Por estas e por outras, alguns figurões, acompanhados dos falsos ingénuos do costume, armados em idiotas inúteis, defendem a proibição de escutas, pura e simplesmente. Provavelmente na mesma frase serão capazes de louvar Edward Snowden ou Julian Assange...
Também se explica por estes factos a razão pela qual o advogado Proença gostava de um Ministério Público mais "democrático": para que alguns pudessem atacar melhor a democracia, sem que se viesse a saber.
Atentar contra a liberdade de imprensa não é apenas metralhar as instalações de um jornal para o calar. É de igual modo metralhar virtualmente os seus donos e directores a fim de o vergar a uma linha de conduta editorial consentânea com os interesses particulares de um grupo ligado ao poder político executivo. É portanto cerzir uma teia de influências, usando dinheiro suspeito, para coarctar a liberdade de informação, por redução da mesma a uma opinião domesticada e que não atente contra os interesses desse grupo ou dos indivíduos que o detém. Se o pivot for um primeiro-ministro, como inequivovamente era José Sócrates aquando do escândalo do Face Oculta, a ocultação desses factos e a destruição de provas dos mesmos é em si mesmo um crime cujos autores, no caso, ficaram impunes e eram dos mais elevados titulares de cargos de relevo nacional. Um escândalo com esta dimensão estereoscópica é inédito na democracia portuguesa, porque nem mesmo no caso do fax de Macau tal sucedeu, uma vez que apenas se limitaram danos por conveniência em não envolver o então presidente da República Mário Soares, o desbocado desmomoriado que por aí anda outra vez. Na altura não havia escutas mas passou a haver o livro de Rui Mateus que pôs preto no branco os contornos do escândalo que passou impune.
Sobre Carlos Magno resta dizer que ainda lhe restou uma réstea de dignidade ao abster-se na votação, o que terá provocado mais uma fúria do recluso que terá comentado que Magno tudo lhe devia na vida. Se for assim é triste como a noite.
Agora é isto que se pode ler:
Tudo isto redundou em quê? Uma imagem por mil palavras, tirada por alguém das "redes sociais" e que mostra o discurso às tropas do novo director do DN, André Macedo, sob a sombra tutelar e esconsa, à direita na imagem, do novo presidente de administração, o dito que está em tudo o que mexia. Ah! E diga-se já uma coisa: o actual Diário de Notícias parece que vende uns milhares de exemplares, muito poucos. Vale ainda menos do que valia quando estava lá o jornalista desportivo Marcelino e por isso vale o velho ditado de que atrás de mim virá quem de mim bom fará...actualmente com este novato é a coisa mais insípida, mais desinteressante que pode haver em jornal e já começou a corrida para a meta da bancarrota. Daqui a dois anos, se tanto, fecha ou muda de rumo, até porque o papel que lhe estava reservado de tropa de choque para a candidatura presidencial e inenarrável está resolvido a zero.
Por outro lado, temos esta esta informação relevante sobre o verdadeiro valor do segredo de justiça para estas pessoas: tal como o outro, estão-se bem a c. para tal, a não ser que a m. lhes caia em cima.
Tudo isto advirá do conteúdo do despacho que decretou a prisão preventiva ao recluso 44 e por isso é segredo de polichinelo que mais uma vez é usado como arma de arremesso por causa da caca que lhes anda a sujar os fatos tipo boss.
De resto sobre a TVI e a designação de um tal Sérgio Figueiredo, figura ímpar no universo da fundação EDP, para seu director já por aqui se havia anunciado em tempos a conversa de pé de orelha pelo mesmo mantida com o recluso 44, ainda em liberdade.Assim, em 16 de Julho de 2012.
Aqui há dias ( 7 de Junho) o D.N. noticiava que o ex-primeiro-ministro José Sócrates esteve por cá, almoçando no restaurante Altis Belém Hotel & Spa, em Lisboa.
A notícia acrescentava que o almoço teve a companhia de um tal Sérgio Figueiredo, ex-jornalista, director do Jornal de Negócios e que agora administra a Fundação EDP. Teria sido o parceiro de almoço o padrinho da sinecura?
Para terminar noticiava-se que José Sócrates, que como foi dito pelos seus próximos ( um tal Renato do Porto) leva uma "vida muito contida", fez-se transportar num Mercedes "topo de gama" com motorista. Alvitrava-se então que ainda se tratava de resquícios dos privilégios que mantinha para si ( a par dos famigerados plafonds em cartões de crédito para almoçaradas e jantares) e cortara deliberadamente a muitos outros...mas o D.N. de 13.6.2012, segundo escreve hoje no mesmo diário Óscar Mascarenhas, esclarecia que afinal o mercedolas é mesmo pertença do antigo primeiro-ministro que vive de modo frugal e "muito contido" em Paris. E sem rendimentos que se lhe conheçam...
Óscar Mascarenhas acrescenta ainda um condimento a esse comentário desenvolvido: o restaurante em causa "recebeu recentemente uma estrela do Guia Michelin".
A estrela é a cereja no topo do bolo. Mercedes...
Conclusão de tudo isto? Ainda há cegos voluntários que não querem ver. Um deles chama-se Renato.
Quanto ao Expresso estas coisas deixaram de ser notícia há muito. E não admira...