Observador e Correio da Manhã:
Repare-se no teor da notícia, acompanhada aliás pelos comentários da "repórter" no local, numa ocorrência gravíssima que carece de mais informações que não são dadas pelos jornalistas, apesar destes saberem muito bem do que se trata e de quem se trata.
Não há nenhum Pacheco Pereira ou Van Dunem que não se interrogue imediatamente sobre se este assunto grave tem a ver com guerras de gangs ou envolvendo certas etnias, como pretos ou ciganos. Nenhuma pessoa que lê isto, nenhuma mesma, deixa de pensar em tal hipótese. Os jornalistas sabem perfeitamente que assim é e sabem também a resposta a tal curiosidade banal e prosaica.
Mesmo assim, nenhum jornalista, principalmente dos destacados estagiários ou precários que vão ao local "cobrir" o acontecimento se atreve a mencionar as palavras proibidas.
No mesmo momento em que o fizerem ficarão virtualmente sem emprego e possivelmente com um processo crime por incitamento ao ódio, racista ou não...
Assim, inventam a expressão "grupo de indivíduos" como o eufemismo adequado e asseptizado para descrever o que se passou relativamente às pessoas envolvidas.
É isto que fizemos de Portugal e os que votam no Chega percebem isto perfeitamente. Só não percebe quem não quer, como os tais Pachecos Pereiras e van dunems...
A censura é exactamente a mesma que existia antes de 25 de Abril relativamente a mencionar o partido comunista ou certos eventos que fossem considerados "subversivos" para o regime.
Portanto é evidente que existe censura em Portugal, com o mesmo sentido que dantes existia, apenas com a versão actualizada e adaptada aos tempos que correm, das marias do carmo afonso e outras abéculas que pululam nos media.
ADITAMENTO:
O CM de hoje, último dia do ano, apresenta um retrato sociológico aprimorado e involuntário do meio em que ocorreram os factos relatados. Só em imagens se nota a principal característica do "grupo de indivíduos" envolvido no tiroteio mortal. No texto apresentam-se factos relevantes que mostram a completa ausência de senso comum, pautada pela ideologia politicamente correcta que anima os políticos e jornalistas aliados e comprometidos. A presidente da Câmara local, a socialista filha do maestro Victorino d´Almeida, chegou a afirmar que aquele sítio é "maravilhoso" até que "eu própria amanhã ia viver para o Bairro Amarelo"...
Por outro lado, o policiamento faz-se com a GNR que na altura da ocorrência tinha três elementos, três elementos, repito, no posto e de serviço. E um dos GNR até adiantou que "até é um bom número para o que é habitual", ou seja por vezes deve andar por lá um ou dois, ou mesmo nenhum se algum deles tiver necessidade de se afastar.
O número de ocorrências de violência criminal, com assaltos, mortos e feridos não é despiciendo, e quase todos os meses há ataques a tiro e assaltos. "Cinco homicídios na mesma rua do Monte da Caparica, desde o início deste ano"! , escreve o CM.
Aliás, na mesmíssima altura em que os elementos da GNR, provavelmente dois, porque um terá certamente ficado no posto, se dirigiram, no "jipe" habitual, para tomar conta da "ocorrência", ocorreu mais um assalto, um roubo a cerca de 500 metros do local, com um "assaltante encapuzado".
O que diria disto o ministro da Administração Interna ou o Governo que está? O mesmo que a tal filha do maestro...porque a laia é a mesma, a da parvoíce institucionalizada uma vez que isto não tem outra classificação corrente. O indivíduo, tido como um político com currículo para liderar o PS até disse que "Portugal é um país pacífico e seguro. E tem de continuar a ser". É certamente por isso que o posto da GNR do Monte da Caparica tem três elementos, num "bom dia"...prontos para eventualidades deste teor e para tomar "conta das ocorrências".
Não é preciso ser sociólogo e muito menos do ISCTE para perceber que tudo isto está errado e esta ideologia de loucos varridos que impede de se contar a realidade tal como vivida pelas pessoas comuns, vai dar sempre no mesmo: no reforço dos radicalismos. De Direita, porque a Esquerda é quem fomenta esta utopia maluca e sem sentido algum com a realidade.
Tudo em nome de um ideologia perversa, de um humanismo balofo que se sustenta com a negação da realidade em nome da utopia. Que sabem perfeitamente que o é, mas preferem ignorar que o seja, porque é mais apelativa do que ver a realidade como ela é. Uma loucura institucionalizada em ideologia, tal como era o extremismo maoista e outros que demoraram muito tempo a reconhecer como tal.
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