sexta-feira, agosto 10, 2012
Henriques Gaspar, por extensão
Escreve hoje o Sol que o mais forte candidato a PGR, neste momento, será o Conselheiro do STJ António Henriques Gaspar, relegando para segundas núpcias os demais putativos candidatos.
A “fonte do MP” que deu o lamiré à notícia considera que “ não há, à partida, um candidato evidente” e ainda que o perfilado favorito à sucessão “não pertence a nenhuma das capelinhas do MP, tem currículo internacional, é um bom orador e um jurista brilhante”.
Tirante a tirada das “capelinhas” cujos capelães não se conhecem, subscrevo a apreciação, com algumas reservas sobre os dotes oratórios do candidato malgré lui. Portanto, para além do currículo internacional, inteiramente despiciendo no caso, sobra a apreciação sobre os méritos de jurista, incontestáveis e afamados entre a classe.
Isso chegará para dar um bom PGR?
Henriques Gaspar é uma figura que o MºPº, in totum, respeita, mais que provavelmente qualquer outra que neste momento seja visível. Veio do MºPº, moldou um perfil de magistrado em que muitos se revêem e tem prestígio acumulado no exercício do cargo. É um virtuoso das regras jurídicas e aponta-se-lhe a autoria directa da figura espúria da “extensão procedimental” que safou o actual presidente do STJ de um opróbrio ainda maior que o infligido, justamente aliás, a propósito do caso Face Oculta e da certidão de um procedimento administrativo que lhe fora remetida como autêntico presente envenenado, no Verão de 2009, por um PGR então empenhado em arquivar o expediente, liminarmente.
Conta a lenda que Henriques Gaspar passou momentos difíceis junto do presidente do STJ nas encostas solarengas do Douro nesse Verão terrível para o então primeiro-ministro José Sócrates.
Por razões que a razão jurídica desconhece, o mesmo foi salvo in extremis por um artifício legalizador inventado a preceito para justificar processualmente algo legalmente impossível- considerar apresentadas no prazo de 48 horas a um JIC, um lote de escutas com semanas de gaveta em processo administrativo.
O expediente da “extensão procedimental teve o condão de permitir a apreciação de mérito de um JIC sobre um “monte de papéis” ( o próprio pSTJ assim o classificou em expressão equivalente) e arquivar definitiva e terminantemente, escutas muito incómodas para um primeiro-ministro em exercício, nesses meses que se prolongaram até às eleições legislativas de 27 de Setembro de 2009, em que José Sócrates arrincou uma “vitória extraordinária” (o mesmo dixit e pour cause) .
Para António Henriques Gaspar ser o próximo PGR falta ao mesmo explicar o caso- e desmentir a lenda se for caso disso e for verdade que é uma mentira. Não faltam locais para o fazer, mesmo aqui, no correio electrónico de que se dará o respectivo eco.
Um PGR além de ser tem de parecer e o que temos parece o que é. Para essa figura extensiva, já basta o que há, ou seja, "um beirão honesto".
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11 comentários:
http://www.perezreverte.com/articulo/patentes-corso/695/sientate-aqui-chaval/
"Ya no hay gente así en las redacciones. Ni corrector de estilo, ni viejos maestros con la clave del gran periodismo en los ojos cansados. Ni siquiera quedan apenas redacciones. Los tiempos cambiaron mucho las cosas, los periódicos de papel mueren despacio, las ediciones digitales sustituyen a los grandes rotativos que antes se apilaban en los quioscos -edición especial: Franco ha muerto-, y los propietarios de medios informativos, prensa, radio y televisión, hace tiempo jubilaron a esa clase de gente. Nadie quiere correctores de un estilo que no importa un carajo, y que además se consigue gratis, aunque de manera torpe e imperfecta, con los correctores informáticos. Tampoco hacen falta, ni conviene tenerlos cerca, molestos veteranos que abran los ojos a la carne de cañón barata que ahora exigen las empresas: jóvenes becarios mal pagados, pendientes de una pantalla de ordenador, nutridos con notas de prensa y mediante Internet, que ni siquiera duran allí lo suficiente para enseñar al joven que los sustituirá en el periodismo superficial e irresponsable, al que nuestro tiempo nos condena. Sin nadie que el primer día de trabajo, al señalar una mesa cercana y decir «siéntate aquí, chaval» le abra generoso, desinteresado, las puertas del que en otro tiempo fue el oficio más hermoso del mundo."
O fim de uma era no jornalismo?
Tudo tem um tempo e esse, nostálgico, que Perez Reverte conta, já se foi.
O jornalismo tipo Assis Pacheco já nem terá cultores em Portugal porque sobram Pedros Tadeu, formados no caldeirão das "notícias a que temos direito".
Melhor, da "verdade a que temos direito".
O «Douro a martelo» e o «CPP a martelo» vão passar constar da lista das maravilhas de Portugal.
(No sufrágio por via telefónica o IVA acrescido no custo da chamada está conforme à taxa actual...)
alqueva
painéis do pego
aventais
agora 'esta .....'
é difícil sobreviver
Pois eu assim não penso, o currículo internacional dele nada vale, nunca lhe topei substância de verdadeiro jurista, sabe e bem as rotinas da casa - tantas delas más práticas e, mais hoje, quantas vezes criminosas -. A sua actuação no TEDH. saldou-se num desastre e as suas colectâneas em obras de papeleiro, nem mesmo paliadas pelo seu quase sempre co-autor valem coisa alguma. Como aliás se vê, nem sequer honesto será, sempre e apenas o conheci - aliás também pessoal/privadamente e, por este lado, ainda muito pior - um habilidoso, um falso!
José , está a ver a Zita Seabra na SIC ?
Pois eu assim penso, o currículo internacional dele nada vale, nunca lhe topei substância de verdadeiro jurista, sabe e bem as rotinas da casa - tantas delas más práticas e, mais hoje, quantas vezes criminosas -. A sua actuação no TEDH. saldou-se num desastre e as suas colectâneas em obras de papeleiro, nem mesmo paliadas pelo seu quase sempre co-autor valem coisa alguma. Como aliás se vê, nem sequer honesto será, sempre e apenas o conheci - aliás também pessoal/privadamente e, por este lado, ainda muito pior - um habilidoso, um falso, verdadeiramente indigno!
Também acho: o currículo internacional dele nada vale, nunca lhe topei substância de verdadeiro jurista, sabe e bem as rotinas da casa — tantas delas más práticas e, mais hoje, quantas vezes criminosas —; a sua actuação no TEDH. saldou-se num desastre e as suas colectâneas em obras de papeleiro, nem mesmo paliadas pelo seu quase sempre co-autor valem coisa alguma; como aliás se vê, nem sequer honesto será, sempre e apenas o conheci — aliás também pessoal/privadamente (bem como àquele seu parceiro) e, por este lado, ainda muito pior — um habilidoso, um embusteiro, um falso, verdadeiramente indigno, não vale a ponta de um corno!
José, bem visto. Na altura das escutas do Lima, o PT e o outro comunazito foram promovidos passados uns meses. Coincidências.
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