Também no Público de hoje, dois artigos explicam porque é que a Esquerda portuguesa, incluindo a moderada de um certo PS engana os portugueses, incentivando-os a uma violência contra-natura.
O primeiro é de Manuel Carvalho que encarna bem o espírito deste Público que percebe os problema mas não tira as conclusões lógicas. Para o articulista, Mário Soares apelou explicitamente a uma violência social, pública, manifesta, embra travestida num desejo ameaçador que a implicita e neutraliza. Enfim.
Por outro lado acha que o Pacheco Pereira, sim, é preciso , "faz muita falta"- se calhar para animar a malta, papel que desempenhou em 1975 e de que provavelmente tem saudades nostálgicas. Já o José António Lima, que escreve no SOl, esse foi excessivo e coisa e tal porque chamou aos da Aula Magna, " um leque de múmias ressentidas com a evolução da política"...enfim. De resto a imagem que ilustra o texto não mostra duas múmias. Mostra antes dois cromos. Repetidos, ainda por cima.
O segundo é de Paulo Trigo Pereira que permite entender melhor o embrulho social e político em que nos encontramos e a irrelevância de uma eventual mudança de governo, nas circunstâncias em que nos encontramos.
Portanto, a consequência lógica é que aqueles cromos o que pretendem única e exclusivamente é voltar ao pote, com os seus, os que durante anos provocaram as duas bancarrotas iminentes que nos afligiram. É só isso e nada mais. E como as pessoas começam a entender tal coisa, revoltam-se os tais cromos porque vêem o terreno do pote a fugir-lhes debaixo dos pés de barro.