sexta-feira, junho 15, 2012

Conservas Pinhais, um produto nacional de grande qualidade

Esta é uma página do suplemento Empresas & Empresários que vinha  no Público um destes dias. Como o nome indica é sobre isso mesmo: empresas. Pequenas e médias.
A página que publico é de um conjunto de três sobre uma empresa de Matosinhos que se dedica a produzir conservas de sardinhas, essencialmente. Fá-lo há quase cem anos e é uma empresa familiar que emprega cerca de cento e vinte pessoas entre homens e mulheres ( mais estas que aqueles).
As conservas Pinhais. assim se chama o produto final enlatado e vendido em lojas gourmet dos supermercados mais conhecidos, são de primeira categoria mundial.
Tal como o dono da empresa ( António Pinhal, na imagem) refere, "o nosso segredo é o processo artesanal, manual".
No outro dia, a propósito de uma conversa por aqui, na caixa de comentários fiquei a saber da existência desta marca nacional de grande qualidade porque provei entretanto o produto e é de facto excepcional.E nem foram as ovas ( o "nosso caviar") mas apenas as sardinhas, simples em azeite.

Porém, como também diz António Pinhal, a história desta conserveira quase centenária é quase desconhecida para muitos.
Para mim deixou de ser. E por isso a publicidade que aqui replico é apenas um gesto de apreço porque é com estes industriais que ainda vamos tendo que nos mantemos com uma certa identidade.
No outro dia foi a Mariano a merecer atenção pela excelência do produto que faziam e que entretanto desapareceu do mercado. Hoje são as conservas Pinhais, cuja empresa felizmente ainda se mantém a laborar. Bem-hajam!

9 comentários:

Zephyrus disse...

Vários produtos portugueses são vendidos lá fora no mercado gourmet. Em Portugal são pouco valorizados, a produção é quase artesanal e o investimento em marketing por parte dos proprietários é quase nulo. Penso por exemplo na pasta de dentes Couto ou nos sabonetes Claus, mas há mais. Poderíamos ter várias dezenas de marca da área cosmética ou alimentar bem fortes, mas falta vontade dos empresários para crescer e promover. Mas o potencial está cá. Acredito até que temos a médio prazo potencial para sermos mais ricos que a Espanha. Tirem é o Estado papá, acabem com o socialismo em Portugal.

Zephyrus disse...

Vários produtos portugueses são vendidos lá fora no mercado gourmet. Em Portugal são pouco valorizados, a produção é quase artesanal e o investimento em marketing por parte dos proprietários é quase nulo. Penso por exemplo na pasta de dentes Couto ou nos sabonetes Claus, mas há mais. Poderíamos ter várias dezenas de marca da área cosmética ou alimentar bem fortes, mas falta vontade dos empresários para crescer e promover. Mas o potencial está cá. Acredito até que temos a médio prazo potencial para sermos mais ricos que a Espanha. Tirem é o Estado papá, acabem com o socialismo em Portugal.

Wegie disse...

Nada que se compare com as conservas galegas Ramon Peña. Especialmente as sardinhas, lulas recheadas com santola, risotto de berberechos e navalheiras.


cf.

http://www.ramonpena.es/

Karocha disse...

Arranjam-se em Lisboa José?

Floribundus disse...

Oswald Spengler disse noano de 1918 em 'decadência do ocidente' (untergang é naufrágio) «a idade da pedra não terminou por falta de matéria-primal». Portugal com 800 mil casas por vender, aeroportos de Beja, auto-estradas, continua na idade da pedra.
É consolador verificar que existem verdadeiros industriais. Tudo de bom para eles.

Zephyrus disse...

O fontismo nada resolveu. Tal como o betão cavaquista, guterrista e socrático. Isto só andou para a frente com o Estado Novo. Essa é a nossa grande tragédia, a democracia do povo e para o povo trouxe a mediocridade para a liderança, a ralé diplomada. O resultado está à vista.

josé disse...

Arranjam-se em Lisboa pelo menos no El Corte Inglés, na loja Gourmet que foi onde as comprei e custam por volta de 3, 4 euros, as sardinhas.
As ovas custam mais caro um bom bocado.

Karocha disse...

Obrigada José :-)

Joao disse...

A solução não é estas empresas crescerem e investirem em marketing.

O que era importante era multiplicar o número destas PME cujos donos assumem a sua actividade como vocação e forma de sustentar a família e não como meio de ficarem ricos a todo o custo.

O Público activista e relapso