Este artigo no Público de ontem, da autoria de José Vítor Malheiros, resume bem o que deveria ser o ensino ideal. Tirando a frase inicial ( " as escolas servem para adquirir competências de diversos tipos") subscrevo tudo o resto porque me parece especialmente bem escrito para expôr o que deveria ser o ensino.
Se Miguel Relvas entendesse isto que aqui está escrito não teria sido ministro. Porque teria vergonha de o ser.
Resta dizer que quem abandalhou ( a expressão parece adequada e no mesmo sentido que lhe atribuiu Eduardo Cartroga ao dizer para um tal Pinho que certos figurões do PS abandalharam a CGD) o ensino foram pessoas que pensavam certamente assim, como JVM.
Então por que abandalharam? É um mistério que procura solução.
5 comentários:
Para mim é fácil José!
Um povo inculto é fácil de manobrar, ou não é?
Não. Não julgo que seja esse o problema. Isso é um mito dos antifassistas que diziam que o Salazar queria o obscurantismo para melhor enganar as pessoas.
Ainda hoje dizem apesar de terem gizado um sistema de ignorantes e de relvas a esmo.
Nem se dão conta da ironia.
Os palermas convocaram vigílias nas Praças da República porque a educação é republicana e laica
ehehehehe
O meu palpite é que é por duas razões, possível e até provavelmente relacionadas: ignorância e o "estarem-se nas tintas".
São ignorantes apesar de saberem e conhecerem muitas coisas. Mas não conhecem uma essencial: o povo.
A propósito, veja-se esta história interessante e comovente:
http://blogues.publico.pt/reporterasolta/2012/07/11/quem-deixou-iria-sozinha-na-aldeia/
Algum desses "pedagogos" que comandam o ensino contactou ou conheceu de alguma forma esta realidade? Quando muito, serve-lhes como arma de arremesso contra o Estado Novo. Muito embora poucas vezes a arremessem contra a 1ª República...
Ao mesmo tempo estão-se nas tintas. O rigor, a exigência, a dureza, o passar-mal, são coisas que lhes dizem pouco. Rezinguices de velhos caturras ou memórias perdidas no tempo. Não valorizam nada disso. Como são medíocres, contentam-se com a mediocridade e forçam-na sobre os outros.
Ao contrário das mulheres da história, sólidas (fisica, mas sobretudo mentalmente) como um tronco de carvalho simultaneamente à custa e apesar do que passaram - muito do qual perfeitamente escusado - esses tipos são ocos, apenas afectados de maneiras superficiais e levianas e de pretensões intelectuais.
Nada sabem nem nada conhecem de verdadeiramente importante. O que fazem, fazem-no sob pretexto duma qualquer pseudo-teoria pedagógica que não tem qualquer rapport com a realidade das gentes a que se destina; e não com pela vontade de melhorar a vida de gente como esta da história que nem esparguete sabia o que era.
O espantoso é não terem conseguido fazer pior.
Conviria começar pelo antifascista Veiga Simão... e continuar por todos os ministros que lhe sucederam até ao camarada Crato. Culpados ou interessados, praticamente a mesma coisa, linguistas, sociólogos, especialistas em 'ciências da educação' e outros ignorantes deste jaez.
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