quinta-feira, novembro 18, 2010

Falta de vergonha

Na Sic-Notícias, no programa de Mário Crespo de hoje, acabaram de trocar opiniões, Vítor Ramalho e José Eduardo Martins.
Sobre a redução de vencimentos, particularmente dos magistrados, Vítor Ramalho, como socialista de marca republicana e laica, tendência soarista, acabou a dizer que os magistrados são funcionários como os demais e com a agravante de os juízes serem titulares de órgãos de soberania.

Vítor Ramalho não é titular de órgão de soberania de espécie alguma, embora conviva muito bem com os titulares do poder executivo que lhe concedem o privilégio de o nomearem para entidades públicas, pagas pelo Orçamento do Estado, como é o Inatel.
Vítor Ramalho, nesse aspecto e um alto funcionário público, porque quem decido aquilo que ganha é o Governo, através dos responsáveis das Finanças, Trabalho e Segurança Social. Neste caso, o amigo Vieira da Silva, mesma tendência para o republicanismo mais laico e jacobino.

Quanto ganha Vítor Ramalho nas altas funções que exerce na Fundação do Inatel? Mistério que a Rede não desvela, com estatutos blindados a tal informação básica e de transparência mais que exigível. O jornalista não lhe perguntou, mas devia perguntar.

Irá Vítor Ramalho renunciar a parte do vencimento, sei lá, da ordem os 20%, como acha muito natural que tal suceda com os tais magistrados que no seu entender não passam de meros funcionários, "com a agravante de serem titulares de órgãos de soberania"? Não vai, claro que não vai. E se não for, não passa de mais um hipócrita.

Finalmente: qual é o currículo pessoal e profissional de Vítor Ramalho? Sim, o que é que este indivíduo fez na vida para ser presidente de uma Fundação paga por todos nós? Saberá o que é um funcionário público em contraste com um titular de órgão de soberania? O seu conhecido Mário é funcionário público? E porque é que vive de rendas do Estado?

Questuber! Mais um escândalo!