Em complemento do postal anterior, fica aqui o de 30 de Janeiro de 2009:
Depois de ter sido condenado no caso do fax de Macau, Rui Mateus, desaparecido do combate, dado como tolo, escreveu um livro intitulado Contos Proibidos. Quem quiser ler, pode fazê-lo porque está disponível em Rede.
Em
1990, Rui Mateus prestou declarações no processo e terá contado a sua
versão dos factos que implicava bem mais alto politicamente que o pobre
do governador do território ultramarino. Almeida Santos e Mário Soares
foram nomes pronunciados.
A publicação do livro poderia ter
obrigado à reabertura do processo, nos termos da lei processual, para
reinvestigação do que ficara esquecido.
O investigador Rodrigues
Maximiano já faleceu e não se pode defender de acusações. Mas na altura
em que as mesmas foram feitas, não respondeu convenientemente à réplica
que Rui Mateus lhe deu, com três anos de intervalo, depois de ter
comentado o livro Contos Proibidos, dizendo que nada de novo trazia ao
assunto.
Estes dois textos- ambos do Independente, de
9.8.1996 ( a entrevista a Maximiano) e de 14.7.1999 ( a carta de Rui
Mateus)- revelam o problema principal da nossa investigação criminal,
sempre que encontra pela frente o poder político de topo: cede. Tem
medo. Não avança.
É um problema grave e que a generalidade das
pessoas adivinha, perscruta, mas nada faz para a mudança. E é preciso
uma mudança, de facto. A independência do poder judicial e a autonomia
do MP, não se afirmam: praticam-se. Souto Moura praticou-a, sem a
afirmar muitas vezes.
Mário Soares safou-se sempre destas alhadas. Porquê? Quanto a mim, por uma única razão: ninguém o queria ver como um delinquente ( ao contrário do que anda agora a propalar sobre alguns membros do governo). Eppure...
5 comentários:
Esse Maximus Curruptus e consorte tiveram a sua paga com trinta dinheiros...basta ver as carreiras contributivas de todos nós Portugueses para essas repelentes criaturas que passaram a ser o paradigma de "sucesso" para todas as magistraturas do regime.
"Floribundus disse...
José
tem cada vez mais importância a publicação destes textos em livro,
porque esmagam todo o lixo que por aí circula
os factos são indesmentíveis"
Subscrevo...
Outra coisa não seria de esperar ... Um sem vergonha na cara, que espezinhou a bandeira Portuguesa em Londres e mais o seu compincha Almeida Santos, outro da mesma laia, enviaram para Moçambique uma tonelada de ouro ...
que sempre viveu de expedientes .. e essas são palavras do seu pai adotivo o Padre João Soares, as quais e outros mimos ouvi directamente da sua boca, quando o ajudada a andar mais o sr. Nicolau porteiro do colégio Moderno que dele tratava ...
Esse Mário Soares quando a história for bem contada é sim um delinquente de alto gabarito, que afundou Portugal e que devia ser julgado em tribunal por tudo o que fez e a miséria que provocou ...
Portugal e os portugueses não mereciam ter sofrido na pele ... mas ... somos masoquistas e permitimos ter sido assaltados desde 26 de Abril de 1974 por toda essa corja de inúteis, que nunca trabalharam na vida e que se agarraram de tal maneira como lapas ao erário público e com tal despudor, protegidos por uma constituição feita à maneira, que vai ser muito difícil deles nos vermos livres ... Portugal está no fundo e os Juízes do TC vão ser os seus coveiros. Viva a Festa dos Comunistas, Socialistas e dos Banqueiros unidos na destruição de Portugal ... Viva!
José, para alguns as trafulhices de Soares assim como o talento necessário para falir o país três vezes em 35 anos, tornaram-se categoria de pensamento. Está para nascer alguém com competência necessária para arrebatar o troféu a este verdadeiro recordista.
Quando Soares se pronuncia, a memória sai em desabalada carreira, o bom senso apavora-se com a iminência de outra sessão de tortura, a chanceler Merkel sofreu uma derrota eleitoral em toda a linha, a Europa vai virar à esquerda. Fora o resto.
O falastrão sem juízo precisa fazer-nos o favor de descer do palanque e dar um pouco de sossego aos nossos ouvidos e à nossa inteligência.
Mas acima de tudo, e lembrando Antero, o que Soares precisa é de mais 88 anos de reflexão.
««« os responsáveis da governação “vão cair muito antes” de Junho, altura em que está previsto o fim do programa de assistência da troika de credores internacionais. “É inevitável. Antes que o ódio do povo se torne violento.»»»
Mário Soares, acometido por um súbito e inexplicável ardor na face, recordando como uma simples ida à Marinha Grande se pôde transformar, sem razão alguma, na mais cruel da viagens.
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