sexta-feira, março 27, 2020

Mata-bicho 8: os testes do algodão para tolos

Público de hoje:


Ontem, o director do Instituto Ricardo Jorge explicava um pouco mais que esta entrevista no Público, sobre os testes "rápidos":


Fernando Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), explica que os testes rápidos ao coronavírus ainda não têm luz verde para ser utilizados em Portugal por serem incapazes de detetar o vírus em fases iniciais de contágio.

"Tem havido tentação de se avançar para testes rápidos. O Instituto Ricardo Jorge tem sido ponderado e aconselhado o Ministério da Saúde e DGS a usar os testes clássicos, em que identificamos claramente o gene e o vírus. Há outros três tipos de teste que nenhum teve o parecer positivo do INSA nem do Infarmed", começa por dizer o presidente do INSA, hoje presenta na conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus

A incapacidade de detetar o vírus nos primeiros dias após contágio é o motivo para a não utilização dos testes.

"Temos de ser muito criteriosos na utilização destes testes porque só detetam os anticorpos entre sete a dez dias depois da infeção. Podem ser válidos para uma fase subsequente, que não vai demorar muito a chegar, para perceber o nível de imunidade da população portuguesa", explica.

Fernando Almeida diz que Portugal precisa de testes que sejam claros na deteção do vírus para se evitar falsos negativos. "Precisamos que os testes que digam negativo sejam mesmo negativos"
.
Quem ler a entrevista no Público ao especialista Vasco Barreto, se não perceber nada da matéria, fica em branco e desinformado. É este o jornalismo do Público: apanha um especialista, coloca-lhe algumas perguntas sobre um assunto de que o jornalista não percebe patavina e sai um pastelão jornalístico.

Ou uma figura destas, a de um Difool...personagem mítico da banda desenhada de ficção científica que começou a publicar-se em Dezembro de 1980, no nº 58 da revista Métal Hurlant, francesa, numa historieta que se encontra entre as melhores que jamais li no género.

A história desta revista merece ser contada e fica para um dia destes. Por agora o Difool e as suas desventuras com os filisteus. No caso do entrevistado que sabe muito bem quem era o Difool, os perpetradores de desgraça são os jornalistas, mas o destino é o mesmo: o abismo da incompreensão e desinformação.


E já agora, para se ver a continuação e o método de salvamento in extremis deste Difool: entidade externa, com a polícia de costumes sempre à coca...


Como isto é mais ou menos uma private joke, sem joker, aqui fica o apontamento de Miguel Esteves Cardoso no Público de hoje, sobre os "Cientistas"...e que fala nas perplexidades que a mim também me impressionam:


Sem comentários:

O Público activista e relapso