mais radical: prisão para os militantes que actuavam subversivamente. Prisão legalmente justificada e que os mesmos sabiam perfeitamente seria a consequência dos seus actos. Actuação idêntica à que propunham em relação aos "fascistas" que depois prenderam sem qualquer culpa formada na sequência dos acontecimentos de 28 de Setembro de 1974. Entre tais "fascistas" estavam pessoas como Artur Agostinho, por exemplo. O Expresso, censurado várias vezes antes de 25 de Abril, agora censura de outro modo: internamente e como explicava Joaquim Vieira em postal anterior.

Uma das poucas entrevistas reveladoras de Álvaro Cunhal, antes de 25 de Abril de 1974 foi publicada pelo jornal O Raio da Covilhã, em 1 de Agosto de 1975 ( aproveitando a onda do PREC e querendo colar-se e surfar a mesma...)
A entrevista é reveladora da traição de Cunhal ao seu país, à sua pátria e é uma vergonha.

Um dos poucos que entendeu Cunhal e colocou sempre no seu lugar foi Vasco Pulido Valente. Esperava que hoje no Público escrevesse sobre a efeméride. Não o faz porque não escreve. Para compensar fica um artigo no Independente de 1 de Dezembro de 1988, data da Restauração, coisa espúria para os comunistas.

Em 17 de Abril de 1981 Cunhal lá condescendeu com o Expresso e concedeu uma entrevista de fundo a Maria José Avillez que procurou perguntar coisas que sabia que Cunhal não queria responder. A entrevista, a par de mais duas ou três, uma delas no Independente, é das que revelam um Cunhal que se recusava sempre a falar de certas coisas e tinha sempre a indulgência dos entrevistadores, principalmente na televisão. Sempre entrevistas vergonhosas e reveladoras da influência comunista na sociedade portuguesa.
A verdadeira face de Cunhal, porém, é esta bem explícita na reacção à "reacção", logo a seguir ao 28 de Setembro de 1974. Quem não o conhecer que o compre...e há imensos idiotas úteis interessados em dar bom preço pela figura mítica de um vende-pátrias estalinista e que não hesitaria em implantar em Portugal um regime político de concentração e totalitário. Tudo em nome de um ideal que o PCP ainda persegue.



10 comentários:

Unknown disse...

Só um povo acéfalo e de uma ignorância que raia o ofensivo aceita, sem protesto, o elogio a um Quisling paroquiano,e falhado, servente dedicado dos amos de uma multinacional entretanto falida...

Vivendi disse...

A maioria das pessoas criticava a censura de Salazar (o que à partida até é correto esse sentimento).

Mas quando o jogo virou para o controle dos opositores ao regime Salazarista podemos entender na PRÁTICA que a dita censura foi é muito branda.

Essa corja Cunhal e Soares e demais & destruíram um país secular e colocaram na lama a afirmação de Portugal no mundo.

zazie disse...

Que maravilha, José!

Em grande.

João Nobre disse...

Publiquei:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/11/alvaro-cunhal-mistificacao-permanente.html

Contacto: historiamaximus@hotmail.com

António Barreto disse...

Há suspeitas de que o PCP esteve implicado no ataque ao Angoche no qual desapareceram os 32 tripulantes que terão sido executados num campo da Frelimo. Parece que a documentação da Pide que foi entregue pelo PCP aos russos poderia esclarecer isto. Parece que a CIA sabe o que aconteceu.É importante saber o que se passou! Andam por aí muitos autoproclamados lutadores da liberdade que não passam, afinal, de traidores. Álvaro Cunhal nunca foi um defensor da Liberdade.

josé disse...

Nenhum jornal da actualidade pegará nesse assunto. Garantido.

O sistema é para manter como está e hostilizar o PCP é anti-sistema.

josé disse...

Está a ver a tontinha do Público que só jura artsy artsy ou o alienado Octávio ou o cretino Costa ou mesmo o desportivo Marcelino a pegarem no assunto?

muja disse...

Só um povo acéfalo e de uma ignorância que raia o ofensivo aceita, sem protesto, o elogio a um Quisling paroquiano,e falhado, servente dedicado dos amos de uma multinacional entretanto falida...

Uknown, a minha opinião já foi próxima dessa. Hoje é muito diferente.

O PC, no geral, não só o português, é uma organização baseada na subversão. Na sua matriz tem elementos que a praticam culturalmente desde há séculos. No início do século vinte foi aperfeiçoada e refinada em doutrina operacional.

Raramente é tida em conta a experiência obtida na Ásia Central soviética, cujos povos eram bem mais "ignorantes" e retrógrados do que o português alguma vez foi.
Essa experiência foi transportada para África, através da Alemanha Oriental que conhecia a realidade africana e que foi quem gizou o plano de propaganda soviética no continente.

Nenhum povo é imune à subversão porque a subversão é isso mesmo: minar e corroer as instituições que são fortes. É como o alegado vírus da SIDA: subverte o próprio sistema que o havia de combater.

O comunismo não se combate apenas com progresso económico, porque a subversão funciona sobretudo nos privilegiados. E funciona no sentido de permitir a doutrinação em massa e essa não precisa de ser sofisticada. Até convém que não o seja, para ser bem compreendida por todos. É uma questão de escala.

Não creio que o comunismo, nas suas várias vertentes - na qual incluo o internacionalismo capitalista moderno, os neo-qualquer-coisa - possa ser combatido ou prevenido passivamente. Requer vigilância constante e repressão activa. Senão é uma questão de tempo... E ele não se cansa e toma as caras e engole os sapos que forem precisos...

A culpa não é do povo. O povo até protesta. Mas ninguém lhe dá voz. Quando finalmente age, fá-lo em desespero de causa, e caoticamente, como é natural, mas aí está já perdido por duas razões: primeiro, porque para chegar a esse ponto a subversão da elite está já consumada. Segundo, porque uma massa caótica e organizada nunca poderá nada contra uma organização coesa, com objectivos, e preparada para controlar precisamente o fenómeno que se lhe pretende opôr.

Muito fizeram já as pessoas em resistir o que resistiram e resistem. Mas não se pode fazer mais que isso sem liderança. Não pode.
E é nisto que vejo a hipocrisia dos monárquicos. Nada fazem. Nada fizeram. Continuamos com a nobreza de robe a arrulhar enquanto se esbulha Portugal. E ainda dizem mal do Salazar...

Unknown disse...

Mujahedin: Chegue-se à frente e proponha alternativas... Lance-se a votos

muja disse...

Alternativas? Que tal uma G3 nas mãos do Duarte Pio?
Isso sim, é uma verdadeira alternativa. Ahaha!