sexta-feira, novembro 01, 2013

O assunto BPN vai esfriar...

D.N. (via TSF):



O Ministério Público está a investigar a Gestão do BPN pela Caixa Geral de Depósitos. Em causa está o crédito concedido a várias empresas contra garantias de muito menor valor.

Na primeira metade de 2009, o BPN já sob gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá concedido mais de 500 milhões de euros de crédito a cerca de 80 empresas que deram como garantias apenas 81 milhões de euros.
Significa isto que o valor do crédito concedido às mesmas empresas aumentou 328 milhões de euros comparando com o ano de 2008, altura em que o banco não tinha ainda sido nacionalizado.
Com estes dados, a Parvalorem, a empresa pública que está a gerir os chamados ativos tóxicos do BPN, confirmou ao Diário de Notícias que já seguiram para o Ministério Público queixas crimes contra a antiga administração do BPN liderada por Francisco Bandeira.
A empresa pública afirma que foram concedidos créditos de valores consideráveis sem que existissem garantias. E, por isso, agora é muito difícil recuperar esse dinheiro. O DN adianta que as queixas estão a ser analisadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Uma fonte ligada à antiga admnistração do BPN liderada por Francisco bandeira mostrou-se suspreendida com a iniciativa da Parvalorem. Acrescenta esta fonte que, na altura, o conselho de crédito do banco era composto por pessoas com décadas de experiência no setor e que nenhum dos gestores foi até agora ouvido pelo Ministério Público.

Quanto ganhava o magnífico gestor Francisco Bandeira ( o tal que segundo Eduardo Catroga abandalhou a Caixa)?  Francisco Bandeira ganhava 450,5 mil euros em 2009.

Aliás, já em datas anteriores ( 2006 e 2007)na mesma CGD, os então administradores Vara e Bandeira foram apontados como magníficos gestores públicos e premiados como tal.

Com estas notícias aposto que o assunto do BPN, da "roubalheira", do "caso de polícia", do exemplo de má gestão e o símbolo da ruína  do país vai esfriar e deslocar-se para outros alvos. Estes não servem para o efeito porque são  os que compraram os foguetes, deitaram o fogo e foram apanhar as canas da "festa" que durou até às tantas, desde 2005. É preciso outros para a SIC-N da inefável Ana das notícias dar conta do assunto, convidando sempre as pessoas certas que estão de acordo com a sua particular opinião noticiosa, feita género jornalístico próprio: o comentador-jornalista-de causa partidária-sem o mínimo de vergonha e que abandalha a profissão.

Ah! E já me esquecia: o caso Homeland, de Duarte Lima, razão pela qual o mesmo está preso, prende-se com um empréstimo concedido pelo BPN, para investimento num terreno. Segundo parece, a essência da burla (?) residirá no facto de o BPN, no caso o seu presidente Oliveira e Costa ter emprestado uma quantia de várias dezenas de milhões de euros ( 44 segundo parece) sem as garantias suficientes, o que os próprios serviços do BPN tinham avisado que poderia suceder. Ou seja, a mesma coisa que a CGD do senhor Bandeira terá feito...
Para quando a prisão preventiva por burla? Ou os pesos e medidas são diversas? E a aquela menção constitucional sobre a igualdade dos cidadãos perante a lei?

Questuber! Mais um escândalo!