"Encontrei o absoluto. É o marxismo-leninismo."- Pedro Baptista, natural do Porto ( Foz), antigo maoista, opositor do regime de Salazar/Caetano, actualmente socialista da social-democracia do PS e ex-deputado.
A frase, confessional, terá cerca de 40 anos e segundo a revista Pública de hoje, que retrata antigos maoistas, "pouco depois, Pedro Baptista fundou, no Porto, o jornal O Grito do Povo ( 1970), numa altura em que já um outro grupo de jovens tinha criado, em Paris, O Comunista ( 1968). A fusão dos dois, daria origem, em 1973, à União Comunista Marxista-Leninista Portuguesa, um dos principais grupos maoistas portugueses."
J.Pacheco Pereira deve saber desta História como poucos, mas não conta nada. A revista Pública de hoje, revisita alguns dos próceres dessa época e dessa utopia rovolucionária esquerdista, com inspiração na revolução chinesa: António Costa Pinto, o ubíquo palrador televisivo, apresentado como politólogo e que ostenta camisa Polo Ralph Lauren na foto, é um deles; Tino Flores o cantor de baladas de intervenção e fundador do "O Comunista", é outro; Saldanha Sanches, também. Este, cita na pequena reportagem, algo desconcertante, a propósito da importância "das massas".
"Nunca soubemos exactamente o que era isso das massas, mas enchíamos a boca com essa palavra".
As perplexidades que surgem, passados estes quase 40 anos de ideias feitas e desaparecidas, revolvidas e abandonadas, são várias:
Estes indivíduos, na altura em que defendiam estas ideias estrambólicas sobre revoluções sociais para substituir o salazarismo/caetanismo, eram de maior idade e eram indivíduos estudados e lidos.
A crer no que Saldanha Sanches diz agora, esses disparates eram fruto de adolescência retardada, portanto de uma infantilidade intelectual.
Abandonada esta, o que subsiste de solidez ideológica na mentalidade de antanho? Houve alguma mudança de estrutura mental ou de entendimento da sociedade que inexistia nesse tempo?
Permito-me duvidar. Por exemplo, o tal Pedro Baptista, agora, diz que "o PS é o que luta pelas pessoas". A mentalidade de 68 é a mesma; a linguagem idêntica e o modo de articular ideias, semelhante.
Então, se for assim, por que razão estes indivíduos continuam a ter uma importância na sociedade, desajustada e assimilada aos disparates de antanho e que perduram na mentalidade presente, porque originários de uma matriz que não desapareceu de todo?
Essa perplexidade não é abstrusa ou irrelevante. Estou convencido que esta esquerda que domina todo o panorama ideológico que nos orienta no imaginário colectivo actual, tem a matriz nesses erros e nessa mentalidade que não passa com a lixívia do tempo.
É por isso que eleitoralmente o povo escolhe como tem escolhido e é por isso que determinados assuntos da nossa sociedade são entendidos por estes arrependidos do marxismo-leninismo, de um modo particularmente condescendente, deletério e, no final de contas, relativista para além do que deveria ser tolerável.
Entre todos os males que nos afligem colectivamente, este é, sem dúvida um dos mais importantes: a importância e relevo que se continua a dar a estes comentadores da politologia ambiente.
A frase, confessional, terá cerca de 40 anos e segundo a revista Pública de hoje, que retrata antigos maoistas, "pouco depois, Pedro Baptista fundou, no Porto, o jornal O Grito do Povo ( 1970), numa altura em que já um outro grupo de jovens tinha criado, em Paris, O Comunista ( 1968). A fusão dos dois, daria origem, em 1973, à União Comunista Marxista-Leninista Portuguesa, um dos principais grupos maoistas portugueses."
J.Pacheco Pereira deve saber desta História como poucos, mas não conta nada. A revista Pública de hoje, revisita alguns dos próceres dessa época e dessa utopia rovolucionária esquerdista, com inspiração na revolução chinesa: António Costa Pinto, o ubíquo palrador televisivo, apresentado como politólogo e que ostenta camisa Polo Ralph Lauren na foto, é um deles; Tino Flores o cantor de baladas de intervenção e fundador do "O Comunista", é outro; Saldanha Sanches, também. Este, cita na pequena reportagem, algo desconcertante, a propósito da importância "das massas".
"Nunca soubemos exactamente o que era isso das massas, mas enchíamos a boca com essa palavra".
As perplexidades que surgem, passados estes quase 40 anos de ideias feitas e desaparecidas, revolvidas e abandonadas, são várias:
Estes indivíduos, na altura em que defendiam estas ideias estrambólicas sobre revoluções sociais para substituir o salazarismo/caetanismo, eram de maior idade e eram indivíduos estudados e lidos.
A crer no que Saldanha Sanches diz agora, esses disparates eram fruto de adolescência retardada, portanto de uma infantilidade intelectual.
Abandonada esta, o que subsiste de solidez ideológica na mentalidade de antanho? Houve alguma mudança de estrutura mental ou de entendimento da sociedade que inexistia nesse tempo?
Permito-me duvidar. Por exemplo, o tal Pedro Baptista, agora, diz que "o PS é o que luta pelas pessoas". A mentalidade de 68 é a mesma; a linguagem idêntica e o modo de articular ideias, semelhante.
Então, se for assim, por que razão estes indivíduos continuam a ter uma importância na sociedade, desajustada e assimilada aos disparates de antanho e que perduram na mentalidade presente, porque originários de uma matriz que não desapareceu de todo?
Essa perplexidade não é abstrusa ou irrelevante. Estou convencido que esta esquerda que domina todo o panorama ideológico que nos orienta no imaginário colectivo actual, tem a matriz nesses erros e nessa mentalidade que não passa com a lixívia do tempo.
É por isso que eleitoralmente o povo escolhe como tem escolhido e é por isso que determinados assuntos da nossa sociedade são entendidos por estes arrependidos do marxismo-leninismo, de um modo particularmente condescendente, deletério e, no final de contas, relativista para além do que deveria ser tolerável.
Entre todos os males que nos afligem colectivamente, este é, sem dúvida um dos mais importantes: a importância e relevo que se continua a dar a estes comentadores da politologia ambiente.
3 comentários:
Sou dos que defendem que se deve ir recordando a esses gajos o mal que fizeram.E tendo feito mal devem ser desde logo combatidos para não terem oportunidade de o tornar fazer.Crime com castigo...
O problema do P. Baptista bem como do Francisco de Assis e M.M.Carrilho, outros xoxalistas é que são filósofos e como tal têm de ser entendidos.
No dia em que o povo acordar da letargia pseudo democráctica em que mergulhou empurrado pelo maçon "vende pátrias Soares" que já está mais anquilosado, mas que deixou raízes em Lellos e Bragas, com os negócios do financiamento do PS "made in Brasil", com o dinheiro sujo do jogo clandestino, já para não falar no filho João - traficante de marfim e diamantes, verá que apesar dos Loureiros, Isaltinos O. Costa e outros a verdadeira salvação do seu dia à dia está na Social Democracia de matriz portuguesa.
São disparates a mais para qualquer comentário. Cada um que fique com a sua dimensão ético-política. Se for capaz de usar a consciência como avaliadora...
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