sábado, fevereiro 20, 2010

Um partido acossado

Da TSF de Baldaia:

O presidente do PS [Almeida Santos] considerou, este sábado, existir uma «estratégia» contra o primeiro-ministro e que José Sócrates está a ser alvo da quarta acusação grave «sem provas».

Todo o partido se encontra reunido a toque de caixa, em consternação pela gravidade do momento. Tal como o inoxidável refere, esta é a "quarta tentativa" para decapitar o alfobre de benesses para apaniguados.

Almeida Santos lembrou que «vamos na quarta acusação grave» e perguntou se já alguma coisa tinha sido entretanto provada.

«A primeira falhou, a segunda falhou, a terceira falhou e a quarta também vai falhar», concluiu Almeida Santos à entrada da reunião do órgão máximo do partido entre congressos que se realiza no Hotel Altis.

Não obstante a contra-ofensiva contra mais esta cabala, parece que pouco haverá a fazer.

Hoje, até o director do 24 Horas, já percebeu tudo e com a clareza dos simples. Numa espécie de pequeno editorial, não tem dúvidas:

"Mas eu não preciso de nenhum contexto para interpretar o seguinte: " O meu chefe vai para Milão segunda-feira encontrar-se com o Figo para uma coisa um bocado pornográfica. Conseguiu que o Figo apoiasse o Sócrates". Em que contexto possível é que esta frase pode significar outra coisa que não " a PT negociou com o Figo para ele apoiar o Primeiro-Ministro?", pergunta Ricardo Martins Pereira, referindo-se a uma conversa gravada entre Paulo Penedos e Marcos Perestrello. Ao saber do montante da "transacção", o Perestrello ainda balbuciou uma coisa pornográfica sobre os desempregados. E fica onde está, sem lhe acontecer nada. Aliás, o que iria fazer se saísse de onde está? Pedir estágio para a advocacia?

Se este entendimento chão já chegou ao 24 Horas, escusa o inoxidável de puxar o lustro à cabala. Já não pega.

Entretanto, o arguido A. Vara, no Parlamento, apesar do estatuto que lhe proíbe falar sobre o processo, garantiu que "nunca falou da TVI a José S."

E a gente acredita tão piamente como na restante palavra de um arguido que se embrulha em explicações de rua.

O que quilha mesmo tudo são estas malditas escutas que o PGR não quis valorizar penalmente, mas são interessantes. Por exemplo esta, relatada no 24 Horas de hoje e de uma conversa a 27 Maio 2009 entre Paulo Penedos e Americo Thomati ( da Tagus Park): "O Zeinal já arranjou maneira de, não dizendo não ao Sócrates, fazer a operação de forma a que ele nunca apareça".

E isto diz tudo. Muito mais do que qualquer cabala. E ainda por cima, aparece o Costa Andrade a escrever que os jornalistas podem publicar livremente, porque por muito que os entalados gritem e rasguem as vestes pela defesa do segredo de justiça, o interesse público nestas revelações, retira-lhes a ilicitude e por isso deixa de subsistir o derradeiro argumento a que se agarram como lapas: não é crime publicar isto.

3 comentários:

lusitânea disse...

Os indianos são uma espécie de judeus mas muito mais organizados.Ao tempo que caiu a india portuguesa, com a colaboração das suas elites, mas eles por aí andam como nada se tivesse passado.Os monhés obedecem a alguém.Imaginem quem é quem no PS e também monhé...
Por isso os gajos nem querem ouvir falar de indigenato.È enxofre do diabo...nacionalistas perigosíssimos!

lusitânea disse...

Os traidores do politicamente correcto o que fizeram ao seu povo foi promovê-lo a escravo de toda a diferença...

joserui disse...

Aliás, o que iria fazer se saísse de onde está? Pedir estágio para a advocacia?
Hehe. Realmente se isto desse uma grande volta esses desindivíduos iam ter algumas dificuldades. Mas estou convencido que a) não vai dar volta nenhuma -- isto é um país de gatunos e trafulhas que convive bem com a gatunagem e a trafulhisse; b) ia ser difícil recuperar o apuro do roubo continuado a que o país tem sido sujeito por parte dessa cáfila. -- JRF

O Público activista e relapso