Acabou de sair este livro:
Este é o primeiro volume de três anunciados como uma história de um indivíduo que se notabilizou por chegar a primeiro-ministro de Portugal, em meados da década de dois mil, como José Sócrates e da sua luta para firmar o nome entre os respeitáveis do sistema político democrático que tal permitiu.
Nasceu Zezito, passou por Zé Pinto, Vidrinhos, Engº José Pinto de Sousa, Engº José Sócrates Pinto de Sousa e chegou a José Sócrates, tendo no percurso amealhado fartos recursos financeiros espelhados no espalhafato dos sinais exteriores de riqueza que não se percebia muito bem de onde provinham.
A história neste primeiro volume tenta explicar os primórdios da construção desse José Sócrates. A construção da sua imagem pública, da riqueza da sua família, do seu percurso académico e até chegar à construção do seu próprio nome, para citar uma passagem do livro. E outra: "um indivíduo que só é espontâneo quando se distrai".
É uma história fascinante e já li um terço do livro, de uma assentada, apesar de os episódios narrados e que se podem ver no sumário, serem assunto que neste blog foram já quase todos enunciados ao longo dos anos, com recortes a apoiar.
Ainda assim, recomenda-se o livro pela consistência e ordenamento da narrativa, dos factos expostos cuja veracidade assenta primordialmente nas fontes jornalísticas e outras que se elencam nas notas finais em 35 páginas.
Neste primeiro volume tem especial interesse o modo como se desmonta a construção da ideia de riqueza de família do Zé Pinto e a exposição do mundo de fantasia em que se deixou enredar e tentou enredar os outros.
No final de contas temos a sensação de estarmos perante um autêntico "fake", alguém que provavelmente nem o mesmo sabe quem é. E por isso surpreende ingénuos ou menos que isso, apesar de encartados em doutoramentos e cátedras universitárias.
É a hístória contemporânea de uma tragicomédia nacional, pelo modo como poucos se aperceberam do logro, do fake da aldrabice da personagem. E segundo o autor é essa a tese do livro, uma vez que tudo estava à vista de todos, como os recortes apresentados demonstram.
Por aqui, neste blog, há muitos anos que se diz o mesmo. Com as provas dos recortes a apoiar...
Venha o segundo volume!








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