O
Ministério Público está a investigar a Gestão do BPN pela Caixa Geral
de Depósitos. Em causa está o crédito concedido a várias empresas contra
garantias de muito menor valor.
Na
primeira metade de 2009, o BPN já sob gestão da Caixa Geral de
Depósitos (CGD) terá concedido mais de 500 milhões de euros de crédito a
cerca de 80 empresas que deram como garantias apenas 81 milhões de
euros.
Significa isto que o valor do crédito concedido às mesmas empresas aumentou 328 milhões de euros comparando com o ano de 2008, altura em que o banco não tinha ainda sido nacionalizado.
Com estes dados, a Parvalorem, a empresa pública que está a gerir os chamados ativos tóxicos do BPN, confirmou ao Diário de Notícias que já seguiram para o Ministério Público queixas crimes contra a antiga administração do BPN liderada por Francisco Bandeira.
A empresa pública afirma que foram concedidos créditos de valores consideráveis sem que existissem garantias. E, por isso, agora é muito difícil recuperar esse dinheiro. O DN adianta que as queixas estão a ser analisadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Uma fonte ligada à antiga admnistração do BPN liderada por Francisco bandeira mostrou-se suspreendida com a iniciativa da Parvalorem. Acrescenta esta fonte que, na altura, o conselho de crédito do banco era composto por pessoas com décadas de experiência no setor e que nenhum dos gestores foi até agora ouvido pelo Ministério Público.
Quanto ganhava o magnífico gestor Francisco Bandeira ( o tal que segundo Eduardo Catroga abandalhou a Caixa)? Francisco Bandeira ganhava 450,5 mil euros em 2009.
Aliás, já em datas anteriores ( 2006 e 2007)na mesma CGD, os então administradores Vara e Bandeira foram apontados como magníficos gestores públicos e premiados como tal.
Com estas notícias aposto que o assunto do BPN, da "roubalheira", do "caso de polícia", do exemplo de má gestão e o símbolo da ruína do país vai esfriar e deslocar-se para outros alvos. Estes não servem para o efeito porque são os que compraram os foguetes, deitaram o fogo e foram apanhar as canas da "festa" que durou até às tantas, desde 2005. É preciso outros para a SIC-N da inefável Ana das notícias dar conta do assunto, convidando sempre as pessoas certas que estão de acordo com a sua particular opinião noticiosa, feita género jornalístico próprio: o comentador-jornalista-de causa partidária-sem o mínimo de vergonha e que abandalha a profissão.
Ah! E já me esquecia: o caso Homeland, de Duarte Lima, razão pela qual o mesmo está preso, prende-se com um empréstimo concedido pelo BPN, para investimento num terreno. Segundo parece, a essência da burla (?) residirá no facto de o BPN, no caso o seu presidente Oliveira e Costa ter emprestado uma quantia de várias dezenas de milhões de euros ( 44 segundo parece) sem as garantias suficientes, o que os próprios serviços do BPN tinham avisado que poderia suceder. Ou seja, a mesma coisa que a CGD do senhor Bandeira terá feito...
Para quando a prisão preventiva por burla? Ou os pesos e medidas são diversas? E a aquela menção constitucional sobre a igualdade dos cidadãos perante a lei?
Significa isto que o valor do crédito concedido às mesmas empresas aumentou 328 milhões de euros comparando com o ano de 2008, altura em que o banco não tinha ainda sido nacionalizado.
Com estes dados, a Parvalorem, a empresa pública que está a gerir os chamados ativos tóxicos do BPN, confirmou ao Diário de Notícias que já seguiram para o Ministério Público queixas crimes contra a antiga administração do BPN liderada por Francisco Bandeira.
A empresa pública afirma que foram concedidos créditos de valores consideráveis sem que existissem garantias. E, por isso, agora é muito difícil recuperar esse dinheiro. O DN adianta que as queixas estão a ser analisadas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Uma fonte ligada à antiga admnistração do BPN liderada por Francisco bandeira mostrou-se suspreendida com a iniciativa da Parvalorem. Acrescenta esta fonte que, na altura, o conselho de crédito do banco era composto por pessoas com décadas de experiência no setor e que nenhum dos gestores foi até agora ouvido pelo Ministério Público.
Quanto ganhava o magnífico gestor Francisco Bandeira ( o tal que segundo Eduardo Catroga abandalhou a Caixa)? Francisco Bandeira ganhava 450,5 mil euros em 2009.
Aliás, já em datas anteriores ( 2006 e 2007)na mesma CGD, os então administradores Vara e Bandeira foram apontados como magníficos gestores públicos e premiados como tal.
Com estas notícias aposto que o assunto do BPN, da "roubalheira", do "caso de polícia", do exemplo de má gestão e o símbolo da ruína do país vai esfriar e deslocar-se para outros alvos. Estes não servem para o efeito porque são os que compraram os foguetes, deitaram o fogo e foram apanhar as canas da "festa" que durou até às tantas, desde 2005. É preciso outros para a SIC-N da inefável Ana das notícias dar conta do assunto, convidando sempre as pessoas certas que estão de acordo com a sua particular opinião noticiosa, feita género jornalístico próprio: o comentador-jornalista-de causa partidária-sem o mínimo de vergonha e que abandalha a profissão.
Ah! E já me esquecia: o caso Homeland, de Duarte Lima, razão pela qual o mesmo está preso, prende-se com um empréstimo concedido pelo BPN, para investimento num terreno. Segundo parece, a essência da burla (?) residirá no facto de o BPN, no caso o seu presidente Oliveira e Costa ter emprestado uma quantia de várias dezenas de milhões de euros ( 44 segundo parece) sem as garantias suficientes, o que os próprios serviços do BPN tinham avisado que poderia suceder. Ou seja, a mesma coisa que a CGD do senhor Bandeira terá feito...
Para quando a prisão preventiva por burla? Ou os pesos e medidas são diversas? E a aquela menção constitucional sobre a igualdade dos cidadãos perante a lei?
7 comentários:
Esfriar na comunicação social ou no MP?
Nos media. No MP vai dar em nada e não é preciso ser bruxo. Basta que o Constant venha cá dizer que nunca soube de nada e pronto.
é necessário estar sempre a assobiar aos burros para eles beberem água
takes one to know one.
Se a actual PGR não tivess medo, teria esvaziado o assunto Machete no próprio dia em que rebentou. Bastar-lhe-ia dizer diplomaticamente o que agora acabou por dizer. Fez caixinha, a julgar que era assim que se fazia e errou. Gravemente. Politicamente. A PGR não é uma magistratura, apenas. É um cargo político, também. Quem esquecer isso está condenado ao fracasso. Até Souto Moura percebeu isso.
O gingão, esse, soube logo desde o início.
Excelente post. Já não bastava a fraude do bpn e ainda temos de aturar a fraude que é a cobertura mediática sobre o assunto...
"Direita, o "clube de amigos" da Banca."
Sobre a mesma temática:
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/10/os-amigos-da-banca-e-direita.html
BPN; mais um caso indecoroso e letal.
Com s/permissão, a propósito do texto anterior deixo este testo do Henrique Raposo bem a preceito.
Portas recupera Lucas Pires
Expresso, junho de 2011
Lucas Pires
Francisco Lucas Pires já não está entre nós, mas é o político português mais actual. Aliás, quero avançar com uma notícia em primeira mão: Lucas Pires venceu as eleições de 5 de Junho (...) Partes inteiras do memorando da troika parecem palimpsestos do Grupo de Ofir, a unidade de elite reunida por Lucas Pires nos anos 80. Entre 1984 e 1985, estes ninjas do liberalismo de direita (Lucas Pires, António Borges, Cruz Vilaça, Fernando Adão da Fonseca, etc.) criaram o primeiro grande projecto liberal-conservador da III República (...) o dr. Passos e o dr. Portas deviam fazer uma sessão espírita com No Caminho da Sociedade: Objectivo 92, o livro que reuniu os trabalhos do Grupo de Ofir. Está lá tudo. Está lá a troika, e muito mais (...) Como todos os barbudos, Lucas Pires foi um profeta.
E, como todos os profetas, Lucas Pires perdeu na vida terrena. Em 1985, esta direita desempoeirada foi esmagada pelo cinzentismo da direita-que-tem-medo-de-dizer-que-é-de-direita (vulgo: cavaquismo). Nos 25 anos seguintes, este projecto liberal-conservador ficou congelado na síndrome de enteada da direita portuguesa. Como a filhinha querida do regime era a esquerda, a direita abandonou o combate ideológico, assumindo uma inferioridade cultural. Nos últimos anos, as coisas começaram a mudar quando uma nova geração bateu à porta do PSD e do CDS. As jovens sereias e os jovens turcos de Paulo Portas são liberais e conservadores. E, quando Rangel e Passos disputaram a liderança do PSD, uma coisa ficou logo evidente: o PSD cavaquista e apolítico estava morto. Cada um à sua maneira, Rangel e Passos representaram, e representam, uma descolagem liberal. Ora, quando esta nova geração de direitolas começou a fazer das suas, o PS fez o favor de criar as condições para a intervenção externa, que, como se sabe, introduziu reformas que já estavam na mira dos direitolas indígenas. Aliás, fica a ideia de que o memorando da troika é uma fotocópia de um caderninho de Catroga & Moedas.
Para terminar esta crónica lucas-pirista, convém dizer que os dotes proféticos de Lucas Pires voltam a ser evidentes nesta questão da intervenção externa. Em 1988, Lucas Pires dizia uma coisa que só agora é visível: a UE representaria para Portugal uma revolução liberal; dizia ainda que seria difícil passarmos da órbita de 1975/76 para a órbita europeia. Aqui e agora, nós estamos - precisamente - a viver essa transição difícil. Em 2011, o país com a Constituição mais socialista do Ocidente está a ser confrontado com as ondas liberais da UE, esse projecto político que está no âmago de CDS, PSD e PS. É por isso que o 5 de junho de 2011 marca a vitória de Lucas Pires (...) porque o PS está amarrado à revolução liberal em curso. O PS, para ser o PS, não pode recusar as medidas da UE. O PS, para ser o PS, não pode rasgar o grande conceito do Lucas Pires europeísta: o duplo constitucionalismo. Porque o PS tem sido o campeão português desse duplo constitucionalismo europeu (...).
por Henrique Raposo às 11:02 | link | partilhar
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