No passado Sábado o Público deu à estampa uma pequena entrevista com Manuel Magalhães e Silva, o advogado que ajudou a fundar o PS e sempre retribuiu ao partido as benesses recebidas por isso. Foi governante em Macau, por incumbência partidária e esteve no CSMP igualmente por isso, sendo o último cargo público que exerceu. É dele, certamente, um voto decisivo para que o actual representante de Portugal na Procuradoria Europeia, lá esteja em vez daquela que deveria estar.
Dizia assim coisas extraordinárias, em modo totalmente despudorado e sintomático da pouca-vergonha que costuma afectar pessoas que têm da democracia esta visão fulanizada e particularizada nos amigos. Ou seja, a institucionalização prática de uma oligarquia. Como Magalhães e Silva diz que foi monárquico, compreende-se o entendimento.
No dia seguinte a jornalista de água-choca da esquerda mais pantanosa, escrevia na última página do jornal assim:
Há afirmações extraordinárias neste artiguelho de vão de escada jornalística e a mais impressionante é a de que Mário Soares foi o único homem de Estado que em 1974 sabia o que queria para o povo.
Para se ver como foi basta ler aqui, o que aliás a indivídua não fará porque...não sabe ler, como diria o falecido VPV.
Soares foi sempre o mesmo, começando desde logo em 1974, como convém lembrar ao povo, com a revista em que o mesmo dizia o que queria para Portugal nessa época:
Como é sabido foi uma magnífica opção política, evidenciando a alta capacidade de homem de Estado que era o tal Soares...e que se manifestaria dali a dois anos com a rotunda bancarrota com que tal política nos brindou.
Seja como for, a entrevista a Magalhães e Silva, o engominado da democracia que exala, suscitou este artigo no Observador de hoje, acompanhado da referência ao escrito enxovalhante daquela:
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