Como é comentador aboletado em órgãos da Impresa influenciando pessoas, precisa que lhe refresquem a memória sobre as omissões, mostrando-se a quem lê o enviesamento hipócrita da incoerência de uma autoridade moral que não tem mas que impinge implicitamente em cada escrito.
Hoje, o inefável DN dá-lhe parte da capa em que explica finalmente o que pensa do seu compadre Ricardo. Ideia simples: é o melhor banqueiro português, ainda hoje.
A ideia é fabulosa, de fábula, tendo em conta que a BBC outorgou ao mesmo banqueiro o galardão de pior CEO 2014...por algo que todos já perceberam: ser o responsável directo da bancarrota do banco e do grupo familiar.
Esta análise fina, vinda de um compadre, acompanha-se no interior do jornal por outras análises ainda mais finíssimas, esportuladas ao longo de um almoço regado a fumo.
Lendo percebe-se o que incomoda este vigilante de trambiqueiros excelentíssimos, cujo catálogo não inclui os seus próximos. Por exemplo, sobre o caso do recluso 44, o problema não é a montanha de corrupção à vista, mas um argueiro perigosíssimo e que mina a democracia : famigerada a violação do segredo de justiça que noutros casos é corriqueirice explorada nos escritos mas aqui assume a gravidade institucional do desaforo. "Enquanto cidadão português, desejo que ele esteja inocente". Deseja...e ataca os magistrados por tentarem descobrir essa putativa inocência, imputando-lhes as violações desse segredo portentoso e de comportamentos "escabrosos" que deveriam conduzir ao afastamento dos mesmos. "Deviam retirar o processo ao juiz e ao procurador e entregá-lo a outros". De preferência algum daqueles que tenha desejos ardentes de igual tendência, como era o antigo PGR Pinto Monteiro ou o presidente do STJ que já passou à reforma.
Este vigilante de trambiquices aparentemente não se deixa impressionar por este género que o seu inocente e o seu melhor banqueiro, também compadre, protagonizaram e que vem no CM de hoje:
No primeiro caso, a trambiquice foi a evasão de capitais. Coisa mixuruca que já o falecido Sousa Tavares pai, tinha protagonizado aquando do "caso Dopa" e portanto é nada para este opinativo.
No segundo caso, as suspeitas de mistura entre o seu inocente e o seu banqueiro preferido ficam à vista desarmada.
Para quem não tem palas que seleccionam trambiqueiros, claro está...e depois escrevem sobre inanidades para esconder o assunto que incomoda. O problema principal, aliás, parece ser o caso escabroso do procurador e do juiz que não sabem guardar o devido segredo sobre estas trambiquices que se queriam bem guardadinhas para ninguém saber...
E é este indivíduo comentador encartado. Ou melhor, é exactamente por isso que é comentador encartado e remunerado no sítio onde aparece com opinião.
Por outro lado, não tem pejo nem vergonha de dizer que o seu primeiro emprego ( remunerado, provavelmente) foi na Comissão de Extinção da PIDE ( que eram também DGS, mas omite...).
Lendo o que aqui foi noticiado, é caso para dizer que deveria explicar se soube destas coisas verdadeiramente escabrosas, essas sim, terríveis e sem desculpa para quem se diz democrata. Também subscreveu essa opinião terrorista da "assembleia de militares" que propunha o fuzilamento sumário dos fascistas ( na altura, um deles era o seu banqueiro de eleição), sem as chatices de procuradores e juizes revelarem segredos de justiça? É de temer o pior como resposta...e pode ser que na próxima entrevista se explique, mesmo com muito fumo à volta.
3 comentários:
o prec preconizado pelo tó monhé promete o regresso ao passado
Este Tavares filho é um ser humano no mínimo lamentável. É o que dá quando se tenta recriar e ser uma fotocópia do progenitor.
Tanto quanto me lembro o progenitor era conhecido como o "Tareco"...
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