sábado, fevereiro 20, 2010

Tinta de choco


José António Saraiva deu à primeira página do Sol da semana passada um título com ressonâncias italianas: O Polvo.
Esta semana justifica o título por escrito, elencando os factos conhecidos e apresentando imagens ilustrativas de dez figuras que superam os tentáculos do octópode. Logo, alguns deles serão apenas...chocos. Com e sem tinta.

Emídio Rangel deu-se por achado na imagem e por causa de breve referência - "paralelamente, foram aliciados antigos jornalistas ou pessoas com ligações aos media, como o bastonário dos advogados, Marinho Pinto, o ex-director da SIC Emídio Rangel ou o ex-presidente da RTP João Carlos Silva"- assim replica em insulto soez, no Correio da Manhã:

Com a tranquilidade própria de quem está de consciência tranquila, posso afirmar que José António Saraiva é um mentiroso sem vergonha, acusa sem nenhum fundamento, manipula a informação ao sabor dos seus devaneios.

Nunca fui contactado por ninguém para "montar um grupo de media afecto ao Governo" e, por isso, não participei em nenhuma reunião, em nenhum encontro, não falei com nenhuma das pessoas do "polvo" sobre tal assunto. Nem Saraiva nem ninguém da sua equipa de "salteadores da arca perdida" pode infirmar o que digo. É a verdade. Percebo no entanto o raciocínio simplista que esteve na base desta infâmia. (...)

Sou independente, penso por mim, o meu passado à frente da TSF e da SIC mostram à sociedade como sempre prezei os valores do bom jornalismo. Estou de mãos limpas e não tenho telhados de vidro. Posso por isso repetir que José António Saraiva é um caluniador que escreve a verdade ou a mentira com a mesma displicência, um militante da insídia sem nenhum respeito pela honra e dignidade das pessoas. Não está, de certeza, ao serviço das boas causas do jornalismo

O arquitecto que se cuide. Da última vez que saiu uma saraivada destas, de murros virtuais, apareceram notícias a seguir, sobre murros a sério no pobre Rui da coluna infame e desfeita no Semanário.

7 comentários:

Isaac Baulot disse...

Ele diz mesmo "mostram à sociedade"?
Não é ele também que "julga em casa própria"?

joserui disse...

Tenho visto o programa onde este pugilista participa e dou por mim a preferir - dos três -, a representante do BE, que de resto só se ri de cada vez que este abre a boca.
Vendo o tal programa, parece um caso típico de mais papismo que o papa, à espera que chova alguma coisa para o lado dele (tal como o gordo aposta no Passos Coelho à espera de chuva desse lado). Deste "independente" a pensar por ele tenho ouvido coisas inacreditáveis. Acho que nem o indíviduo que nos desgoverna chega a ser tão delirante. -- JRF

lica disse...

Quinta-feira, Fevereiro 18, 2010
Escutas: é NULO o despacho do PGR, Pinto Monteiro, segundo o qual não há “indícios probatórios” de crime de atentado contra o Estado de Direito
Já vimos AQUI que as certidões que foram enviadas ao PGR, por Aveiro, tinham por fim a instauração de procedimento criminal autónomo (em relação à investigação da “sucata”) pelo crime de atentado contra o Estado de Direito, pelo Primeiro-Ministro.
Para tanto, não só o Procurador de Aveiro referiu os fortes indícios da prática de tal crime, como também o Juiz de Aveiro o afirmou.
Pinto Monteiro, o PGR, não só não autuou tais certidões como inquérito - como obrigatoriamente impõe o art 262, nº 2 do C. P. Penal – mas arquivou administrativamente as mesmas certidões afirmando não haver “indícios probatórios” de tal crime contra o Estado de Direito.
Se é verdade que Pinto Monteiro – numa perspectiva “bondosa” a seu favor – poderia contrariar o seu subordinado, nas próprias certidões recebidas, dizendo não haver lugar a procedimento autónomo, nunca o poderia fazer em relação ao despacho do Juiz de Aveiro, simplesmente porque este não é seu subordinado, nem de ninguém, pelo que, mais uma vez e também por esta razão, teria que abrir inquérito autónomo.
Não o fazendo, Pinto Monteiro proferiu o tal despacho a dizer que não havia “indícios probatórios” de crime de atentado contra o Estado de Direito, FORA de e SEM qualquer inquérito obrigatório.
Assim sendo, o referido despacho é nulo, nos termos do artº 119º, alínea d), do mesmo C. P. Penal.
Sendo que tal despacho não foi proferido em inquérito autónomo e obrigatório, mas em expediente administrativo, ou seja, numa extensão do processo de Aveiro (no dizer do pSTJ), tal expediente tem que ser devolvido a Aveiro, para ser integrado no inquérito que ali corre.
E o Juiz de Aveiro pode declarar NULO o despacho do PGR, como vimos, decorrendo tal competência da jurisdição que aquele tem sobre o seu próprio processo.
Será por isto, a meu ver, que o PGR, Pinto Monteiro, tem atrasado tanto o “expediente” para destruição das escutas pelo pSTJ, pois trata-se da mesma e precisa coisa, isto é, tanto os despachos do pSTJ como o referido despacho do PGR foram proferidos na mesma “extensão” do inquérito de Aveiro.
Estou cá para ver os próximos desenvolvimentos desta “novela” judiciária.
A ver vamos como Pinto Monteiro “foge com o rabo à seringa”.
Já agora, não percam isto!
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(In Blogue VICKBEST)

Neo disse...

Boa tarde,José.Já viu esta?
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1500221

josé disse...

Já vi. Vai chover pesado lá prás bandas do palácio de Palmela.

Se for assim, acabou o mandato de Pinto Monteiro.

josé disse...

Mas há a tragédia na Madeira que serve sempre estas coisas, pelo natural desvio de atenção.

O outro já foi a correr para lá. Claro que tinha essa obrigação, mas para ele é mais que uma obrigação: é uma escapatória.

CCz disse...

"Sou independente, penso por mim, o meu passado à frente da TSF e da SIC mostram à sociedade como sempre prezei os valores do bom jornalismo. Estou de mãos limpas e não tenho telhados de vidro."
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LOL
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Mas não foi ele que pôs um sabonete como PR? E gabava-se disso.
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ccz

O Público activista e relapso