quinta-feira, junho 06, 2024

Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes e a Justiça

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Repare-se: o acórdão condenatório foi subscrito por juízes que estiveram no julgamento dos factos e aplicaram o direito e deram como provados mais de 1030 factos. 

Manuel Pinho resolve tudo numa frase: a condenação não tem nada a ver com isso mas com um terramoto na justiça que se procurou evitar. Terramoto esse que viria uma vez que as pessoas já não acreditam na justiça e se fosse absolvido ainda menos acreditavam...o que não deixa de ser irónico e contraditório. 

Quanto ao advogado Ricardo Sá Fernandes estou para ver a primeira vez em que defenda um cliente e venha assumir que é culpado ou conformar-se com a decisão, mesmo transitada em julgado após recurso atrás de recurso como vai agora fazer com este processo: STJ, Constitucional, plenos se for preciso, recursos atrás de recursos até conseguir que algum tribunal lhe dê o que quer: a absolvição do cliente que isso é que é justiça, para este advogado. 

Foi por isto mesmo que o processo andou anos e anos assim de recurso em recurso até esta derrota que só não é final porque vai recomeçar a andanças dos mesmos, o que contribui mais que outra coisa qualquer para o descrédito da justiça de que depois se queixa amargamente. Foi sempre assim com este advogado...e é por isso que é escolhido. Sabe empecer processos como ninguém. Ninguém? Alto lá! Há por aí uns outros...

Quanto ao arguido, é claro que nem reconhece a conduta como criminosa. Para o mesmo é perfeitamente natural o que fez e foi dado como provado e em nada ajudou o patrão que continuou a ajudar enquanto ministro. Isso para ele não é corrupção: é apenas um modo de vida. E parece que não conhece outro... por isso os tribunais, magistrados, investigadores e opinião pública estão todos enganados. Ele é que está certo. Corrupção? Nem vê-la!

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