domingo, julho 08, 2012

Portugal: fecho para balanço

SapoNotícias:

"Disse há 30 anos que este regime político ia bater com Portugal no fundo e pôs-nos sob administração estrangeira", disse Jardim, na 57ª edição da Feira do Gado, na Santa, no concelho do Porto Moniz.

"Este regime político, agora, pretende endireitar o país mas eu não conheço na História nenhum caso em que um regime político que rebentou com um país possa continuar e tenha a hipótese de o recuperar", acrescentou, apontando os exemplos da primeira República e do Estado Novo.

Para o presidente do Governo Regional da Madeira, "quando os regimes políticos não funcionam só há uma solução - é substituí-los por outros".


Quem nos afundou?  Obviamente quem mandou politicamente nestas últimas décadas. Sempre os mesmos, aliás. Essencialmente o PS e o PSD  e uma espécie de bloco central com epicentro mediático na Impresa, tabanca  prestamista no BES e as tv´s arreatadas pelas duas ou três anunciantes do regime. É por isso que o dono daquela estrebucha agora, sempre que vê o chão fugir-lhe debaixo dos pés. Nunca como agora Portugal teve um panorama mediático dominado pela opinião unificada.
A realidade é apresentada aos portugueses, todos os dias, como uma imagem distorcida em favor dos  interesses daqueles, pelos cães de fila que os guardam, como dantes diziam os extremistas de esquerda.
A realidade é sempre apresentada sob o ponto de vista daqueles e não há espaço para uma alternativa que os apeie do poder, porque a esquerda extremista continua os mesmos anacronismos de sempre e a direita em Portugal não existe.
Os valores portugueses que em 1974 ainda tinham algum peso, perderam substância, substituídos por um
conjunto de quimeras e ilusões. Desde então vivemos nesse mundo de fantasia.
Todos os fenómenos políticos que ocorreram desde então encontram plena explicação nessa terra do nunca ou nesse mundo de alice.
O ensino que foi democratizado está mais elitista que nunca porque se abastardou, promovendo incompetências e esmo e substituindo o saber pelo simulacro. O programa Novas Oportunidades e as licenciaturas honoris causa são o culminar desse percurso, pejado de peritos de coisa nenhuma e ignorantes diplomados que tomaram o lugar dos que dantes sabiam.
Os valores da honra e da probidade foram substituídos pelo oportunismo e chico-espertice que gerou bpn´s e freeports, numa face oculta de irresponsabilidades.
A produção de riqueza económica passou a ser assegurada por um Estado patrono à custa de dinheiro estrangeiro e de empréstimo avulso e quem assegura as rédeas desse Estado são os novos-ricos daqueles interesses político-partidários.
Quem nos salvará desta corja de corruptos que se elegem entre si, mascaram a realidade para que a maioria a não veja e permanecem agarrados ao poder que tomaram?

A resposta é simples: quem conseguir mostrar que partilha outros valores que já foram os nossos e que tem capacidade para provocar uma mudança neste ambiente. E que o faça em regime democrático.

Questuber! Mais um escândalo!