quinta-feira, agosto 31, 2023

O pai do Louçã mandou disparar sobre o 25 de Abril...

 Este título corresponde a uma verdade que me parece já oficial, há vários anos, apesar do estado de negação mantido pelo actual conselheiro de Estado, Francisco Louçã, filho do Comandante da fragata que no dia 25 de Abril fez as tristes figuras militares segundo a lógica dos heróis da Revolução e que deslustram o currículo antifassista de um extremista da esquerda radical trotskista e família. 


Apesar de tal verdade ter sido proclamada em 2014, cinco anos depois, a mãe do dito, Noémia, voltou à carga para reafirmar o contrário da verdade testemunhada pelos oficiais presentes nesse dia na fragata comandada por aquele militar Louçã. 


Um drama, de facto, uma nódoa num currículo familiar que hoje é avivada por um testemunho de mais um dos oficiais que estiveram presentes e desmentem a versão apócrifa do triste conselheiro de Estado que se envergonha do feito do pai e procura negar o que se apresenta como a verdade mais clara.  










Esta história revela mais sobre Francisco Louçã do que muitas palestras do dito...e pode ser que um polígrafo qualquer pegue no assunto e lhe pergunte oportunamente aquando de uma das suas frequentes visitas a um canal de televisão, o que tem a dizer sobre o assunto. Claramente e sem tergiversações.

Actualmente quem procurar informação que o mesmo tenha produzido, mormente na RTP,  sobre o assunto depara com isto:





Proibido! Censurado, pois.


quarta-feira, agosto 30, 2023

O juiz Carlos Alexandre à mercê dos xuxas

 CM de hoje:

O último processo crime que o juiz Carlos Alexandre tem para despachar em decisão instrutória, antes de subir à Relação é um processo complexo de tráfico de droga internacional, com muitos milhões envolvidos e advogados de alto coturno a rondar a presa. 

Os suspeitos e arguidos são notoriamente perigosos, vindos alguns da América do Sul onde se mata e encomendam homicídios por dá cá aquele pacote de droga, cocaína, no caso e que gera muitos milhões, branqueados depois pelos que rondam as presas, com álibis profissionais. 

Um juiz que decide encarregar-se deste processo quando poderia facilmente descartar-se do mesmo, agora que está de saída do sítio onde incomodou muitos poderes de facto e foi alvo de perseguições pessoais, pelos branqueadores de sempre,  merece encómio e louvor, além de tudo o mais. 

Por isso é que o editorialista Eduardo Dâmaso escreve assim:


Os poderes de facto da burocracia vigente nas secretarias do Ministério da Justiça e direcções-gerais inerentes já decidiram que o juiz é descartável e não tem direito a qualquer protecção pessoal ou sequer atenção da segurança do Estado reservada para os "altos cargos" que a mesma burocracia regulamentou.

Um juiz que trabalha em primeira instância em casos criminais que podem suscitar represálias e lidam com criminosos de gabarito internacional que podem mandar matar sem serem detectados, não tem direito a protecção do Estado porque as burocratas dirigentes das secretarias-gerais assim o decidem, interpretando as leis e regulamentos que permitem a outros, como os juizes presidentes dos conselhos e de tribunais superiores, usufruírem das prerrogativas que àquele são negadas.   

É este um Estado da Nação que temos. 

Porém, do mesmo modo que as leis se interpretam nas secretarias burocráticas do modo que se pode ver, também servirão para responsabilizar civil e criminalmente tais pessoas concretas, das secretarias e direcções gerais concretas que assim decidiram no caso de algo correr mal a tal juiz. 

Portugal é um país de brandos costumes até um dia ou numa ocasião deixar de o ser, como por vezes acontece. 

Se algo suceder ao juiz em causa por causa destas burocracias maliciosas e perniciosas, obviamente decididas com dolo eventual, pode suceder que tais pessoas concretas que decidem estas coisas contra um juiz que já fez mais na vida que qualquer uma delas alguma vez fará, aprendam que podem sair do anonimato e responder por estas acções verdadeiramente encobertas pelo anonimato da burocracia. 

Bem andaria do CM em descobrir os nomes destas pessoas concretas e chapá-los na primeira página para proveito e exemplo.

terça-feira, agosto 29, 2023

Veja as diferenças...

 No outro dia coloquei aqui uma imagem de um beijo na via pública que terá originado uma "detenção" do elemento beijoqueiro masculino, por razões obscuras, ligadas a uma suposta "ofensa à moral pública", atribuídas ao regime de Salazar, em 1969. Aliás numa altura em que Salazar já nem governava. 

A intenção da serôdia indignação manifestada em "redes sociais" por um tal Zé Zé Camarinha, tem obviamente que ver com a natureza perversa do regime de então que alegadamente prendia pessoas por se beijarem na via pública...


  Há dias, aconteceu isto também em lugar público, em Espanha:


As reacções não se fizeram esperar, por causa da moral pública vigente e o autor da façanha, dirigente desportivo espanhol já tem um veredicto bem claro:



Não foi detido. Foi já irradiado da instituição que dirigia, ficando sem ordenado, carro, computador, telemóvel, etc. "perdeu benesses", diz a notícia...

Agora é comparar e atender às diferenças no tratamento, mormente a propósito de quem julgou, decidiu e sentenciou o dirigente desportivo espanhol que deu um beijo mais repenicado, numa atleta por ocasião da entrega de um troféu desportivo. 

Os comentários a propósito do assunto também ajudam muito a ver as diferenças. Dizem que o beijo não foi consentido, apesar de tal ainda nem ser claro; dizem depois que a razão da punição social reside no "abuso de poder". Machista, por supuesto...e já apelam a uma jihad contra tais "abusos", exigindo que os futebolistas masculinos se pronunciem...porque os políticos e dirigentes já o fizeram:




Até agora apareceu um futebolista a dizer isto, fabuloso, no mínimo:


Isto está assim, em Espanha...e em Portugal já há um Poiares que apoia estas coisas, assim, no Expresso:





Entretanto este video merecia um comentário do Poiares, pois claro:




A hipocrisia do radicalismo feminista e do wokismo ambiental não tem limites. E a vergonha que é temos um Poiares a apoiar estas coisas é digno de registo também. 
Tem um lugar universitário que carece destas posições, é isso não é?! Esqueçam este indivíduo. É mais um nocivo. 

segunda-feira, agosto 28, 2023

Salazar continua a dar que falar...e a ajudar quem precisa.

 A revista Sábado,  no último número, tem esta capa, com uma foto em que aparece Salazar acompanhado do "senhor dos diamantes de Angola", um anódino assim dado a conhecer:


A história é sobre a empresa Diamang, que durante décadas e até à descolonização de 1975, dominou o negócio dos diamantes angolanos. 
O tal "senhor dos diamantes"  foi administrador da empresa muito antes de Salazar chegar ao poder e até foi governante antes disso. A partir de 1919 e até à sua morte em 1967 foi o "senhor" da empresa. 
Como é que Salazar aparece neste artigo da revista? Mal visto, como é costume, porque até o "senhor dos diamantes" o criticava, considerando-o um "pacóvio". 
No artigo, no entanto, mostra-se que Salazar não era assim tão pacóvio ao não atender as diversas preces de intervenção favorável, vindas do "senhor dos diamantes". 
Enfim, um artigo em que Salazar aparece quase como pretexto para publicitar a história da empresa do "senhor dos diamantes", cuja vida acabou sem dinheiro no banco e apenas uma grande colecção de antiguidades, aliás vendidas pelos herdeiros. 


 







 


Enfim, uma história em que o contexto não justifica o texto e a foto da capa. Melhor seria contar o que se passou a seguir a 1975, com a Diamang e a descolonização, nomeadamente para se conhecer quem passou a ser o novo "senhor dos diamantes de Angola" e o que deixou para os seus...

A propósito de Salazar como pretexto para ajudar quem precisa, também um famigerado Zé Zé Camarinha, alvo de gozo colectivo e mediático devido a supostas proezas conquistadeiras nas praias algarvias, aparece a dar um ar de sua graça, aqui e assim:


Ou muito me engano ou este Camarinha, émulo e eventual precursor de outro conquistador das dúzias, no caso corações solitários de solteironas em carência, chamado "capitão Roby", já desaparecido, anda a falsificar a história. 
A foto é mesmo de 1969, com aqueles modelos de carros, roupa e cabelo?!

A Igreja Católica entre o progressismo e o tradicionalismo

A recente Jornada Mundial da Juventude, em Portugal, com a presença do Papa Francisco, suscitou diversas reacções com particular destaque para os que não apreciam a actual conduta do Supremo Pontífice na condução dos destinos da Igreja Católica, mais aproximadas ao que dantes se chamava "progressismo" do que à tradição antiga de uma Igreja com dois mil anos. 

Tais reacções, aliás muito esbatidas nos media, a não ser para as vituperar como de extrema-direita e similares classificações depreciativas, porque nos media só a extrema-esquerda adquire estatuto de dignidade extremista, podem compreender-se melhor se formos aos anos sessenta e apresentarmos as ideias que então se produziam sobre o mesmo fenómeno.

Em 1965, uma revista publicada pelo Centro de Estudos político-sociais da União Nacional ( C.P.E.S.) dedicou todo um número ao assunto do "progressismo", numa altura em que o Concílio Vaticano II se desenvolvia, prestes a terminar, num sentido mais favorável a uma normalização de tal "progressismo" do que o seu contrário. 

A explicação de tal fenómeno pode encontrar-se num artigo de tal revista, da autoria de Jacques Ploncard D´Assac, qualificado na Wiki como "católico reaccionário", "antissemita", "colaboracionista" e toda a parefernália de adjectivos associados à extrema-direita. J.P. D´Assac exilou-se em Portugal, após o fim da II Guerra Mundial, escreveu uma biografia de Salazar e regressou ao seu país natal, França, logo depois do 25 de Abril de 1974. 

Não obstante, o que escreve em tal artigo revela-se muito interessante, à parte os preconceitos que se podem abater sobre o mesmo, por causa do seu percurso político-ideológico.

A explicação clara do modo como se refere ao método de propaganda é notável: " Produziu-se então uma verdadeira escamoteação de autoridade" pois apenas sob este ângulo de eficácia, a fonte autêntica de autoridade  conta menos (psicologicamente) do que o domínio dos meios de difusão, sem os quais essa autoridade não pode ser bem ouvida senão por alguns fiéis, o que é insuficiente". 

Esta observação insere-se ainda na consideração de que o sistema democrático não têm virtualidades para se orientar sempre pela verdade, pois a liberdade que proclama é apenas formal e sujeita a uma "multidão de interesses organizados que pesam nas suas decisões, o invadem e açambarcam, entravando assim a sua liberdade." que se interpõem entre o Estado demissionário e os cidadãos que se desinteressam do processo democrático e da marcha das instituições, uma vez que a liberdade conferida pelo voto não assegura os direitos que o mesmo cidadão reivindica no terreno económico e social. 

Isto é a meu ver, inteiramente actual como consideração de carácter político e fonte das actuais dificuldades das democracias ocidentais em lidar com diversos problemas, como por exemplo o wokismo e particularmente o que se passa em França, com a imigração como fonte de graves problemas sociais.

Logo não é um problema que se deva relegar para a franja desprezível da "extrema-direita" mas sim uma questão que deve ser enfrentada directamente por quem deve pensar estas coisas, em todos os quadrantes. 

E em Portugal não há muita gente que o faça e muito menos deste modo:




















ACTUALIZAÇÃO:

Observador, sobre o pensamento actual do Papa Francisco, a propósito do "progressismo":






Portanto, "todo o mundo é composto de mudança" e a Igreja Católica deve acompanhar as modas...desde que sigam estes critérios de Vicente de Lérins no séc. V:

 "a doutrina evolui ut annis consolidetur, dilatetur tempore, sublimetur aetate“, acrescentou, referindo-se a uma expressão que indica que a doutrina deve ser consolidada pelos anos, expandida pelo tempo e exaltada pela idade."

Estamos entendidos sobre o pensamento progressista do actual Papa: mudanças de acordo com os anos de consolidação, seja lá isso o que for de mensurável; a expansão doutrinária operada pelo tempo, seja lá isso como for, avaliada não se sabe por quem e com uma apreciação definida pela maturação indefinida. 
Por muito menos houve um cisma...

O Público activista e relapso