No Expresso do último Sábado, Clara Ferreira Alves entrevistou Ângelo Correia, o mentor de Passos Coelho ( artigo dixit).
A certa altura, talvez por desfastio, a entrevistadora que accionou penalmente Vasco Pulido Valente por este ter escrito que nem o 12º ano tinha, ( percebendo o remoque ofensivo e não aguentando a estocada fatal na credibilidade intelectual), disparou:
E a justiça? Que fazer? Ao que o inefável Ângelo deu por bem empregue responder assim:
" A justiça. Independência e autonomia nada contra. Mas é preciso fazer alguma coisa com o Ministério Público." Não diz o quê, mas fica-se a pensar no pior. Ou seja, no gato- sapato com a autonomia.
À pergunta da entrevistadora sobre se o MP é dominado pelo PC, o descontraído Ângelo responde como quem sabe da poda:
" Dominado por grupos diferentes com agendas políticas diferentes. O Sindicato do MP é dirigido por um militante do PSD, latifundiário no Alentejo." E que "trabalhou com Dias Loureiro" acrescenta a pespineta entrevistadora sabedora destes meandros como poucos dos que fazem o 12º ano. Completo...e para acrescentar que "o procurador não tem qualquer autoridade", como se o despacho de arquivamento da certidão do Face Oculta fosse um exercício diletante para mostrar quem não manda.
E diz o incrível Ângelo logo a seguir e a propósito:
"E há os do PS, a Cândida de Almeida. Utilizam-se meios políticos na justiça o que é grave. Quando se deixam cair informações, se convidam jornalistas a ir a certos sítios a determinada hora ( suponho que deve ser aquela história da SIC ter ido ao Parlamento na altura da detenção de Paulo P.) é agenda política. "
E o MP devia ser o grande actor do processo penal", remata o inacreditável Ângelo, engenheiro químico da política activa sempre na ribalta dos negócios de ocasião e em administrações profusas.
E continua a tal de Ferreira Alves: "É uma máquina de derrube de governos, com os media". E o engenheiro político diz esfola com outra frase de fôlego: " E de golpes de Estado. Hoje, os golpes fazem-se assim. ( Onde?, apetecia perguntar para o ouvir logo responder- na Itália, sem pensar duas vezes na asneira) Ninguém consegue meter isto na ordem. Impossível", diz o engenheiro Ângelo.
E no fim percebe-se o lado onde se encontra o engenheiro Ângelo. O habitual, aliás. Com esta frase: "Um jornal viola a decisão do tribunal e diz que se receber a notificação violava à mesma. E ninguém diz nada. Não tem remédio." Querendo referir-se ao Sol e à desobediência justificada em editorial.
O que não tem remédio algum é o conhecimento democrático do engenheiro Ângelo, nada anjolas nestas coisas porque até se diz cultor da Filosofia, Estética e Moral e adianta que tentou aprender alemão para ler Marx, mas que pelos vistos não se lembra do caso dos papéis do Pentágono e do que fez o New York Times.
E também não tem remédio o facto de dizer que o presidente do sindicato do MP é um militante do PSD e um latifundiário.
Tal afirmação é falsa, segundo acaba de dizer o próprio. Logo caluniosa, porque implica um juizo de valor negativo sobre a isenção do magistrado.
Mas talvez tenha remédio, nesse caso, porque a injúria pode ser paga na praça pública com um desmentido descredibilizador.
Outra coisa que parece não poder ser facilmente remediada é o facto de Ângelo Correia se distanciar de Dias Loureiro de um modo muito parecido com o que fez com "o Domingos ", ou seja, Duarte Lima, numa intervenção pública na tv, por causa de uma quinta sem nome de proprietário que o Independente mostrou na capa, nos anos noventa.
Ao Dias Loureiro, quase que nem o conhece, ao dizer sobre a sua ligação aos árabes e à referência aos negócios de Dias Loureiro que "nunca fiz negócios desses". Lava as mãos daí...
Ora, o businessman Ângelo pode não conhecer as reservas de um certo Monzer Al Kassar, mas caça lá perto. Dos sírios, entenda-se.
A certa altura, talvez por desfastio, a entrevistadora que accionou penalmente Vasco Pulido Valente por este ter escrito que nem o 12º ano tinha, ( percebendo o remoque ofensivo e não aguentando a estocada fatal na credibilidade intelectual), disparou:
E a justiça? Que fazer? Ao que o inefável Ângelo deu por bem empregue responder assim:
" A justiça. Independência e autonomia nada contra. Mas é preciso fazer alguma coisa com o Ministério Público." Não diz o quê, mas fica-se a pensar no pior. Ou seja, no gato- sapato com a autonomia.
À pergunta da entrevistadora sobre se o MP é dominado pelo PC, o descontraído Ângelo responde como quem sabe da poda:
" Dominado por grupos diferentes com agendas políticas diferentes. O Sindicato do MP é dirigido por um militante do PSD, latifundiário no Alentejo." E que "trabalhou com Dias Loureiro" acrescenta a pespineta entrevistadora sabedora destes meandros como poucos dos que fazem o 12º ano. Completo...e para acrescentar que "o procurador não tem qualquer autoridade", como se o despacho de arquivamento da certidão do Face Oculta fosse um exercício diletante para mostrar quem não manda.
E diz o incrível Ângelo logo a seguir e a propósito:
"E há os do PS, a Cândida de Almeida. Utilizam-se meios políticos na justiça o que é grave. Quando se deixam cair informações, se convidam jornalistas a ir a certos sítios a determinada hora ( suponho que deve ser aquela história da SIC ter ido ao Parlamento na altura da detenção de Paulo P.) é agenda política. "
E o MP devia ser o grande actor do processo penal", remata o inacreditável Ângelo, engenheiro químico da política activa sempre na ribalta dos negócios de ocasião e em administrações profusas.
E continua a tal de Ferreira Alves: "É uma máquina de derrube de governos, com os media". E o engenheiro político diz esfola com outra frase de fôlego: " E de golpes de Estado. Hoje, os golpes fazem-se assim. ( Onde?, apetecia perguntar para o ouvir logo responder- na Itália, sem pensar duas vezes na asneira) Ninguém consegue meter isto na ordem. Impossível", diz o engenheiro Ângelo.
E no fim percebe-se o lado onde se encontra o engenheiro Ângelo. O habitual, aliás. Com esta frase: "Um jornal viola a decisão do tribunal e diz que se receber a notificação violava à mesma. E ninguém diz nada. Não tem remédio." Querendo referir-se ao Sol e à desobediência justificada em editorial.
O que não tem remédio algum é o conhecimento democrático do engenheiro Ângelo, nada anjolas nestas coisas porque até se diz cultor da Filosofia, Estética e Moral e adianta que tentou aprender alemão para ler Marx, mas que pelos vistos não se lembra do caso dos papéis do Pentágono e do que fez o New York Times.
E também não tem remédio o facto de dizer que o presidente do sindicato do MP é um militante do PSD e um latifundiário.
Tal afirmação é falsa, segundo acaba de dizer o próprio. Logo caluniosa, porque implica um juizo de valor negativo sobre a isenção do magistrado.
Mas talvez tenha remédio, nesse caso, porque a injúria pode ser paga na praça pública com um desmentido descredibilizador.
Outra coisa que parece não poder ser facilmente remediada é o facto de Ângelo Correia se distanciar de Dias Loureiro de um modo muito parecido com o que fez com "o Domingos ", ou seja, Duarte Lima, numa intervenção pública na tv, por causa de uma quinta sem nome de proprietário que o Independente mostrou na capa, nos anos noventa.
Ao Dias Loureiro, quase que nem o conhece, ao dizer sobre a sua ligação aos árabes e à referência aos negócios de Dias Loureiro que "nunca fiz negócios desses". Lava as mãos daí...
Ora, o businessman Ângelo pode não conhecer as reservas de um certo Monzer Al Kassar, mas caça lá perto. Dos sírios, entenda-se.