A revista Sábado desta semana tem esta capa:
No interior tem várias páginas com relatos de transcrições telefónicas de conversas mantidas entre visados no processo do Marquês, particularmente duas mulheres apresentadas como amigas do interlocutor principal.
O assunto é a suspeita, bem plausível, no sentido de o antigo primeiro-ministro de Portugal ser um drogado. A linguagem usada é em tudo semelhante à que os dealers, passadores, pequenos traficantes de droga das pequenas cidades portuguesas usam para iludirem a eventual vigilância da polícia.
A lógica das conversas é a do pequeno trapicho de drogas para consumo. Uma vergonha e que denota bem o estofo moral de um primeiro-ministro que Portugal aguentou como um herói da modernidade e que até se gabava de ser o líder que a direita gostaria de ter.
O consumo de estupefacientes em Portugal deixou de ser crime há uns bons anos, mas não o respectivo tráfico, mesmo em pequenas quantidades.
É motivo de alguma perplexidade o modo como as autoridades, mormente o MºPº, lidou com este caso concreto que indiciava o tráfico de droga em que os consumidores utilizavam o truque habitual de quem não quer ser apanhado com a boca na botija: mandar os outros buscar e encarregar outrém de servir de medianeiro entre o dealer e o consumidor.
As escutas transcritas revelam que as autoridades estiveram em tempo real a monitorizar o que se passava e não se compreende a razão por que não quiseram identificar os fornecedores das "garrafas de vinho" que afinal era de outra pipa e vinham embaladas em pequenos envelopes fechados com fita cola.
Como a matéria é delicada, está-se já a ver o visado a rasgar as vestes de indignação postiça fundado na prova indiciária de pouco valor probatório para além de uma investigação aparentemente mal conduzida e frustrante.
É pena que isto suceda em casos desta importância.
12 comentários:
Eugénia Melo e Castro
maldita cocaína
Não esqueço a noite fatal
Em que vi o meu amante
O olhar duro e tão brilhante
Como o aço de um punhal.
A sua boca mordia
Suas mãos eram tenazes
Deixando nódoas lilazes
No meu corpo que sofria.
Maldita cocaína que roubaste o meu
amante
Que p'ra sempre enlouqueceu
O teu poder fascina
És um corpo de Bacante
Com melodias de Orfeu
Maldita cocaína
Odeio-te e gosto de ti
És a minha companheira
Embora a mais traiçoeira
Que eu amei e conheci.
Hoje não posso deixar
Esse pó de maldição
Vivo da sua ilusão
Acordada e a sonhar.
A vida instante a instante
Sinto que me vai roubando
Mas ai de mim é sonhando
Que me dou ao meu amante.
Maldita cocaína que roubaste o meu
amante
Que p'ra sempre enlouqueceu
O teu poder fascina
És um corpo de Bacante
Com melodias de Orfeu
Maldita cocaína
Odeio-te e gosto de ti
És a minha companheira
Embora a mais traiçoeira
Que eu amei e conheci.»
o título é mais antigo
Percebe-se o melhor pânico dos noronhas.
Continuo a pensar que na AR alguém devia pedir explicações ao PS pelo que se passou durante o seu anterior governo.
Dá a sensação que para a deputalhada presente naquele prostíbulo, pedofilias, drogas e roubos de milhões são peanuts.
O que mais temem é o fassismo :)
Tudo tão sórdido!
E tão calado que andou o jornalismo estes aninhos todos. O Perna bradava aos céus, credo!
Imprensa cega ou comprometida?...
o rectângulo está entregue a toda a espécie de cavalgadura
que usam antolhos para não ver para os lados
e coiceiam sempre que necessário
José
esqueci-me de lhe dizer que em Alemão vi utilizar a palavra
'can' com o sentido de caixa metálica,
mas a minha ignorância não tem limites
die Welt
Merkel schlägt Schulz in fast jeder Hinsicht
Merkel bate Schulz em quase todos os aspectos
É só decadência, nesta cambada.
A sério que isto é uma surpresa?
Estava espelhado na cara dele.
Coca nesta gente é muito mais comum do que, pelos vistos, imaginam.
Há um aqui em cima que passa os dias a correr trilhos brancos.
Com as leis que fazem na AR a GNR deveria ir lá com os cães e com as análises.Aquilo anda tudo drogado...
O grupo fabriqueiro de notícias falsas, com intenções óbvias de divergir as atenções para a qualidade do accionista mor, parece querer entrar num nicho de mercado até agora ocupado pelo jornal O Crime.
Há uns meses dizia eu em delírio fantasioso que, ter dinheiro, per si sem justificação, pode significar muita coisa, incluindo uma origem criminosa. Possuído como estava na viagem alucinada, mesmo sem consumir lsd, coloquei a hipótese da origem das massas poder ser o tráfico de drogas, órgãos, mulheres, fraude, burla a um general angolano etc.
Fico, pois, desconsolado que o MP e os porta vozes oficiais (cm é sábado) ainda só tenham conseguido suspeitas para o tráfico de droga. Espero que o vinho consumido seja a martelo para dar mais uma notícia.
Agora, malta, só falta selecionar palavras numa frase escutada, isola-las do contexto, e indiciar o homem por outros tráficos criminosos.
.
Fazer pela vida é coisa apreciável. Fazer por vender jornais também. Mas deve ser um trabalho honesto. Penso eu de que.
.
Não sendo, sendo um trabalho desonesto, em forma de ficção, deviam os artigos ser precedidos duma nota introdutória a dizer que se trata duma obra de ficção e que qualquer semelhança entre os personagens e as pessoas reais é pura coincidência.
.
Rb
Anda distraído da sua missao o lidio avençado travestido de ricci. Assim não te pagam o soldo boy.
Estive a ler isto… em várias intervenções deste trafulha 44 eu lembrei-me da coca. Aquele cérebro fervilhava e todo ele era papo e prepotência. Portando, acho mais que provável. Tudo somado é uma pobreza de espírito inacreditável. Um triste, com muitos apaniguados ainda mais tristes.
Sociopatia aguilhoada por "produtos"?
O filme piora a cada instante...
Enviar um comentário