Em primeiro lugar o juiz Moro era um herói. Quando era juiz e um verdadeiro independente "implicando a proibição de participarem em governos, em cargos políticos, e olha, também em cargos de futebol".
Um juiz admirável, assim bacteriologicamente puro e a viver num olimpo desgarrado da sociedade. Um magistrado assim não teria cônjuge ligado a poderes espúrios, não atenderia telefonemas em horas de aperto, para se dar uma "palavrinha", nem cultivaria amizades com réus de corrupção desmoralizada ou comprometidos em porcarias de pedofilia. É assim mesmo, infelizmente. Enfim, um juiz com a pureza de um cátaro. E o juiz Moro, nessa fantasia era assim. Mas...na semana passada desmoronou-se o edifício fantástico. Moro, em Madrid disse que foi para o governo de Bolsonaro fazer o que como juiz não poderia fazer e que não vislumbrava traços de autoritarismo no "fascista" ( nem tenho qualquer dúvida que é assim que pensa esta santinha sobre a figura do presidente do Brasil).
Caiu por isso do pedestal e agora jaz nessa imagem aniquilada junto de outros mitos como o antigo juiz italiano Antonio di Pietro, coitado, que caiu na mesma tentação: "como se fosse possível ser livre, ser independente, conseguir resultados no combate à corrupção passando para a função política, como se fosse possível defender um poder judicial forte com um juiz como tu. nesse lugar".
A esta santinha ( quem acredita assim em ingenuidades deste calibre, não tem pecados) só tenho que pedir uma coisa:
Que faça um exame de consciência e explique uma vez por todas por que razão o antigo PGR Pinto Monteiro não foi ouvido no inquérito que esteve no DIAP que então dirigia, sobre a violação de segredo de justiça que ocorreu no dia 24 ou 25 de Junho de 2009, no processo Face Oculta.
Depois disso, estou disposto a conceder algum crédito ao que escreve.
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