sexta-feira, julho 14, 2017

A ante-câmara da corrupção é a anomia



CM de hoje, em que se dá nota de um dos oblíquos ajudantes do governo Sócrates ter agora adoptado uma conduta socialmente adequada aos usos e costumes caseiros: troca de atenções entre amigos e conhecidos. 
O dito antigo ajudante, Carlos Costa Pina, na sua declinação inteira, agora administrador da Galp-Energia, tem este currículo:

 Anteriormente, exerceu funções em empresas de Tecnologia, Media e Telecomunicações, imobiliário e serviços do grupo Ongoing (Portugal e Brasil). Foi secretário de Estado do Tesouro e Finanças do XVII e XVIII Governos Constitucionais portugueses (2005-2011), tendo assumido por inerência funções em diversas instituições financeiras internacionais. Foi ainda administrador da CMVM (2000-2005), membro do Conselho Consultivo do Instituto de Seguros de Portugal (2001-2005) e advogado com prática legal designadamente na área de exploração e produção de petróleo (1994-1998). Exerceu ainda funções docentes na Faculdade de Direito de Lisboa, onde prepara o seu doutoramento.
Autor de diversos trabalhos publicados, Carlos Costa Pina é licenciado em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Empresariais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Cargos ocupados a 31.12.2016Presidente do Conselho Científico e Tecnológico do ISPG – Instituto de Petróleo e Gás, Associação para a Investigação e Formação Avançada Vice-presidente da Direção do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Vogal da Direção da AIPQR – Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e Refinação Membro do Conselho de Administração da Fundação Portugal – África Membro do Conselho Geral do IPCG – Instituto Português de Corporate Governance Membro do Conselho Geral do EGP Porto Business School Administrador do EPRA – European Petroleum Industry Association (FuelsEurope e Concawe) Membro do Conselho de Fundadores da Fundação de Casa da Música Presidente da mesa da Assembleia Geral da APEEN – Associação Portuguesa para a Economia da Energia Membro do Conselho Fiscal do IDEFF – Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal Presidente do Conselho de Revisor de Contas da Fundação Res Publica Membro do Conselho Consultivo da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações.

Será a estes lugares aprazíveis que o Rocha aspira? Tirocínio já tem algum.  Neste contexto, continua a manifestar que "não fiz nada de ilícito", o que se compreende como exemplo claro de anomia pessoal.






14 comentários:

Floribundus disse...

Insurgente

«Em Maio, o BCE alertou Portugal que a economia nacional não vai crescer o suficiente para baixar a dívida. Há uns anos, o país precisava ter taxas de crescimento económico de 3% para compensar os défices de 3% do PIB, o máximo que a UE permitia aos nossos governantes, de forma a que estes não pusessem em causa o emprego e a estabilidade que o euro garantia. Agora, já nem isso chega. Na verdade, as taxas de juro da dívida são de tal forma elevadas que só com níveis de crescimento económico muito superiores aos alcançados nas últimas décadas é possível baixar essa mesma dívida. A situação é, pois, calamitosa.
A grande maioria olha para o parágrafo em cima e questiona-se: mas o país não está melhor? Não vemos todos os dias novos negócios a surgir e o Estado até não saiu do Procedimento por Défice Excessivo? Infelizmente, isso é tudo verdade ao mesmo tempo que é tudo mentira. Fruto da realidade incerta que o Governo fomenta, o país revive a conhecida experiência de crescer à custa de dívida. Quando a dívida pública subiu, entre Março e Abril de 2017, 3,9 mil milhões de euros contra os 5,3 mil milhões em todo o ano 2015, podemos concluir que parece que estamos mais ricos, quando na realidade estamos muito mais pobres.
O Governo de Costa tem vivido dos resultados do governo anterior, mas também de uma folga na política monetária que o BCE e a FED tornaram possível enquanto a economia mundial não descolava. Mas até isso tem os dias contados. Não só as políticas do período da troika têm efeitos limitados no tempo como, tanto a FED como o BCE se preparam para subir as taxas de juros e reduzir os estímulos à economia. Quando isso suceder termina a folga que os bancos centrais permitiram para que os Estados se pudessem reformar, mas que Portugal usou para alimentar clientelas.
Há o sério risco de Portugal se tornar um Estado falhado dentro da Europa, apenas sobrevivendo porque a UE nos segura. Pedrógão, Tancos, as cativações orçamentais que põem em causa serviços públicos para que se conservem benesses dos que votam ordeiramente, são apenas um pequeno aviso do que aí vem. Tal só não acontecerá se o país mudar e mudar muito. Nesse sentido é muito importante que o PSD, ou outra formação política que surja em condições de implementar as reformas necessárias, apresente um programa de governo clarificador. Caso contrário, a letargia a que fomos conduzidos reduzirá Portugal a uma completa submissão em troco de um mínimo de paz social. É legítimo que o país o aceite, mas depois não será legítimo que se queixe. Tal como não será legítimo que nos espantemos com a forma como seremos julgados pela história.»

'paga e não bufes'

Unknown disse...

Não há bem que sempre dure nem mal que não acabe. Estes salvadores que nos pastoreiam, como diz VPV, vão ter um lindo fim. O povo há-de acordar.

Ricciardi disse...

Não é ilícito, claramente.
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No meu tempo de bancário (ha 20 anos ou mais) recebia em minha casa, por alturas do natal, centenas de prendas de clientes. Um bacalhau, alguns perus, vinhos, etc. Todos os bancários com uma certa posição recebiam coisas semelhantes. As prendas não eram entregues no banco. Eram entregues em casa. Até tinha uma quarto só para guardar as prendas de natal.
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Isso significa que me queriam corrumper?

Claro que não. É um simples uso e costume que ainda hoje vigora.
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Por exemplo os professores primarios recebem prendas de todos os pais dos alunos. É assim hoje como era no tempo do estado novo. Sem tirar nem pôr.Naquele tempo era obrigação fazê-lo, hoje é mais por consideração.
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Onde vexas vêm crimes de lesa pátria eu vejo cenas perfeitamente naturais.
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Ir a um jogo da seleção a convite do patrocinador da mesma é evidentemente uso e um costume que se deve manter.
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Rb

joserui disse...

Centenas! Um quarto só para prendas! Grande bancário! Se calhar era médico ao balcão e julgava que era bancário. Já o outro grande bancário tinha um quarto refrigerado só para os robalos.
Naquele tempo era obrigação, hoje é por consideração… o meu lema é: hoje, antes uma prenda dos pais que um estalo no focinho.

Anjo disse...

Um quarto só para prendas. Ainda não parei de rir...

Unknown disse...

Nessa ilustre casta de socialistas é sempre habitual existir um quarto, um apartamento em Paris ou umas contas na Suíça para acolher esses presentes que nada mais são do que meras gratificações...
O

Floribundus disse...

El País

«Altice quiere con Media Capital ser alternativa a Facebook y Google en contenidos digitales

JAVIER MARTÍN Lisboa»


o rectângulo
« jaz morto e apodrece «

zazie disse...

AAAHAHAHHA E aposto que mergulhava no quarto só para prendas, julgando-se o Tio Patinhas no cofre-forte

":O)))))))))))

Este palerma é uma anedota.

André Miguel disse...

Pelo que nos conta V. Exa. é simplesmente corrupto. E aprendeu muito bem todos os truques de semântica quando andou por Angola.

Unknown disse...

http://www.tsf.pt/politica/interior/amp/galpgate-e-um-misterio-da-justica-para-ferro-rodrigues-8638496.html

Um artista português,
Que lava os dentes de mês a mês

Miguel D

Apache disse...

“Por exemplo os professores primários recebem prendas de todos os pais dos alunos.” [Ricciardi]

Não sou professor do 1º Ciclo, mas nunca recebi qualquer prenda de Encarregados de Educação, nem conheço nenhum professor do 1º Ciclo (ou de qualquer outro ciclo de ensino), a trabalhar em escolas públicas, que receba prendas dos pais dos alunos.

joserui disse...

Meu Deus, um professor! Ah grande 25A que tão encantadoras criaturas produziste! Da forma que puxa os galões deve ser quase um professor de química… ou então limpa a sala de química.

Manuel disse...

pela conversa o ricciardi e o lidio avençado são uma e a mesma pessoa. o modo pedante e a mania das grandezas andam sempre a pairar.

João disse...

Pois eu quando acabei a primária em 74, fui entregar uma oferta à professora. A minha mãe fez questão. Em momento algum fui beneficiado antes e não o tornei a ser depois.

Tenho a percepção de que era mesmo prática na altura. Em parte por subserviência, em parte por respeito pelo professor , em parte por consideração por ter sido ensinado.

Era uma forma de reconhecer a competência da pessoa. Que o professor não estava a fazer mais que o seu papel, é verdade, no entanto estou convencido que as pessoas se sentiam na obrigação de agradecer quando eram bem tratadas

O mesmo sucedia com os médicos de família.

Imagino como seriam mal tratadas as pessoas nesse tempo para sentirem esta obrigação.

O Público activista e relapso