A luta da extrema-esquerda portuguesa, encapotada nos media do mainstream ( porque os seus directores escolhidos a dedo pelo "sistema" nunca esqueceram nada e pouco aprenderam) é esta, bem espelhada nas capas da Sábado e da Visão de hoje.
Os fassistas de hoje, em Portugal são estes aqui identificados e alvo de atenção do SIS e da vigilância democrática que não tolera a dissidência de pensamento, por muito disparatada que possa ser. Estes media, ao darem importância a estes fenómenos revelam-se como são: intolerantes e de raiz extremista, neste caso de esquerda.
Ao darem-lhes mediaticamente a importância que os mesmos não têm e nunca terão, estão a fazer o jogo favorito da extrema-esquerda, o da diabolização de fantasmas de um passado que não tem eco.
Estas minorias, ao contrário das que são protegidas pela extrema-esquerda, não têm direito a expressão e são perseguidas pelo sistema mediático invadido e enxameado de extremistas de esquerda, mesmo e principalmente os disfarçados de democratas.
Nas notícias de hoje, há uma excepção a notar, pelo bom senso revelado e aliás habitual: João Soares, filho de Mário Soares, coloca os pontos nos ii ao dizer que o Chega e André Ventura afinal não são fascistas. Imagine-se! O que irá dizer um palerma como um tal Filipe Soares da bolha que rebenta na tv!
Para se perceber a diferença de tratamento, basta ver e ler isto: Um verdadeiro terrorista, nem sequer arrependido, tratado como aliás deve ser, inócuo e integrado.
Uma das primeiras manifestações visíveis deste fenómeno do ataque da esquerda extremista a ideias que lhe são contrárias, sobrepondo uma intolerância atávica e denegadora do sentido da democracia ocorreu em 1974-75 durante o processo revolucionário que estava então em curso acelerado.
Vale a pena recordar e contextualizar os fenómenos procurando descobrir-lhes uma mesma raiz.
Logo a seguir a 25 de Abril de 1974 foi preciso definir os "negacionistas" que não aceitavam as receitas sociais comunistas. Uma palavra foi suficiente porque ainda não tinha sido inventada para efeitos comuns a palavra negacionismo ( usada mais tarde para designar os que negavam a existência do Holocausto nazi contra os judeus): fascista! Para mostrar bem que era essa a palavra mágica, uma edição de O Jornal, em 5 de Setembro de 1975 trazia impressa tal palavra ou expressão 27 vezes numa única edição!
O Jornal era dirigido e redigido por "moderados" (imagine-se o que seriam os radicais...), ligados ideologicamente à esquerda do MFA e ao comunismo difuso dos amanhãs a cantar. Foram os pais ideológicos dos actuais directores daquelas publicações e outras do Portugal actual e os que definiram os termos de linguagem que hoje se usa em Portugal, para designar fascistas e a beleza de os poder matar metaforicamente, coisa que em mais lado nenhum da Europa se vê assim tão difundido mediaticamente, segundo creio.
O "fascismo" carecia então de melhor enquadramento teórico e não faltaram os filósofos de ocasião para tal. Em 13.1.1975, no jornal dos socialistas ( o maçónico inveterado e socialista Raul Rego era o director até ser corrido pelos comunistas no Verão que se seguiu) era assim definido de um modo pan, ou seja global e abrangente:
No Verão de 1974 perante a ascensão meteórica da extrema-esquerda e do partido comunista de então ( e de agora) que aliás só se distinguiam nas tácticas, cedo aconteceu isto que se mostra a seguir.
Os "negacionistas" de então que combatiam a modernidade do extremismo esquerdista que prometia amanhãs a cantar e bacalhau a pataco eram essencialmente a "reacção", ou seja o "fassismo" enquistado principalmente em sectores conservadores da sociedade portuguesa, alguns deles que tiveram expressão durante o Estado Novo de Salazar e mesmo no novel Estado Social, de Marcello Caetano. Era tudo fascista e os seus jornais negacionistas e para abater, segundo outro jornal, o Sempre Fixe de um Ruella Ramos que era também director do Diário de Lisboa.
Em 21 de Setembro de 1974 a fogueira desta inquisição preparava as achas:
Nesse mesmo ano a extrema-esquerda que se filia actualmente no BE, tinha um jornal, o Gazeta e em 8 de Maio aparecia este manifesto contra um negacionista do esquerdismo comunista:
O jornalismo caseiro é quase todo ele herdeiro destes personagens que eram então os donos da informação em Portugal. Todos de esquerda. E quando aparecia um que saía dos trilhos politicamente correctos, um "negacionista", como Nuno Rocha, era simplesmente ostracizado pela "classe" mesmo que pretendesse solidarizar-se nas suas lutas...
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