quinta-feira, junho 23, 2022

O Clube de Roma e a prognose póstuma do ambientalismo

 Esta edição do Diário de Lisboa de 8 de Outubro de 1972 trazia um artigo de fundo sobre um anunciado apocalipse para o ano 2000, baseado num estudo do Clube de Roma




Foi esse o primeiro estudo publicado pelo Clube de Roma, uma ideia do italiano Aurelio Peccei, um industrial da Fiat e da Olivetti. 

A intenção do fundador era o estudo, através de métodos científicos, do ecosistema que se chama Terra e a criação de um modelo aplicável e passível de análise científica. 

Reuniu alguns especialistas da época, americanos, ingleses, franceses,  japoneses e outros, que em 1972 apresentaram esse primeiro estudo em que anunciavam para o ano 2000 o apocalipse e que chamaram Limites do Crescimento. 

Em 1974 surgiu o segundo estudo, a que chamaram Estratégia para o amanhã. Em Dezembro desse ano a revista francesa L´Express publicou um artigo extenso sobre o assunto, com entrevistas a responsáveis pelo mesmo. 

O número era imperdível porque trazia, além disso, um desenho de Folon que já conhecia da revista Pilote, da banda desenhada. 














Foi esta a primeira vez que estes problemas se colocaram, para mim. Se o primeiro artigo do jornal Diário de Lisboa aparecia como sensacionalista, a reportagem da L´Express tinha outro peso e revelava  de modo mais consistente a natureza dos temas ecológicos fundamentais. 
50 anos depois as profecias apocalípticas não se concretizaram mas em prognose póstuma há quem garanta que é apenas uma questão de tempo...
Lembrei-me disto hoje porque é véspera de S. João e conheço o velho ditado que assegurava aos cépticos que "ande o Verão por onde andar, ao S. João cá vem parar". 
Pode vir, mas não será no S. João...

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