sexta-feira, julho 18, 2014

O senhor, Machete, diz que lhe queriam tirar o escalpe político...

 Da revista Tabu do Sol de hoje:




Este senhor, Machete, é um digno representante de três bancarrotas que nos aconteceram. Por aqui, neste blog, tenho tentado mostrar que a sua contribuição para tal façanha, digna dos anais europeus, não foi de somenos.
Acresce naturalmente que este senhor, Machete,  não se dá por achado nessa epopeia. Julga-se antes um bravo contribuinte para o bem comum colectivo deste país rectangular e até que o país lhe deve muito. Este senhor, Machete,  foi colega de curso de Isabel do Carmo e a mesma continua a ser muito sua amiga. Este senhor, Machete, foi o mesmo que em 1975 estava preparado para tudo, mesmo para o socialismo comunista que pressentiu aproximar-se...como o mostra esta edição do Expresso de 8 de Fevereiro de 1975, em pleno PREC.


Dez anos depois, juntamente com Mário Soares, foi um dos que assinou o tratado de adesão de Portugal à CEE, no ambiente renascentista dos Jerónimos...


Como já escrevi, este senhor, Machete,  foi professor ( até no ISCTE), deputado, dirigente partidário, ministro e administrador de empresas públicas, como é de bom tom em indivíduos deste género. Ah! E é advogado também. Onde? Na PLMJ, onde havia de ser?
 Foi responsável pelo Conselho Geral da SLN que mandava  no BPN e certamente nada do que aconteceu com este banco lhe poderia ter escapado,mas parece que escapou tudo, tudinho...e nunca conseguiu esclarecer isto que parece tão simples de entender. Machete passou pelo BPN como quem passa entre os pingos da chuva, sem se molhar. Grande impermeável devia ter...
Machete foi presidente de uma fundação Luso-Americana e quando a deixou, indicou como sucessora, uma certa Maria de Lurdes Rodrigues, companheira de um certo Pena, do ISCTE.
Machete foi depois indicado para a CGD, para uma espécie de cargo remunerado na mesa da Assembleia Geral a que só certas figuras de estadão tem acesso.Como por exemplo, Manuel Lopes Porto, outro notável do PSD de Coimbra que ensina Direito.
Não obstante tudo isto, o pequeno génio da nossa política da Sombra ainda foi recentemente designado para outro cargo: árbitro em conflito entre o Estado e a PT.

Portanto, hoje na revista do Sol vitimiza-se mais uma vez: quiserem tirar-lhe o escalpe político.  Já o tinha feito em Outubro de 2013...

Enfim, enquanto estes personagens continuarem a mandar no país, directa ou indirectamente, teremos sempre o espectro de nova bancarrota em perspectiva. Já lá vão três...

 Como apontamento lateral, uma vez que apelida de ignorantes aqueles que disseram a seu respeito que se imiscuiu em poderes que não são os que lhe competem, Machete faz como os chicos-espertos costumam fazer. Uma vez que alguém terá falado impropriamente em "poder judicial" para mostrar a a gravidade das suas afirmações que lhe poderiam ter tirado o escalpe político, ( sibi imputet, in totum), diz agora que tal revela ignorância porque o MºPº "não pertence ao poder judicial".
Mas pertence o JIC que intervêm nos inquéritos do MºPº e por outro lado o MºPº é autónomo do poder executivo, pelo que a chico-espertice é mesmo isso.

Porque é que só os Granadeiros voltam à sua condição modesta, de antanho, sem o poder delegado pelos poderes fácticos e estes Machetes são sempre inoxidáveis e peduráveis? Que mistério é este?

Questuber! Mais um escândalo!