Os intelectuais em Portugal parece que se extinguiram como espécie há cerca de dez anos, com a morte de Eduardo Prado Coelho.
De resto, mesmo este último exemplar enquanto vivo, intelectualizava através de outros semelhantes, um pouco mais evoluídos, que vivem além dos Pirinéus e ainda sobrevivem na penumbra dos dias que passam.
De vez em quando as revistas francesas que frequentam o meio, dão-lhes algum palco quando não fazem o balanço a benefício de inventário.
Em 20 de Maio de 2010 a mais influente dessas revistas dava-lhes uma capa e vários artigos :
Numa entrevista, um deles- Pierre Nora- fazia então o ponto da situação:quase um balanço final. A Economia tomou conta de tudo.
No entanto, já em 18 de Março de 1991 outra revista francesa- Le Point- tinha feito tal balanço e destacado mesmo as disciplinas em decadência com destaque para o "estruturalismo" e a perda de importância de um Claude Lévy Strauss, de um Bourdieu ou de um Lacan, tudo gente muito lá da casa daquele falecido por cá.
Aliás, os franceses tinham o referido Claude Lévy-Strauss, um etnónolgo que esteve no Brasil a fazer estudos, nos anos trinta do século passado, como um génio. Por cá parece que também é assim, ainda hoje...
Em Maio de 2008 a revista Magazine Littéraire consagrou-lhe um número inteiro, considerando-o "o pensador do século". Nem menos..
Algumas destas ideias ainda vicejam por cá nos isctes todos e madrassas anexas e sofremos as consequências dessa influência nefasta.
Por exemplo, no número de 20 de Maio de 2010, daquela Le Nouvel Observateur aparecem estas duas páginas em que a propósito da ideia comunista dialogam dois intelectuais Alain: Finkielkraut e Badiou .
A conclusão é aplicável nos dias de hoje ao PCP e ao BE: o desiderato de ambos é a destruição do outro que não pensa como eles, porque é essa a lógica que os anima, conforme Finkielkraut deduz das proposições do comunista Badiou. O totalitarismo que se justifica em nome da causa justa e a exclusão de quem não pensa como eles, se o puderem fazer. Tal como o nazismo ou o verdadeiro fascismo. Terroristas, portanto.
É com este tipo de gente que lidamos, em Portugal, sempre que ouvimos os jerónimos, os arménios, catarinas e louçãs. O problema é que ninguém os olha desse modo porque os media não mostram tal faceta. E isso acontece porque são eles quem os domina, mesmo que não pareça.
Aliás, em Março-Abril de 2014 a revista francesa Philosophie publicou um número especial sobre os "filósofos e o comunismo".
O mesmo Badiou, ideólogo do comunismo renovado e professor na escola Normal Superior, em França trocava argumentos com Marcel Gauchet chefe de redacção da revista Débat e pensador de referência da democracia liberal.
Três páginas desse debate:
Os franceses, porém, mesmo de esquerda já em 1996 achavam que tudo isso precisava de uma barrela...como se publicava na L´Évènement du Jeudi ( que deu origem à Marianne, saída em 1997 e que também trata destes assuntos de vez em quando) de 5 de Setembro de 1996:
Por cá, mesmo no tempo daquele falecido Prado Coelho havia pouca gente a discutir isto. Porém, nas escolas e madrassas havia de certeza muita influência destas doutrinas.
A prova de que ninguém liga nenhuma a isto é a publicação de um livro, o ano passado nos EUA, de Tom Wolfe, além do mais sobre o "darwinismo", chamado "The kingdom of speech", o reino da linguagem. Wolfe atira-se a...Chomsky, o linguista.
Já encomendei o livro mas por cá nem existe referência alguma.Preferem traduzir merdas a esmo.
Se não fosse a revista francesa Obs desta semana nem dava por isso...
267 comentários:
«O mais antigo ‹Mais antiga 201 – 267 de 267PS2: Muja vou ler o artigo da Nature… mas um criacionista a trabalhar na ciência é uma contradição em si mesmo — pessoalmente eu não queria trabalhar com esse indivíduo que só deve andar a minar por dentro. De qualquer modo onde já vai: Deve ter-se apercebido que entre o que anda aqui a defender e o criacionismo… huh…, hã… nem 1% de diferença existe. É dura a vida! :)
Bem, deixe lá que esse 1% ainda nos está a levar mais longe e já colocou muita gente no lixo
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Adiante
1- Uma lei é uma constante observada em situações ideais. Com um encadeamento de fenómenos que implicam um resultado que se mantém e pode ser observado.
2- Uma teoria científica é um postulado de hipóteses idênticas que, mesmo que não observaveis, tal como dizia o Poper, têm de ser suficientemente amplas para abrangerem outras consequências e essas poderem ser refutadas. Negar é provar que não é assim a partir de fenómenos observados. E isto até ao ponto das excepções não serem maiores que a regra.
3- Uma conjectura é uma fabricação ideal de algo que não entra nestas tipologias e não pode ter mais estatuto que um conto ou um mito, ou uma "ideia" humana.
Resta dizer que tanto a lei como a teoria têm de permitir previsão dos fenómenos, mesmo que à tabela.
A conjectura não observa nada, não tem factos, não tem sequer previsões de consequências no presente ou no futuro e, muito menos, é abrangente.
Só é abrangente na narrativa. Porque depois na sustentação, baseia-se em micro fenómenos de tal modo parciais que nunca permitiram a generalização que almeja.
Já agora, vai-me desculpar mas essa ideia de que só não se maltratam os animais por questão de igualdade com os humanos é das coisas mais terríveis, de maior soberbia, de maior desumanidade que se pode conceber.
Vou ser franca- eu tenho literalmente pó ao Peter Singer e a toda essa gentalha besta que leva a igualdade marxista a tudo, para depois diminuírem o humano fingindo que é por caridade para com os bichos
Metem-me nojo. Considero isto o mais monstruoso que se pode fazer e o móbil é um ateísmo mais perigoso que os cagotos dos mija-nos-finados.
Porque chegou à academia e se torna lobby na medicina- com as monstruosidades de direitos de barrigas de aluguer e eutanásias e outras variantes de eugenia; lei na escola e partido político marxista no Poder.
Margulis, que eu saiba, trabalhava apenas em Microbiologia. No entanto, escreveu isto:
“More than 99.99 percent of the species that have ever existed have become extinct,” Dr. Margulis and Dorion Sagan wrote in “Microcosmos.
Não há registo fóssil que permita saber o suficiente sobre o que se extinguiu. Muitas respostas estariam nessas desaparecidas, muitos elos em falta e muita variação para estudar, se tivéssemos acesso a isso.
Eu não percebo nada de Paleontologia nem de Antropologia Biológica. Não me meto em discussões sobre a evolução humana. No entanto, havendo um mecanismo comum que opera de modo bastante uniforme sobre tudo o que mexe neste planeta, não há indícios de que devamos tratar a espécie humana de outra maneira quanto à genética, fisiologia, bioquímica, etc. Esta é apenas uma afirmação de princípio, um ponto de partida para trabalhar se eu quisesse começar a investigar nessa área. Assim que aparecer evidência de que para esta espécie tudo tem de funcionar de maneira diferente, certamente que a comunidade científica não recusará isso.
Margulis adiantou uma teoria para o aparecimento dos eucariotas. Ainda ninguém provou inequivocamente que tenha sido como ela disse. Mas, para chegar lá, guiou-se exactamente pelo mesmo tipo de raciocínios que aqui expus.
O que afirma sobre mutações é verdade? Ninguém disse que era mentira. Apenas não é a verdade toda, tal como está exposto nesse excerto. A maior parte das mutações é deletéria. Todos os alunos de genética aprendem isto. O sistema está feito para funcionar sem erros. Possui enzimas reparadoras altamente vigilantes que repassam as cadeias de material genético enquanto elas se duplicam. Corrigem afanosamente os erros, mas não conseguem ser 100% eficazes. E há erros impossíveis de reparar. Se eu apontar com radiação UV a uma placa de Petri com bactérias em cultura e durante o tempo suficiente, mato tudo o que lá está. Não se safa nada. Não há possibilidade de reparar tanto erro. É totalmente disruptivo. Porém, há que ter em conta a escala a que tudo se processa: há divisões celulares (e portanto duplicação de material genético) que facilmente conduzem a milhões de células. O tempo de geração é curtíssimo. Alguém pode negar matematicamente a probabilidade de aparecerem erros em pelo menos uma ínfima fracção destas células sabendo que o mecanismo não é 100% error-free? Agora aceleremos a coisa (a evolução) e vamos lá pôr os factores adversos que o ambiente pode demorar mto tempo a reunir: UV, químicos (antibióticos), vírus (os fagos atacam bactérias) o que quisermos. Surgem muitas mutações (que são de vários tipos, elas próprias muito diversas: envolvendo um mais pares de bases, cromossomas inteiros nos seres que os possuem, etc.). Não surge uma nem 2, surgem centenas de mutações. A esmagadora maioria é deletéria. Mas, em determinadas condições, aquilo que é deletério pode conferir uma vantagem. Pode não ocorrer. Mas não se pode excluir que ocorra. Temos um conjunto de possibilidades combinatórias astronómico!
É esse o caso da resistência aos antibióticos! As populações bacterianas têm sido dizimadas. Não fica nenhum para contar a história. Contudo, na miríade de possibilidades combinatórias, um codão defeituoso pode permitir construir uma proteína que passa a permitir metabolizar o químico mortífero.
Há disto a todos os níveis de "criaturas". Chamam-lhes adaptações. E eu percebo que o que as pessoas não estão a ver é que nós não dizemos que as adaptações urgirem num mesmo ser sob pressão selectiva para esse efeito. Não é nada disso que acontece na maior parte dos casos e não vou referir isso agora para não baralhar, porque tb acontece (polvos e RNA).
Portanto, a Margulis viu a evolução no laboratório muitas vezes e invocou mecanismos evolutivos para explicar o aparecimento dos eucariotas. No entanto, os cientistas não são imunes às convicções e às ideologias. Ninguém é. Insisto, porém, que, a menos que se ponha em causa o nosso aparelho cognitivo e a percepção do que nos rodeia, factos são do domínio do observável. As explicações sobre os mesmos podem variar mas aí estamos noutro plano.
Neste artigo, vem uma informação curiosa sobre ela. Reparem:
Dr. Margulis was also known, somewhat controversially, as a collaborator with and supporter of James E. Lovelock, whose Gaia theory states that Earth itself — its atmosphere, the geology and the organisms that inhabit it — is a self-regulating system, maintaining the conditions that allow its perpetuation. In other words, it is something of a living organism in and of
Olhe- e mais- do ponto e vista ontológico- a metafísica torna-se uma batata e Deus um mero adereço de pechisbeque.
Porque a Igualdade é que é a etapa a atingir. E para se atingir a tal etapa igualitária, tem de se fazer como diz ali em baixo, o Badiou- destruir tudo o que estava antes- tudo o que era sólido dissolve-se no ar; o que é sagrado é profano, o que é profano torna-se sagrado- dizia o Marx.
A genética não pode ser negada. Não é possível trabalhar num laboratório apenas armado de convicções.
Se a seguir quisermos tecer uma teoria sobre como nos é possível conhecer a genética, porque é que aqueles mecanismos que nela vemos operar existem e por aí fora, isso já é outro nível de discussão, mas não é genética.
Só para concluir o raciocínio:
"É esse o caso da resistência aos antibióticos! As populações bacterianas têm sido dizimadas. Não fica nenhum para contar a história. Contudo, na miríade de possibilidades combinatórias, um codão defeituoso pode permitir construir uma proteína que passa a permitir metabolizar o químico mortífero."
A bactéria que surgiu de uma divisão celular com mutação leva com o químico em cima e não morre. Continua alegremente até que se divide. Dá origem a 2 células com idêntico material e o seu genoma (com a mutação) passa a ser o novo estado de coisas, a nova normalidade. Multiplicando-se, em breve serão milhares, basta-me fazer culturas para essa dimensão. Pode até nem ser uma nova espécie. Pode não bastar uma mutação para isso. Mas vai divergindo daquilo que era a combinação inicial de genes. De cada vez que se lança uma nova combinação para a roleta da existência, ela vai estar exposta a factores que a poderão fazer mudar. Multiplique-se isto por milhões de situações a ocorrerem em simultâneo e percebe-se a escala dos fenómenos e como é tão fácil fazer mudar. É, porém, mais fácil fazer mudar num organismo unicelular. Não há grandes sistemas de homeostasia em jogo. Conseguir uma mutação ou 2 ou 3 que mudem drasticamente uma coisa com plano de construção complicada é muito mais difícil. Por isso a evolução é muito mais lenta quando age sobre estas últimas. Mas vai agindo a um nível micro.
Para agir, tem de haver muita diversidade, variabilidade. É a matéria-prima. A reprodução é a fase em que essa matéria-prima surge. Durante muito tempo na história dos seres vivos, não houve reprodução sexuada. Quando ela surgiu, introduziu uma aceleração fantástica neste processo. Permitiu gerar enorme variabilidade genética porque eu passo a juntar e baralhar 2 conjuntos de informação para ter um organismo. Há recombinação e dela vão resultar novidades. Novidades não é seres novos completamente diferentes a nível fenotípico. Mas o genótipo é. Só há 2 genótipos iguais em seres que acabaram de se dividir por reprodução assexuada.
Quando as populações são constituídas por seres todos iguais (praticamente) e surge factor catastrófico no ambiente, não há grandes possibilidades de ocorrerem novidades que possam vir a ter valor adaptativo. É razia total.
E não é aí em baixo. É mesmo neste post.
Incrível como a desmontagem dos intelectuais marxistas e mailos mitos do materialismo e da igualdade nos leva ao neo-darwinismo e há quem não suporte uns e idolatre os mais recentes sem se dar conta que a "história" é a mesma.
Rais parta a tara da Igualdade. Sem igualdade é só ódio, só luta de classes, só incapacidade natural para proteger os mais fracos ou ter educação e não ter comportamentos sádicos para com os bichos.
Só atingindo a Igualdade plena aferida por ADN é que estas alminhas admitem o que eticamente e socialmente não concebem sequer por efeito de mudanças de sensibilidades e de educação.
E vá de exterminar e sacrificar o que impede essa Igualdade.
Sempre a mesma cantiga- sempre o mesmo mito no Homem Novo- agora no hominídeo posmoderno de uma sociedade perfeita posmoderna.
Ninguém bnegou a genética, Anjo.
Leia e não invente, sff.
Coloca-se no seu papel e não mais que isso. Sem substituição do que não se sabe.
Sem essa treta da igualdade por percentagem de ADN e daí uns virem dos outros.
Ponto final que já me fartei e já me irritei com a treta da cretinice do suposto humanismo que ainda preside a estes tarados.
São misóginos para muita coisa menos para os lobbies de pascácios que não são nada, a não ser militantes ideológicos e burros.
O PAN nem a isso chega. É um partido do chapitô. Uma delegação de palhaços bloquistas analfabrutos.
Zazie:
"Anjo- o Stelius Arcadiu já faz isso- já enxerta orelhas na mão, por exemplo- é uma prova da lei da evolução das espécies ou um caso de polícia nas exposições de arte?"
Eu não disse que os enxertos eram prova da evolução, mas a prova de um mecanismo que explica porque pode haver evolução.
Se ela já aconteceu na Terra por outros mecanismos não sei. Nunca se identificaram indícios disso.
Uma coisa é representar enxertos e outra fazê-los. O facto de ser possível fazê-los prova a existência do mecanismo que é usado para os obter.
Volto a dizer que nada disto significa acreditar nas ideias do PAN, da igualdade entre espécies, do aperfeiçoamento humano (que já se faz) ou da eutanásia de seres humanos.
Tenho dificuldade em acompanhar todos os comentários. Digo, uma vez mais, que venho a este blog aprender, não doutrinar ninguém. Acho que a física me provoca a mesma confusão que a biologia faz a alguns. Simplesmente porque não percebo nada de física.
Não há confusão nenhuma, Anjo.
Simplificando: enuncie aí aquilo que considera provas da teoria da evolução.
É mais fácil assim.
Anjo-
Acaso algum filho dele nasceu com orelhas nas mãos?
Caramba. V.s ou julgam-se mesmo acima do comum mortal que não tem curso da área de ciências ou acham que estão dispensados de raciocinar por diploma.
Enxertar uma orelha numa mão é que raio de hereditariedade?
É assim que se dá aulas? é assim que ensinam os catraios?
Se calhar é. E por isso há cada vez mais gente idiota.
Isto tudo tem a ver com a porcaria da eutanásia e da existências dessses partidos à PNA por toda a Europa.
Tem pois.
Pensar isso é que não vem nos manuais. Mas tem.
O Muja até já deu uma grande ajuda e explicou de forma simples o que é o neo-darwinsimo.
Que não se veja isso é que me espanta.
Ou nem tanto. Não vêm do mesmo modo que as pessoas lêem os jornais e nem entendem que o comunismo por cá está vivo e manda.
Não há grande diferença entre uma incapacidade e outra.
È a lei do menor esforço e o pavor de poderem passar por "pessoas mal-informadas". Ou retrógradas. Ou ignorantes. Ou obscurantistas e supersticiosas que ainda odeiam a Ciência por causa dos padres.
errata: Não vêem.
Parece que os meus comentários à Margulis não saíram. Repetir tudo agora é uma estopada.
Também andou pelas efabulações:
https://www.edge.org/conversation/lynn_margulis-lynn-margulis-1938-2011-gaia-is-a-tough-bitch
Trabalhou em Microbiologia e viu muito bem a evolução em laboratório.
Reconhecer que existe um mecanismo explicativo de como a evolução ocorre a um nível que podemos testemunhar durante a nossa existência não significa que não possam existir outros. Não há, por agora, indícios de que exista, mas se um dia surgirem...
Nada disto tem que ver com o PAN e o que fazem com o conhecimento existente ou a ideologia com que o recobrem.
Pois não. Não pressupõe nada. Incluindo não se saber como de matéria idêntica seres tão diferentes se formaram e como de todos apenas o ser humano é dotado de pensamento.
Pressupõe que a Vida é um mistério por explicar.
O PAN e o Peter Singer entram sim na historieta ao militarem por uma misantropia que igualiza o ser humano a qualquer outro bicho e eticamente retirarem daí as consequências imorais que consideram legítimas do aborto, do infanticídio ou mesmo do necessário sacrifício da espécie humana.
neo-malthusianismo.
Tara da Igualdade.
Incapacidade de entenderem o que é a moral e o que são os costumes humanos.
E mais- todos radicam o combate em palavras espantalho, uma das quais até o JRF usa- os idiotas dos criacionistas.
Ou bem que há fé no que não se sabe nem está provado pela tal de "Ciência" ou então tem de ser tudo um imbecil da IURD com a Bíblia na mão- acreditando que foi um livro escrito de uma penada e que as datas certas estão lá.
isto é tribalismo entre seitas de idiotas.
Já agora, por mera curiosidade e porque eu me atrevo a falar disto publicamente- e dou agté cursos em que faço a genealogia artística destes mitos- o que é que o Anjo pensava de mim, sem me conhecer de debates na net?
A sério- não me incomoda nada e até gostava de ter esse feedback.
Passo por uma palerma ignorante que detesta a Ciência por ser ignara e beata, não é assim?
Alguém que diga que não acredita na evolução das espécies, em pleno século XXI- só pode ser uma pessoa muito atrasada e ignorante.
Eu acho que v.s pensam mais ou menos isso mas, como sou super-teórica no meu trabalho, consigo falar disto tudo sem militância e sem uma única opinião pessoal fora da descrição real e informativa da história de todos estes mitos.
Até ao presente ninguém se levantou.
A única vez que me chamaram fascista foi mesmo por ter dito mal da nojeira do que chamam grafitti e ter afirmado que é caso de polícia por ser vandalismo.
Aí sim. houve um melro que se levantou e me chamou "fascista".
Claro que eu retribuí logo o impropério de forma ainda mais forte mas de tal modo subtil que ele ficou atarantado.
Como toda a gente me considera "uma pessoa simpática" e não tenho ar de "dondoca da linha", mesmo num antro de marxistas digo o que quero e ilustro como quero, de forma sempre teórica e artística o que é proibido.
Aliás, no outro dia o meu irmão disse que fazia o mesmo, noutra área da qual é especialista.
E disse que até gostava mais de palrar na Nova porque são de esquerda e pagam melhor.
Ficam na mesma mas gostam muito. Precisamente por nunca terem ouvido falar desse tipo de coisas.
A curiosidade humana é um grande bem.
Sem curiosidade não havia Civilização.
Eu tenho o vídio de pensar e questionar as coisas. Acho que foi por isso que decidi em miúda ir para Filosofia.
E nunca por nunca tive medo do tribalismo. Estou-me nas tintas- a matilha que rosne que eu dou-lhes uma caneladas e espanto-os.
Outra coisa.
Esta questão da evolução das espécies- acho que a primeira vez que me falaram nela e no tom impressionado com o facto de ainda haver gente que não acreditava, foi com um vizinho meu chamado Borges Coelho que era historiador e comuna.
Andei muito tempo sem ligar ao assunto porque nem tive formação religiosa. Sou apenas baptizada.
Em filosofia a coisa fez-me pensar e, depois, foi exclsuivamente por mim, sem influência de ninguém que comecei a pensar na patranha que tudo isto implicava.
E passei a estar atenta às tais descobertas que invalidavam tudo e mais alguma coisa e ao tribalismo de "zelotas" como o Muja disse, que é feito entre a ortodoxia do meio.
Depois estudei os pressupostos e as genealogias destas coisas e deparei com historietas extremamente engraçadas. E repetições de mitos para a dita Ciência.
Nunca li rigorosamenta nada dessa cena do "design inteligente" nem me interessei pela questão.
pelo simples facto de me interessar pela história das religiões e dos mitos e estar a par das genealogias entre a Suméria e a Thora e de como tudo isso são pedaços de textos com milénios a separarem.
O estudo dos mitos é mesmo algo que me fascina e descobri o Roberto Calasso que fala de tudo isso de um modo interessantíssimo.
Já tinha aqui apontado esse Roberto Calasso. Recomenda algum livro específico, dele?
Eu recomendo todos. Depende do que está interessado.
Agora atenção- o que ele faz é uma mistura de literatura com cruzamentos com mitos e conhecimentos de religiões- particularmente o induísmo e História da Arte.
Pode não ter grande interesse.
Mas olhe, se quer ler um pequeno e que achei delicioso, é precisamente este último- Il Cacciatore Celeste.
Ele é o editor da Adelphi e não sofre da panca escardalha. Até já foi bem atacado por isso. Mas ideologicamente acho que não é nada, nem fala nisso.
Eu tenho pdf do Cacciatore e já lhe passo.
Mas tem por cá muita coisa dele traduzida, como AS Núpcias de Cadmo e Harmonia
Não encontro agora.
Depois vejo isso. Eu sei que comprei recentemente e foi online
Ok. tenho no kindle da Amazon.
Não faço ideia se dá para partilhar
Dá, mas é capaz de lhe dar trabalho. Deixe lá, eu já tenho aqui apontado e tenho para aí tralha para ler que nunca mais acaba... Obrigado.
Como é que se faz?
Por link é preciso login.
Nunca fiz download das compras. Vou ver
Fiz download e passei para dropbox.
Se passar o link fica com ele?
Fico.
Para tirar do Kindle tem de o ligar ao computador com o cabo.
Depois é procurar lá dentro. Já não sei ao certo qual é a pasta. Mas os livros da amazon são ficheiros ".azw"
Eu uso um programa para administrar a minha biblioteca chamado Calibre. E costumo usá-lo para pôr e tirar os livros do Kindle.
Este:
https://calibre-ebook.com/
É que os livros da Amazon vêem protegidos. Há um módulo para o Calibre que tira isso fora - caso contrário não dá para mais ninguém ler. Por isso pode dar-lhe jeito.
E também converte entre vários formatos, por exemplo, do da Amazon para EPub, HTML, TXT ou PDF.
Os PDFs são mais manhosos porque há duas variedades: os que têm texto e os que têm imagem. Os que têm imagem não se conseguem converter. É como se fossem scans.
Eu não tenho kindle fisicamente. Tenho virtual
Fiz download e copy past. Também tenho numa pasta do box.com
Aqui vai o link
https://app.box.com/s/8g32a71ae6gpyhauwaahu93ehhajngvr
Já cá está. Obrigado.
De nada
";O)
Afinal mandou-me o "Vocabulario della Lingua Italiana"! :D
Mas eu esqueci-me foi que a protecção tem de ser tirada no seu computador, para usar as chaves das cifras do Kindle...
O Homem é o único que pensa Zazie? Não sei de onde retirou essa ideia… Ou refere-se à auto-consciência — mesmo isso não é certo em macacos, golfinhos, elefantes e eventualmente outros. Aliás, estou completamente surpreendido em geral. Parece que os computadores também praticamente já pensam, a IA Google ainda agora descobriu um sistema planetário algures. Deve ser outra coisa Zazie.
Há quem diga que nunca se foi à Lua, que a Terra é plana e quem negue ciência estabelecida, há pelos menos 158 anos. Isto em particular eu julgava que estava principalmente entregue aos criacionistas.
Muja, essa da lista que prova a teoria da evolução é para rir. É a discussão sobre o aquecimento global all over again. Gente que pouco ou nada estudou o assunto a ser citada a par de quem o estudou toda a vida. O link que eu deixei para a Scientific American tem uma lista em 15 pontos, para criacionistas, mas pelo que vejo serve-lhe bem.
E francamente, o artigo da Nature é outra anedota? O Muja acha que o senhor não devia ser despedido? Os dinossauros com 4.000 anos Muja… só lhe falta dizer que as pirâmides foram construídas pelos T-Rex! Para que perde tempo e pior ainda me faz perder tempo a mim? Não acho bem.
ehehe Foi?
Mas eu fiz download...
JRF:
Sim. è
É isso. Se é criacionista há que despedir. É como fachista. Também não se admite.
Devem ser computadores evoluídos...
Os meus continuam estúpidos que nem portas. Fazem tudo o que eu lhes digo.
É. E não é passível sequer de equiparação a outras formas de comunicação entre os animais e não se explica por meras conecções de sinapses nem faz sentido que seja apenas matéria.
E ainda menos que de um macaco sem essa capacidade, tenha nascido um ser com ela.
As palavras espantalho são tremendas.
Fascista; criacionista, quem é que arrisca passar por ser uma coisa destas.
E o que é uma coisa destas?
É tudo o que não seja "anti-fascista" ou progressista materialista, crente, por exemplo, na Lei da Evolução das Espécies.
Observada em laboratório e generalizada para tudo o que existe no planeta ou na galáxia.
O Wolfe a dizer o mesmo que eu penso. Linguagem e pensamento são um todo e um todo humano.
«“My contention is that language is not the result of evolution but essentially a verbal trick that was invented by human beings. It’s a memory aid – a mnemonic – that enables human beings to store away a piece of information and compare it to a new piece of information and draw conclusions.” No other species has a similar ability, making it the secret of our dominance as a species and Wolfe writes: “Humans are pretty pathetic physically. If you weigh 150 pounds and you come up against a 150-pound butterfly in battle, you’re done for. It must be 10 feet tall. But, with planning, humans control every animal on Earth. We’re very generous – we even create animal preserves where wild animals can live. But, oh boy, if they cross the line of the reserve, they’re done for.”»
aqui .
Blogger joserui disse...
Maria, estou triste… agora nunca gosta dos meus comentários!
E repare, a tour de force aqui é a teoria da evolução, que está provada, mas nunca pretendeu explicar a origem da vida. Pode saber isso e acreditar em Deus e ter fé.
joserui, não gosto dos seus comentários?!? Quem disse? Claro que não concordo com muito do que escreve, mas isso sou eu que não o compreendo lá muito bem:) E depois esse seu feitio miudinho é cá uma coisa! Diz mal de tudo e de todos..., não é assim? Mas quem não tem defeitos?
Se a teoria da evolução está provada mas ela não pretende explicar a origem da vida, então exactamente para que serve? (desculpe lá a minha ignorância).
Quanto à teoria, eu não a aceito nem deixo de aceitar. Não me incomoda nem me faz perder tempo. Só sei que existe um Ser que nos transcende e isto para mim é suficiente. Se dúvidas tivesse e não as tenho, bastava-me observar a natureza e d'imediato elas dissipar-se-íam. Foi esta a mesma resposta que certa vez Paulo Portas deu à pergunta se acreditava em Deus.
Existência essa que nenhum cientista até hoje conseguiu explicar, ainda que muitos deles continuem a tentar sem chegarem a conclusão alguma. Sabe-se que muitos deles hoje acreditam em Deus (até há algumas décadas nenhum acreditava, mas suponho que tenha sido por influência dos evolucionistas...).
É bom lembrar aos descrentes e àqueles que só aceitam a teoria do evolucionismo, renegando o criacionismo, que o insuspeito Einstein disse que acreditava em Deus, só gostava de saber era se a vida na Terra era como Ele queria que fosse.
Pra mim o joserui só tem dois defeitos: não acredita em Deus e diz o pior que há de Trump:)... e de toda a gente em seu redor..., já uma vez lhe disse que sei o que isso é, também tive um familiar próximo que neste partidcular era igualzinho a si) pra já ainda vou gostando dele e só espero que as suas medidas políticas não me desiludam, como também o espera a grande maioria dos norte-americanos. É isso.
Não obstante, o joserui tem pelo menos uma qualidade que quase anula todos os seus defeitos. A sério. Gosta d'animais e particularmente de cães, já o demonstrou. Eu também gosto e muito, um pouco menos de gatos ainda que tenha por eles o mesmo carinho. Tal como o joserui, tenho dois cães que adoro.
Olhe, eu sou de tal modo sensível ao sofrimento dos animais - não suporto ver fazerem-lhes mal por pouco que seja - que há cerca de dois meses passou na RTP2 um filme nórdico (um género que não aprecio e geralmente nem os vejo), mas excepcionalmente detive-me neste por um minuto ou dois e comecei a achar curioso e fora do habitual o desenrolar do mesmo.
O filme ía decorrendo e durante larguíssimos minutos (à lá Ingmar Bergman...) só se ouvia uma ventaneira incrível, quase insuportável e lá de muito longe mal se distinguia a silhueta de uma carroça puxada por um cavalo a aproximar-se lentamente. Algo me fez ir ficando à espera de ver o que se seguiria a tão estranho quão inusitado começo. E fiz bem.
(cont.)
O enredo era duma simplicidade cativante e só grandes almas o poderiam ter idealizado. Tudo se passava num monte isolado da restante população onde, numa casota tosca, vivia um velhote humilde, rabujento e taciturno e uma filha jovem cujo único trabalho era tratar da casa, ir buscar água ao poço, cozer batatas (o único alimento daquelas almas), ajudar o pai a deitar-se e a levantar-se e a dar de comer ao cavalo e tudo feito sem pronunciar uma só palavra.
O cavalo, já de alguma idade, só servia para puxar a carroça sempre que o velhote precisasse de sair do monte para ir comprar batatas e fardos de palha. O vendaval, sempre como ruído de fundo, soprava forte sem nunca abrandar e a vida daquelas duas almas prosseguia triste e sempre igual com o passar dos dias.
Houve um dia que, debaixo do mesmo tremendo vendaval, a rapariga foi mais uma vez buscar a carroça, novamente com imensa dificuldade dada a forte ventania que quase a derrubava no pouco espaço percorrido, à qual o pai tentou a muito custo atrelar o cavalo. Porém este, mesmo suportando fortíssimas chicotadas recusava as ordens, estava demasiado doente para obedecer ao dono. A filha insistiu com o pai para desistir de o atrelar à carroça porque "não vês?, pai, ele não quer". O pai lá desistiu muito contra-vontade arrastou a carroça de volta ao barracão e a rapariga levou o cavalo para o mesmo sítio.
Passou-se um dia ou dois e a rapariga foi dar de comer novamente ao cavalo que não havia meio de querer alimentar-se. E a rapariga sempre a tentar carinhosamente que o animal comesse qualquer coisa por pouco que fosse. Mais um dia e ela verificou o animal não tinha comido nada e tentou então dar-lhe um pouco d'água, mas o animal não lhe tocou. A rapariga, com um carinho que só quem gosta muito de animais poderia entender, resolve "falar" com o seu querido cavalo, repetindo uma e outra vez "vá lá bebe um pouco d'água, não tens comido nada nem bebido água, bebe bocadinho só por mim".
(cont.)
Hehehe… onde isto foi… fascista, criacionista, tudo igual — afinal temos adeptos da igualdade. Peço imensa desculpa: anedótico.
Zazie: Não, não é.
Muja: Devem ser PCs + um indivíduo que diz que a Terra tem 10.000 anos e os dinossauros 4.000, a trabalhar aonde meu caro? É na repartição das finanças deixe-o estar. Peço outra vez imensa desculpa: Ter colocado o link para a Nature é anedótico. Comparar aos rótulos que se tem discutido neste blogue nos últimos anos, nem há palavras. Mas já lhe tinha dito — leve a bicicleta.
Todos: Como se depreende pelos meus comentários no blogue nunca fui adepto da igualdade entre gente, quanto mais entre animais, ou animais e gente. Isso sim, é um espantalho, mas adiante.
E mesmo para terminar a Zazie afinal acabou de descobrir quando passaram a ser gente, os tais hominideos: "a verbal trick that was invented by human beings". Amazing. Para que me perguntou? Lia o Wolfe, esse grande cientista da evolução.
Este pequeno diálogo entre dois seres, um racional e outro irracional, mas que se entendiam na perfeição (eu acho que os cavalos são inteligentes à sua maneira) fizeram-me vir as lágrimas aos olhos perante a inteligência quase humana daquele animal ao tentar fazer ver à sua dona que já não tinha forças para se alimentar porque estava a morrer.
O filme termina sem mais nada se passar. Não se vê o fim daquele maravilhoso animal mas depreende-se.
Olhe, eu estava a assistir a uma ficção, um simples filme, é certo, mas para mim era como se estivesse a assistir a um drama real: a história triste de um humilde velhote e da filha isolados do mundo e a do seu único amparo naquela solidão aterradora - o cavalo - afinal o seu mais fiel e verdadeiro amigo que nunca os abandonou até ao fim.
E comovi-me imenso. A fazer lembrar o que acontecia quando íamos ver aqueles dramalhões antigos que nos fazíam chorar que nem madalenas.
As últimas imagens daquele filme, tal como me aconteceu ao escrever estas linhas, fizeram-me chorar e só pedia baixinho que o cavalo não morresse. Imagine?, parecia que estava a assistir a um documentário e ao autêntico drama da vida e morte de um animal que serviu fielmente os seus donos até lhe faltarem as forças para mais.
Não imagina até que ponto me afecta o sofrimento de qualquer animal, sobretudo se indefeso. Até nos documentários da selva africana, quando vejo uma gazela ou zebra-bebé ou elefante-bebé serem atacados por leões, só peço a Deus que qualquer deles consiga escapar à morte. E às vezes uns conseguem, a maioria não.
O mesmo me dói quando vejo gnus serem ferozmente abocanhados por crocodilos na sua passagem de uma margem para a outra do rio Amazonas e noutros rios e nestes casos quem vence é sempre o crocodilo.
Ou ainda o sofrimento que nos toca a alma daqueles maravilhosos e pacíficos elefantes que na Índia e à custa de chicotadas brutais carregam toneladas de peso durante milhares de quilómetros, obedecendo dòcilmente aos seus tratadores, com as pernas amarradas por correntes grossíssimas e distando meio metro, se tanto, entre cada uma delas, sem jamais se revoltarem.
Há quem diga que os elefantes choram e eu acredito. E quando presentem que a morte se aproxima percorrem distâncias imensas para ir morrer no local onde se encontram as ossadas dos seus irmãos de raça que os precederam.
Quem não gosta de animais não pode gostar de pessoas. É o que eu sempre digo aos meus filhos. Um dos meus filhos diz que não é bem assim, os outros concordam em absoluto. Aí tem.
Pois- um truque verbal.
A questão é que esse truque ninguém mais o tem.
E isto não significa que os bichos não tenham emoções e capacidades a que o Aristóteles chamava de alminhas de tipo animal. Só que isso não se detecta por ADN.
E dizer-se que um hominídeo capaz de cultos religiosos e navegações era 99% mais macaco que próximo do sapiens é a questão base do engano.
A ideia que tenho é que sim- houve uma infinidade de "raças" humanas, tal como ainda hoje existem esses na Amazónia, cuja linguagem é um fenómeno interesssantíssimo. Mas essas raças humanas eram gente e não foram mera descendência de um macaco que se manteve igual aos que ainda hoje existem e que são como são e não mudam nem evoluem.
Por outro lado, esta conversa e todo esse saber é um fenómeno que v. não consegue partilhar com mais ninguém a não ser humano. É uma criação da humanidade.
Achar que essa criação da humanidade é mero ADN igual a tudo o que é vivo e capaz de uma genealogia inter-espécies parece-me uma loucura mansa.
A tal loucura de quem já não consegue pensar ou viver com o mistério, com o sagrado, com o transcendente e nem quer isso por perto.
Já agora, por mra curiosidade- onde é que v. encaixa a crença na alma?
Também é ADN ou a tal crença privada que felizmente já não tem de entrar porta dentro de toda a gente?
O Louçã diz o mesmo. Felizmente que a religião ficou coisa bem pessoal e privada e nos casos em que ainda se atreve a ser pública deve ser banida e proibida.
A Ciência não. Essa é a Grande Verdade que se deve ensinar às criancinhas.
Eu até acho que sim- as criancinhas devem ter conhecimentos científicos.
O problema é se v.s são os profs e lhes respondem como me responderam aqui a mim- tipo- ou bem que acredita que o ADN e a Evolução das Espécies está provado e é uma Lei da Natureza, ou bem que ainda é daquelas que nem acredita que o homem chegou à lua.
Não li um único argumento mais profundo que isto. O resto foram as tais palavras espantalho- o criacionismo e assim.
Também me ilustraram, creio que o JRF, a ignorância que eu estava a testemunhar com uma velha piada do manelinho da mafalda- veja lá se não acha impossível aquelas figuras todas entrarem pelo buraquinho que leva à televisão.
Quanto ao pressuposto da Igualdade, sim.
Não estou a dizer que pessoalmente e conscientemente.
Estou a dizer que a militância destes neo-darwinistas com a utopia da igualdade entre as espécies e equiparação de embriões humanos a espécies vivas de animais- com as bioéticas que se dão em Cambridge, por exemplo- é uma militância marxista, tal como o Deleuze já propunha, e que tem por base o mito da Igualdade e da velha "luta de classes"- dos fortes contra os fracos.
E deseja a inversão de tudo isso, partindo literalmente do mesmíssimo complexo da superioridade do "Homem Branco" em prol do "Outro". Sendo que o Outro agora já nem preto é, ou estrangeiro imigrante, é bicho.
O modo como esta ideologia se divulga tenho observado porque gosto de "morder tudo" e vem da Academia, passa para os lobbies, entra na escola primária, manda nos media, junta-se em partidos satélites da esquerda comunista e depois impinge-se por efeito de novela de "amorzinhos" e "carinhos" e compensações que dantes eram coisas femininas de donas-de-casa e hoje estão generalizadas á feminilização geral da sociedade.
Até o National Geographic já trata os bichos por nomes próprios. Tal como as pessoas que eu conheço que nunca ligaram a animais e que até os maltratavam, agora os tratam por "a menina", "o miúdo", "este rapaz, "a minha rapariga" e com isto estão a referir-se a cães.
Os velhos são largados a magote nos lares e nos hospitais pelo Natal.
Aliás, este lado aparvalhado de fazer valer uma teoria da Ciência que é uma coisa de probabilidades de laboratório e investigações, por via da chantagem moral é a marca da casa do comunismo.
Sempre a Superioridade Moral em tudo o que querem. Sempre a ameaça de proibição do que pareça entrave a essa engenharia social. Sempre o talibanismo e policiamento e controle social de tudo. Sempre a perseguição a quem resite. Sempre o complexo de superioridade racional (soberba, como aqui foi dito) em nome de uma ideia que parece humilde- a tal Igualdade para bem de Tudo. Para atingirem o Paraíso na Terra que foi comprometido pela degeneração humana.
Ese paraíso já vai com estes neo-darwinistas num planeta devolvido à pré-história e sem gente para não estragar. Porque tudo acaba e nós humanos, não somos mais que o resto.
É esta a brilhante capacidade que atribuem aos humanos. Só podem ser líderes da sua prórpia destruição- tal como no comunismo- terra queimada. Por bem as pessoas não fazem nada. É preciso destruir tudo primeiro para que as leis da Natureza façam o seu trabalho.
O tal turque verbal é mil vezes mais interessante. Porque é um truque em que as palavras podem não existir para capacidades que o pensamento, no entanto, tem.
Eles sabem contar e não têm números. Sabem as cores mas só sabem dizer claro e escuro.
E mais ainda- esse truque verbal existe e transmite-se de forma musical.
A questão a colocar é esta- as limitações tribais dos pirarrãs fazem deles também uma variante de hominídeo como o menino do Lapedo que até já fazia parte de grupos que conheciam rituais religiosos, sendo portanto uma tribo mais próxima dos macacos, ou são o tal sapiens igual a nós?
Isto só se distingue por datações?
Não acha demasiado idiota ser-se incapaz de explicar funções diferentes sem andar com a régua do tempo para as encaixar no que se pretende que sejam?
Entendeu, pelo menos, qual a questão teórica gramatical que está em causa?
É que para uns a gramática e a linguagem partem de um apriori comum a todos os humanos. Variam as línguas mas não se aprende a linguagem, aprendem-se palavra já que a linguagem é inata.
E isto levaria à explicação por padrão de evolução e passagem hereditária para o sapiens, sendo da mesma ordem biológica evolcuonista.
Outros questionam isso e encontram diferenças que não se explicam pelo padrão igual mas por mnemónicas tribais que só uns nesse local inventaram. E com a difrença do pensamento poder ser mais do que fruto das capacidades linguísticas.
E na prática esse pensamento resultar em actividades humanas que a limitação de linguagem não proporcionaria.
Pode parecer mero empirismo mas são coisas diferentes. Não sei. Penso apenas que o pensamento não é mera matéria e que os animais não têm aproximação ao que o ser humano tem em exclusividade.
Ainda que as emoções e partilhas de ligações familiares também não sejam coisa igual a plantas.
Se eu acreditar que a Criação é obra de Deus, nem vejo como teria de separar tudo. Basta admitir a transcendência e perceber que até a Filosofia sabe equacionar o que nos ultrapassa e está para além da matéria e da física e das capacidades humanas de explicar.
E no entanto, existe- existe música, existe arte, e nada disso consegue ser feito por um computador.
Existe um património espiritual que está no pensamento- que se manifesta nos sonhos. E isso é uma grande incógnita. Não está minimamente explicada. A teoria evolcuinista só teria suporte partindo do princípio que tudo é excluviamente matéria -atmos e acaso.
Mas fiquei com curiosidade de ler este livro do Wolfe.
Até pode dar-se o caso de ser apenas mais uma sátira pessoal.
Não sei. Agora que a questão em relação ao Chomsky é a mesma que se pode colocar ao Levy-Strauss, sim- são estruturalistas.
E esse estruturalismo é biológico e retira a História da questão.
Eu prefiro mil vezes mais o Mircea Eliade. Mas esse foi banido- por ser "fascista".
Maria, eu sou miudinho? Já viu o rigor que me exigem os companheiros de comentário? Tenho que provar em pleno Porta da Loja a teoria da evolução, a origem da vida e quem sabe do universo. É demais. A teoria da evolução, são na verdade diversas teorias interligadas de outras tantas ciências. Há coisas sobre as quais não há discussão. Outras, ok, se a espécie x pertence ao ramo y ou ao z, etc.
Na botânica ando triste Maria! Os meus apreciados Sedum spectabile (tenho vários) da família das crassuláceas, são agora Hylotelephium spectabile! Felizmente ficaram na mesma família, mas inúmeras plantas não ficam e sabe porquê Maria? Por causa da genética, que está a corrigir muito do que julgávamos saber.
A Zazie e o Muja, querem que eu renegue a ciência, porque falta um fóssil não sei onde. Ridículo. A ciência está sempre em movimento, eu não vou organizar nenhum protesto a favor dos Sedum, *acredito* que o novo nome científico está melhor e mais adequado. Ora se isto acontece com os Sedum, não é provável que aconteça com a espécie humana nos seus milhões de anos de evolução?
Eu não tenho medo de nada, nem de coisa nenhuma. O sagrado tem sobrevivido a vários choques e continuará a sobreviver. Pode é ser insuportável para muita gente admitir as suas mais que provadas parecenças com os macacos. Menos meia-dúzia de genes e lá andavam nas árvores. Mas para mim não! Até gosto de árvores!
A Maria não concorda quando falo do Trump! Que eu não percebo. Sendo uma pessoa educada e sensível, apreciar um bronco misógino daquele calibre. Mas nem de propósito — a espécie de governo dele emitiu uma lista de palavras proibidas nos documentos oficiais, entre as quais: “evidence-based” and “science-based.” Portanto aquilo que sempre tenho dito — uma cultura da ignorância, da negação do conhecimento e da ciência, numa palavra, uma cultura obscurantista.
Maria, não só acredito em Deus como sou católico. a minha mulher não é baptizada, mas baptizamos os filhos já quase adolescentes (eu preferi assim, por vontade deles, dando a escolher). Nem percebo de onde tirou essa ideia.
Acreditar em Deus, ser católico e de alguma forma ter um determinado código de conduta é mais uma razão para abominar aquele indivíduo Trump. Porventura não sabe nada da vida dele? Acha que um católico pode compactuar com aquele energúmeno, com o seu modo de vida, com o chorrilho constante de mentiras que emite diariamente, com o seu desrespeito pela vida, pelas mulheres e qualquer criatura de Deus? Não é possível. Viu as fotografias dos filhos dele com os animais que massacram?
Tenho dois cães pastores belgas malinois e uma gata. Agora vou-me mudar de casa e na casa nova já adoptei mais cinco gatos. E no total são uns 10… tenho tentado domesticá-los para os ir mandando esterilizar. E é verdade isso que diz: Quem é capaz de fazer mal aos animais, também é capaz de fazer mal às pessoas — há um serial killer americano cuja bio saiu em bd por um autor que foi colega de escola dele (e agora vai existir em filme). Começou nos animais e acabou a matar não sei quantas pessoas.
Para mim os animais são criaturas de Deus, não são coisas, como até há pouco o eram na lei portuguesa — se o PAN contribuiu para mudar isso, já vale a pena existir. Normalmente quem se manifesta contra ajudar animais porque "há muitas criancinhas com fome" nunca mexeu uma palheira para ajudar uns ou outros.
A Zazie é inteligente, tem imaginação e é curiosa, quer mais espírito científico que isso? O que não gostava mesmo nada é de a ver, como estou a ver, ser o outro lado da moeda que abomina.
A alma encaixo na fé e não a discuto. E ateus respeito todos desde que não me moam o seixo com jacobinices, tipo o meu sogro, a quem infelizmente já tive de dizer uma ou duas verdades à mesa.
A alma é essencialmente aquilo que nos distingue dos animais. Acho que a inteligência superior nos deu auto-consciência e julgo que somos os únicos que sabem a priori que vão morrer. Mas já se provou que há animais que têm consciência de si próprios. E perto da morte, acho que todos sabem que vão morrer.
E se o José voltar ao assunto num post, continuamos, porque já estou cansado!
Desculpem ter abandonado a conversa. Ainda escrevi várias coisas para tentar tornar algumas coisas mais fáceis de apreender, mas os comentários eram longos, tive de partir em trechos até 4 mil caracteres e perdeu-se tudo ao publicar.
Sobre isto:
"Já agora, por mera curiosidade e porque eu me atrevo a falar disto publicamente- e dou agté cursos em que faço a genealogia artística destes mitos- o que é que o Anjo pensava de mim, sem me conhecer de debates na net?"
Não penso nada, Zazie. Respeito o ponto de vista e compreendo que as pessoas se debatam com estes assuntos. Há coisas que só se percebem bem se se teve uma formação mais técnica. Não é porque o leigo não possa compreender, mas se não viu uma montanha de dados e não se treinou nalgumas coisas mais práticas é muito difícil conseguir ter proximidade com os temas. Eu tinha um amigo do IST que era barra a Física, publicava, era mesmo um crâneo e, por mais que eu lhe explicasse como funcionava a genética ele não conseguia ver nada daquilo. Até começar a interessar-se de outra maneira e a tentar mesmo perceber. Depois é canja.
Há áreas em que só temos acesso à divulgação que se faz dos assuntos. Mas até que ponto a divulgação de ciência é boa? E se a lermos passamos a tratar os assuntos por tu? Não, claro que não. Tenho essa limitação com montes de coisas.
Acho que a Zazie enfrenta bem os problemas e a reflexão. Faz-se ao caminho. Simplesmente, há áreas em que não temos informação suficiente para tirarmos mais proveito das explorações que fazemos. Não quero convencer ninguém de nada, mas gostava de conseguir explicar melhor porque é que a evolução explica muita coisa, apesar da escassez do registo fóssil (hoje há ferramentas muito mais interessantes que isso e difícil de conceber seria existir um registo abundante por aí). Não invalida que não possa vir a coexistir com outras explicações. A mecânica newtoniana não foi invalidada pela relatividade, mas não serve para explicar os fenómenos na escala que esta descreve. Pode muito bem suceder o mesmo com a evolução. Simplesmente ainda não aconteceu. Não é nenhum dogma. A biologia convive bem com a derrocada de dogmas. Aconteceu com a aquilo que se pensava ser a unidireccionalidade do fluxo de informação do DNA para os outros ácidos nucleicos. Descobriu-se que não era assim e não foi drama nenhum. Assim que surgiram observações que não era possível explicar mediante aquilo que parecia ser de pedra e cal, a teoria mudou em conformidade.
Sobre os animais: também gosto muito deles. Percebo a Maria e o Joserui. Mas não os comparo a pessoas nem os ponho acima delas. São confusões que nunca fiz nem nunca farei.
Joserui: use armadilha e esterilize os gatos, não precisa de esperar que dêem a mão. Caso contrário, vai ter dezenas deles rapidamente.
Já agora, como remate final: eu venho a este blogue aprender e informar-me e não é pouco o que tenho levado daqui.
“Se o universo for infinito, a resposta também pode ser: o centro é onde nós quisermos. Da nossa perspectiva, o centro do universo é bem a Terra.” [Muja]
De acordo.
“A teoria da relatividade é superior - ou melhor - às leis de Newton porque incorpora observações novas, nomeadamente, o limite da velocidade da luz” [Muja]
Não percebi. (Também não é importante para a publicação do José.)
O que é isso de observarmos o limite da velocidade da luz?
A constância da velocidade da velocidade da luz em todos os referenciais inerciais é um postulado (ou axioma) da teoria (ou seja, um ponto de partida que não se pode discutir) e nunca foi observado nem parece fazer sentido. Toda a teoria é uma excelente especulação matemática, mas o postulado inicial parece afastá-la do universo real.
Ok. Obrigada Anjo; obrigada JRF
A questão pode necessitar de grande especialização para se refutar do ponto de vista científico.
Claro que eu nunca o poderia fazer.
Por isso apenas parto das minhas dúvidas que são os pressupostos.
Resumem-se a: O pensamento não o consigo entender como mera matéria. O ADN mais ou menos igual dá-me apenas a ideia de que os canibais podiam ter razão em acharem o paladar dos humanos idêntico aos dos macacos- deve ser mais parecido que comer alfaces e as datações não consiero sustentáculo para estas questões de base.
Ou seja- penso que não é tudo matéria e não o sendo fica tudo em aberto e o aberto é o ser humano- com os nomes ou raças que bem entenderem. Mas sem ser um mero descendente do macaco. Todos os ditos hominídeos, pela lógica que encontro, podem perfeitamente ser o mesmo ser humano a que chamam sapiens. A percentagem de DNA não vai aferir mais nada que menos variedades em tempos mais recuados- por serem em menor número- mais em tempos mais recentes pela multiplicação.
É isto. Pode ser pouco mas nunca me apresentaram uma refutação a estes meros pontos de partida.
Pelos vistos até nem estou mal acompanhada pois o Wolfe lembrou-se de pegar precisamente pelo que penso ser o ponto chave- a linguagem- o pensamento- coisa diferente de uma estandartização de comunicação comum em mais animais e meramente mais desenvolvida no dito sapiens. Os outros não falam- são meros ossos e pedacinhos de ADN em torno da data. Quando não acabam por dizer que afinal uma data deles eram engano e eram sapiens também.
Eu vou apenas mais longe- não são apenas um data deles que afinal até eram sapiens- são todos. Nunca houve nenhum hominideo que não fosse sapiens, as diferenças serão raças e mais nada. De onde vêm, ou como da matéria idêntica ganharam diferenciação única- não sei. E acho que ninguém sabe.
Ontem escrevi isto tarde quando cheguei e sei que saiu tudo mal explicado.
Corrijo apenas os nomes-
Onde eu digo sapiens- ou ser tudo sapiens- quero apenas dizer que era tudo gente. Não entra aí a datação das tais diferentes espécies de semi-gente.
O que eu penso é que os mesmos seres capazes de cultos, capazes de fala, capazes de pensamento, capazes de técnica que permitia tanto como ainda hoje o fazem tribos primitivas como na Nova Guiné ou na Amazónia- não eram macacos especializados, fruto de descendência de macacos que conseguiu evoluir mais que os que permaneceram bicho.
Quero dizer que o ADN é matéria- é excelente para explicar muita coisa- mas não explica a brutal diferença entre um bicho e um humano. E, como o Anjo disse, até podiam ter 100% de ADN igual que não implicavam que conseguissem pensar, falar e fazer igual.
Implica que a carne é da mesma matéria e algumas funções muito semelhantes. Mas o salto é espírito e isso é de outra ordem e não é coisa de "inteligência artifical"
que também se consiga colocar num computador.
Quanto aos outros seres, sim- como é óbvio existiram dinos e acabaram e devem ter existido vários recomeços do "mundo" e das espécies e isso também os mitos sempre o disseram.
Até um que é eleito e é diferente e único e está sózinho neste espaço pois nunca se encontrou gente noutro lugar.
Apache,
"O que é isso de observarmos o limite da velocidade da luz?"
Tanto quanto sei - e me ensinaram na escola - o limite da velocidade da luz foi observado experimentalmente antes de qualquer postulado. A wiki parece confirmar:
https://en.wikipedia.org/wiki/Michelson%E2%80%93Morley_experiment
Já não me lembro se foi isto que me deram na escola, mas o nome não me é estranho.
E depois também fizeram umas versões mais modernas com lasers.
“Tanto quanto sei - e me ensinaram na escola - o limite da velocidade da luz foi observado experimentalmente antes de qualquer postulado”
Acho que estamos a falar de coisas diferentes.
O link que aponta remete para uma experiência que pretende demonstrar a inexistência de “éter”. Por esta época (finais do século XIX) eram bem conhecidas as ondas de maré, as ondas sonoras, as ondas sísmicas, etc., todas dependentes de matéria para se propagarem. Mas eram muito pouco conhecidas as ondas electromagnéticas (que hoje acreditamos serem capazes de se propagarem mesmo no vazio). Naquele tempo, a ideia de vazio não era bem aceite e admitia-se que algo a que se chamou éter enchia o espaço entre as estrelas e os planetas e era o meio no qual se propagavam as ondas eletromagnéticas, nomeadamente a luz do Sol. A experiência tenta demonstrar a inexistência desse éter. Curiosamente, Einstein achava que esse éter existia de facto, apesar de também achar que ao contrario da (restante) matéria não interferia com as ondas e portanto não alterava o comprimento de onda destas. Actualmente, a esmagadora maioria dos físicos considera que este éter não existe, mas subsistem algumas dúvidas (por causa da radiação de fundo, de micro-ondas, mas não só).
Mas eu pensei que se estava a referir às experiências que permitiram medir a velocidade da luz. E que para muita gente são a prova de que a velocidade da luz, no vazio, é constante. E eu achei que o Muja também estava a dar isso como garantido. De facto, só sabemos que a velocidade da luz tem valor constante, num dado meio, num percurso de ida e volta, num campo gravítico de aceleração constante, medida em relação a um referencial fixo. A generalização para qualquer percurso, para qualquer lugar do Universo é apenas uma fezada.
A Teoria da Relatividade “exige” ainda mais como postulado; que a velocidade da luz seja constante, para qualquer percurso, em qualquer lugar do universo, medida em relação a qualquer referencial inercial. E isto nunca foi observado.
Trocando por exemplos (para que alguém que tenha o azar de ler isto não fique demasiado despenteado):
Apontando um feixe de luz a um espelho e medindo o tempo que o feixe leva da fonte emissora ao espelho e regresso, aqui na Terra, e dividindo a distância percorrida pelo tempo gasto, o valor é, sempre o mesmo (aproximadamente). Conclusão: aqui na terra, actualmente, a velocidade da luz é constante num percurso de ida e volta. Mas quando atiramos uma bola ao ar, o tempo que ela leva a subir (com velocidade cada vez menor) também é o mesmo que ela leva a descer (com velocidade cada vez maior) e a velocidade nunca é constante.
Quando eu caminho a 5 km/h numa passadeira rolante que também se move a 5 km/h no mesmo sentido, a minha velocidade em relação à Terra é de 10 km/h. Mas a Teoria da Relatividade parte do principio que a luz de um candeeiro da rua se move a 300 000 km/s em relação à Terra e a luz de uma nave espacial (independentemente da velocidade desta e do local para onde se desloque) também se move a 300 000 km/s em relação à Terra. E isto, não só nunca foi observado, como não parece (pelo menos para mim) fazer muito sentido.
Basicamente, a Teoria da Relatividade diz que tudo é relativo (espaço e tempo) se considerarmos que a velocidade da luz é absoluta (em qualquer espaço e em qualquer tempo).
A física de Newton e Galileu diz que num determinado espaço o tempo é absoluto.
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