L´Obs de hoje:
A intelectualidade francesa de esquerda, viveiro permanente das ideias dos nossos eduardoslourenços, quer "mudar tudo" depois da vitória eleitoral da FN.
Um dos motivos apontados para o "choque" é um facto simples: a endogamia mortífera da classe política. Os eleitos partilham entre si os mandatos durante demasiados anos. Não há renovação da classe política e os eleitores desinteressam-se de votar. Só um terço vota.
O director da revista elenca depois outra razão: o pragmatismo político que seca as ideias. A primeira das razões tinha já apontado: os partidos políticos que actuam apenas como máquinas para conquistar o poder e nada mais, nem sequer a exercê-lo.
É por isso que querem reinventar tudo: a esquerda, a politica e a República.
Se calhar já vão tarde...
Mas...e por cá com é que estes fenómenos se pensam? Huummm...noutro semanario francês desta semana, o Le Un, numa entrevista com Jean-paul Delevoye, político respeitado, este diz em resposta à pergunta sobre o que falta ao sistema deles que " as pessoas já não querem obedecer mas aderir. Aspiro a um choque cultural no nosso país. Estamos em reacção, não em visão. Ora sem visão não há projecto nem mobilização.
Pierre Rosanvallon analisa claramente: as nossas instituições visíveis, as noções de confiança, de crédito, de ética, estão descredibilizadas. Quando perguntaram a Confúcio o que seria a força de um Estado, o mesmo respondia deste modo triplo: "os víveres para alimentar o povo, as armas para o defender e por fim a confiança do povo nas elites". Sendo a arma mais forte essa confiança nas eleites. Quando as pessoas deixam de conceder crédito às elites, tudo se torna possível"
Até ter um governo como o que existe actualmente, em Portugal, com certo núcleo duro que o compõe...
3 comentários:
'quel bordel!'
'guarda che casino'
'grande casa de putas!'
as elites nem isto merecem-
puta que as pariu!
o 'estado a que isto chegou!'
Ainda bem que a canalha da elite está em pânico. Sofri na pele a ditadura intelectual marxista quando andava na Universidade. Agora está na hora de provarem um pouco do próprio veneno...
Isso do mudar tudo, por cá, só se for para ficar tudo na mesma… Os comunas, por toda a Europa mudaram ou disfarçaram-se, engoliram um sapo ou outro e basicamente desapareceram… Cá? Até se diz que mandam no Costa. O segundo figurão do estado é um extrema esquerda metido em coisas inenarráveis… O 44, a verdadeira esquerda, é o que se vê… Até o senhor da Marmeleira, quanto tocou a criticar anda para aí a bater no peito indignado com tanta direita, enquanto vai escrevendo livros sobre o santo comunista… De facto isto vai mudar muito… -- JRF
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