terça-feira, novembro 20, 2018

A bestificação

CM de hoje:

Picasso, minotauromaquia:






Daqui:


“Mi sarebbe piaciuto essere Luis Dominguin“, il più grande torero di tutti i tempi, “quella si che è arte” soleva dichiarare il pittore. E così declamava e dichiarava la sua ‘hispanidad’ quel miscuglio di malinconia e passione, che trovava il suo trionfo nel rapporto tra eros e morte. In quell eterna lotta tra gli istinti primordiali dell’uomo e la sua razionalità. Lui stesso si rappresentava e percepiva come una figura mitologica tra uomo e toro, tra mente e istinto, come un Minotauro, figura archetipica volta a rappresentare la doppia natura dell’uomo, sempre teso a dominare l’indomabile passione per affermare il suo raziocinio.


A discussão sobre as touradas não pode circunscrever-se ao sofrimento do touro. Ponto final.

A propósito de bestificação, esta não está nada mal: ainda se gaba da burrice, puxando lustro à "linguagem inclusiva". E inclusivo...não?! Este kamarado inclusivo é uma besta? Talvez um besto.


Por falar em linguagem inclusiva e bestificação aqui fica uma ode às Vozes dos Animais. Já antigote, de um tal Pedro Dinis que já perdeu os direitos de autor, é ainda politicamente incorrecto: diz que o homem é o rei dos animais...e como vemos nisto das touradas, não pode ser.

Que achará disto o kamarado inclusivo?

Palram pega e papagaio
E cacareja a galinha
Os ternos pombos arrulham
Geme a rola inocentinha

Muge a vaca, berra o touro
Grasna a rã, ruge o leão,
O gato mia, uiva o lobo
Também uiva e ladra o cão.

Relincha o nobre cavalo,
Os elefantes dão urros,
A tímida ovellha bala,
Zurrar é próprio dos burros.

Regouga a sagaz raposa,
Brutinho muito matreiro;
Nos ramos cantam as aves,
Mas pia o mocho agoureiro.

Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar:
Fazem gorjeios às vezes,
Às vezes põem-se a chilrar.

O pardal, daninho aos campos,
Não aprendeu a cantar;
Como os ratos e as doninhas
Apenas sabe chiar.

O negro corvo crocita,
Zune o mosquito enfadonho,
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.

Chia a lebre, grasna o pato,
Ouvem-se os porcos grunhir,
Libando o suco das flores,
Costuma a abelha zumbir.

Bramam os tigres, as onças,
Pia, pia o pintainho,
Cucurica e canta o galo,
Late e gane o cachorrinho.

A vitelinha dá berros
O cordeirinho balidos,
O macaquinho dá guinchos,
A criancinha vagidos.

A fala foi dada ao homem,
Rei dos outros animais:
Nos versos lidos acima
Se encontra em pobre rima
As vozes dos principais.




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