Um debate sobre estado da Justiça, realizado esta quinta-feira, no Porto, acabou com um desentendimento entre Marinho Pinto e Paulo Rangel. Na acesa troca de acusações, o Eurodeputado do PSD rotulou o discurso do Bastonário de "populista e demagógico". Marinho Pinto sentiu-se "atraiçoado" e reagiu defendendo a ideia de que os deputados não devem ser advogados ao mesmo tempo.
Marinho e Pinto retomou a sua velha querela contra os deputados que são advogados e continuam a exercer porque o estatuto que aprovaram na A.R. nunca lhes impediu tal acumulação. A ideia peregrina e antiga, agora retomada já foi visada pelos envolvidos: um disparate.
A investida de Marinho e Pinto não é nova. Em 2008 até tinha sido mais explícito:
“ Eu sou contra os advogados que são ao mesmo tempo deputados. É incompatível.” “Há suspeitas de que algumas sociedades ou alguns escritórios de advogados são preferidos pelo Estado em detrimento de outros. Iremos por cobro a isso.” “Quem faz leis no Parlamento não pode ter clientes privados.”
A pergunta que se pode colocar agora é muito simples: de 2008 para cá, não se ouviu um pio que fosse registado, de Marinho e Pinto contra os deputados-advogados ou contra os advogados legisladores.
Porquê, se foi nesse período que mais pareceres se pediram a essas firmas que Marinho e Pinto apontava sem nomear, pelo Estado e empresas públicas?
Marinho e Pinto, sob a capa de justiceiro "simplista, populista e demagógico" é ainda outra coisa: um refinado hipócrita, tacticista e que defende um poder político que esconde de quem lhe pergunta coisas nos media.
Foi isso que faltou dizer "cara a cara" na última sexta-feira.
Marinho e Pinto retomou a sua velha querela contra os deputados que são advogados e continuam a exercer porque o estatuto que aprovaram na A.R. nunca lhes impediu tal acumulação. A ideia peregrina e antiga, agora retomada já foi visada pelos envolvidos: um disparate.
A investida de Marinho e Pinto não é nova. Em 2008 até tinha sido mais explícito:
“ Eu sou contra os advogados que são ao mesmo tempo deputados. É incompatível.” “Há suspeitas de que algumas sociedades ou alguns escritórios de advogados são preferidos pelo Estado em detrimento de outros. Iremos por cobro a isso.” “Quem faz leis no Parlamento não pode ter clientes privados.”
A pergunta que se pode colocar agora é muito simples: de 2008 para cá, não se ouviu um pio que fosse registado, de Marinho e Pinto contra os deputados-advogados ou contra os advogados legisladores.
Porquê, se foi nesse período que mais pareceres se pediram a essas firmas que Marinho e Pinto apontava sem nomear, pelo Estado e empresas públicas?
Marinho e Pinto, sob a capa de justiceiro "simplista, populista e demagógico" é ainda outra coisa: um refinado hipócrita, tacticista e que defende um poder político que esconde de quem lhe pergunta coisas nos media.
Foi isso que faltou dizer "cara a cara" na última sexta-feira.
7 comentários:
Depreendo que a mensagem até está correcta?
O mensageiro é que não presta...
Não ofenda os hipócritas porque esses pelo menos sabem distinguir o bem e o mal. É muito injusta a má fama da hipocrisia. O homem de pau é outra coisa, entre o patarata e o azeiteiro.
Acho que Vª Exª tem toda a razão no que pensa e diz do Marinho e Pinto. Sem embargo, Vª Exª há dias prometeu pôr aqui um texto dele, se me não engano sobre o TEDH. ou matéria afim que Vª Exª não obstante achou acertado. Sempre cá tenho vindo à procura do dito texto, mas ainda o não vi. Se Vª Exª mo pudesse veicular, desde já lhe fico muito grato.
Joaquim Pereira, vou por o texto sem comentários porque não me conteria e teria que colocar os nomes das pessoas que Marinho e Pinto não teve coragem de nomear.
Mas vou por, prometo. Amanhã, se Deus quiser.
José,
não conheço todas as vertentes da intervenção de MArinho e Pinto (e se eventualmente existem interesses "ocultos" por trás dessas posições)
Contudo penso que o problema de que Marinho e Pinto fala é real. De facto existe um certo numero de "grandes" gabinetes de advogados que tem influencia na legislação produzida na assembleia da republica, (tornando-se "especialistas" na legislação em causa). Acho que este é um dos grandes problemas da democracia portuguesa.
O facto de Marinho e Pinto denunciar esta situação é de louvar do meu ponto de vista, independentemente do calendário com que o faz.
Aliás acho que deveriam haver mais pessoas credíveis dentro do sistema de justiça a denunciar esta situaçao, e o facto de essas pessoas não darem a cara é que é inadmissivel.
Cumprimentos
Rui:
Não digo o contrário do que diz Marinho e Pinto. Até digo mesmo mais: Durante o tempo em que Marinho e Pinto esteve calado que nem um peto, sobre esse tema, que não sobre outros assuntos pois fala quase todas as semanas e por vezes em vários dias, aqui neste blog escrevi várias vezes sobre esse mesmo assunto e com nomes datas e factos. Coisa que Marinho omite.
Mas não serão muito mais criticáveis as pessoas com visibilidade pública que conhecem a situação e não a denunciam do que pessoas que as denunciam mesmo que não tantas vezes como desejável?
Deve haver por aqui mais uns factores que desconheço q estou a fazer papel de anjinho, mas enfim parece-me que a atitude de Marinho e Pito seria de louvar pois é a primeira pessoa com visibilidade na imprensa que vejo a denunciar recorrentemente esta situação. Sem desmerecer o seu trabalho aqui no blogue José, que´venho acompanhando e que penso ter muito valor, mas infelizmente a blogosfera ainda passa despercebida à maioria das pessoas...
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