domingo, outubro 01, 2023
Todes intolerantes à banda desenhada...
sábado, setembro 30, 2023
A corrupção em Portugal é uma tempestade perfeita no saque ao que é de todos, liderado pelo PS
Poucos casos haverá, no historial da corrupção endémica em Portugal, como o actual da operação "tempestade perfeita".
O Expresso explica assim as últimas notícias sobre o caso:
Como se lê, há um conjunto de personagens envolvidas no caso, todos ligados ao PS e ao modo de funcionamento político-partidário-universitário das nomeações para altos cargos dirigentes. Ministros, professores universitários e meros funcionários superiores de direcção-geral.
O CM de hoje mostra o lado mais prosaico em modo noticioso:
A explicação complexa para este caso carece de melhor recorte porque é evidente que alguns envolvidos nem sequer consideram ter havido corrupção alguma naquilo que fizeram. Veja-se o caso da ministra Carreiras, "professora catedrática" no ISCTE ( onde mais, senão nesse viveiro, nessa loca infecta de um socialismo corrupto até à medula?): a denúncia de um dos arguidos no sentido da corrupção académica mais clara, se forem verdadeiras as imputações, encontra respaldo factual na circunstância de a mesma ter sido financiada através de "vários protocolos", pelo Estado, dominado pelo PS cujos dirigentes provêm exactamente das mesmas loca infecta. Um círculo vicioso, difícil de definir com precisão e que se solidificou ao longo das últimas décadas.
Acabem com o ISCTE e muita corrupção deste tipo desaparece imediatamente!
Uma explicação também prosaica mas nem por isso menos realista é a de Eduardo Dâmaso, no CM:
Há outra explicação ainda mais prosaica que esta e vem directamente das conversas escutadas no âmbito do mesmo processo e que se transcreveram num comentário a um outro postal:
“Um lugar que eu quero é presidente de uma empresa qualquer. Até pode ser da ETI “, observa o então funcionário da Direcção-Geral do Tesouro. “Porque todas as empresas têm potencial, haja arte e engenho para o saber levar, não é?” ...“O segundo lugar, que já é, digamos assim, um compromisso, é ter um lugar estável lá fora. Na ESA – Agência Espacial Europeia, na NATO, uma merda qualquer a ganhar 12 mil euros! Também não fico chateado, percebes? Mas não posso dizer que é a minha primeira opção. O terceiro lugar, que eu não quero mas até aceito, é como director-geral de uma merda qualquer.”
https://www.publico.pt/2023...
O PS é o partido que lidera esta corrupção porque é o partido que há mais anos está no poder. E está no poder para isto mesmo...
terça-feira, setembro 26, 2023
O Ministério Público no STJ
O Público de hoje traz uma notícia sobre o Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça. Diz que alguém se esqueceu de avisar o STJ que havia um processo-crime a correr contra um desembargador sujeito a uma pena disciplinar que foi impugnada pelo mesmo junto do STJ.
Ou seja, o juiz Conselheiro que decidiu que tal pena e procedimento disciplinar estavam prescritos, já irremediavelmente, não sabia que o Ministério Público no STJ andava a investigar criminalmente tal sujeito e tal poderia impedir essa decisão, agora definitivamente transitada em julgado, com o visado "ilibado".
Às tantas o STJ também não deve saber doutros processos a correr contra outros juízes...e um ou outro deveras delicado. Enfim.
A notícia:
O contexto ocorreu num altura em que o PS queria que o então PGR fosse ao Parlamento "prestar contas", certamente por causa do processo Casa Pia...e era então altura de se discutir o modelo de Ministério Público em Portugal...
domingo, setembro 24, 2023
O Ministério Público é uno...mas os seus magistrados obedecem à legalidade e objectividade
sábado, setembro 23, 2023
A igualdade de todos perante a lei, é isto?
Público de hoje:
Há uma frase final neste escrito que impressiona e é terrível:
"O povo português não é ninguém. É uma entidade difusa num país com poucos princípios e uma cultura institucional miserável. António Costa, pelo contrário, não é nada difuso. Tem muita carne e muito osso e mete medo a quem já tem um talento natural para ser medroso, como a actual procuradora-geral da República".
Quem não entende isto, exercendo cargos de responsabilidade, deixa entrever que a separação de poderes em Portugal fica muito próxima do que sucede, por exemplo, em Angola. E deixa entrever que a autonomia externa do MºPº, ou mesmo a interna, em Portugal, é um mito. E por isso mesmo, o poder Executivo tem uma influência determinante sobre uma instância de controlo desse mesmo poder que é a PGR e o Ministério Público no seu todo.
Uma situação destas equivale a um atentado ao Estado de Direito. Nem mais. Nem menos.
Como o SMMP costuma pronunciar-se sobre estes assuntos, aliás candentes, o que vai fazer desta vez?
quarta-feira, setembro 20, 2023
Who is it? Eu conto...
O grupo britânico de rock, The Who, publicou entre o final dos anos sessenta e a primeira metade da década seguinte pelo menos três discos de antologia da música popular de expressão anglo-saxónica.
Os discos são estes, na sua versão original, em prensagem da época em que saíram:
O primeiro, chamado Tommy, saiu na Primavera de 1969 e era uma espécie de opera-rock, seja lá isso o que for.
Contava a história de um miúdo traumatizado na infância por diversas desventuras e que se tornara cego, surdo e mudo, criando uma habilidade táctil acima da média, para jogar "pinball". Bizarro, no mínimo.
As letras giram à volta da história da sua vida logo no pós-guerra britânico, reflectindo a geração do seu autor, Pete Townshend.
Quando ouvi este disco pela primeira vez já tinham passados anos dele ter saído, pois em 1975, quando tal sucedeu, o tema do disco e as músicas foram adaptadas ao cinema por Ken Russel, tornando-se a respectiva banda sonora, um êxito porventura superior ao disco original.
Assim foi apenas em 1975 que ouvi pela primeira vez e na voz de outros artistas como Tina Turner ou Elton John canções como Pinball Wizzard, este um tema do disco que na versão original não tem a mesma força expressiva.
Ao mesmo tempo surgia no rádio de vez em quando a repetição de temas do disco original que tem outra estrutura musical e artística que actualmente me agrada muito mais do que a versão da banda sonora.
O disco foi justamente considerado um dos melhores desse ano, em que saíram outros igualmente marcantes e fundamentais de tal tipo de música.
Basta olhar a capa da revista americana Guitar World de Junho de 1999:
O disco teve sucesso na época e passados estes anos todos vai ser reeditado em várias versões, incluindo uma versão que deveria ser a original e tinha então o nome de Lifehouse, tendo sido substituída pelo disco editado e dando azo a mitos sobre a pretensa qualidade superior do mesmo que foram perdurando ao longo do tempo, por ser mais um dos discos perdidos da música rock, como por exemplo o Chrome Dreams de Neil Young, aliás também reeditado recentemente.
É um disco com uma capa original relativamente simples e graficamente pobre, ao contrário da música, excelente e do melhor que o grupo jamais produziu.
Em 1973, há quase 50 anos, em Outubro, começou a ouvir-se nos rádios, insistentemente, um tema novo dos The Who, chamado 5:15. Lembra-me porque se assemelhava a Baba O´Reily, dois anos antes.
O álbum Quadrophenia que incluía tal tema, já passava integralmente em alguns programas de rádio da noite, inseridos na programação do Espaço 3P do Rádio Clube Português.
Era novamente um disco duplo, à semelhança de Tommy e tal como este, com um conceito geral, o dos "mods", uma moda jovem da época dos sessenta e totalmente composto por Pete Townshend. Desta vez, Tommy chama-se Jimmy e os problemas pessoais são mais comuns e menos bizarros, mas igualmente perturbadores.
Parece-me um disco musicalmente mais interessante do que Tommy e que se ouve muito melhor que este, passadas as décadas.
Curiosamente, este ano, por ocasião do 50º aniversário, o contemplado com reedição de luxo é afinal o disco de 1971...e não este que merecia outro relevo.
Dos três discos apontados é o que mais gosto de ouvir na integralidade.
terça-feira, setembro 19, 2023
Morreu Jacques Julliard
Jacques Juillard tinha 90 anos e morreu no passado dia 8 de Setembro. Era articulista principal na revista Marianne, desde 2010 e enfileirava na linha dos intelectuais franceses da estirpe de um Raymond Aron ou Jean-François Revel.
A revista desta semana faz naturalmente o seu obituário desenvolvido, assim:
segunda-feira, setembro 18, 2023
Venham mais cinco: há uma formiga no carreiro!
O Cm de hoje publicou duas páginas, assinadas por Octávio Lopes, para dar conta da saída de um disco, no final de 1973 que se tornou um dos mais importantes da música popular portuguesa.
É de José Afonso e chama-se Venham mais cinco, saído em Novembro ou Dezembro de 1973 mesmo a tempo do Natal desse ano, porque era nessa altura que se poderiam vender mais exemplares, como prendas de sapatinho.
José Afonso era um dos artistas que se opunha ao regime, então de Estado Social, de Marcello Caetano e fazia-o no quadro ideológico marxista, comunista, clandestinamente, tendo sido preso por isso durante alguns meses, digo alguns dias "que muito o marcaram".