Em Julho de 1973 Marcello Caetano foi a Londres, onde foi publicamente enxovalhado por alguma oposição ao regime, na qual se incluía Mário Soares que manobrou para que tal sucedesse.
A revista Observador de 27 de Julho desse ano mostrou imagens da manifestação de apoio a Marcello Caetano, quando regressou. Assim:
Em 25 de Março de 1974, a propósito da publicação do livro de António Spínola, Portugal e o Futuro, a revista francesas L´Express publicou um artigo em que se dava conta das dificuldades do regime por causa das guerras em África.
Interessante ainda é ler sobre a posição de então de Adriano Moreira, o pai da jacobina desatinada. Dizia que Portugal era uno e indivisível como a Santíssima Trindade. Depois apostatou...
No dia 28 de Maio de 1974,a revista Paris Match mostrava imagens da caminhada para a manifestação do 1º de Maio desse ano, em Lisboa. no Estádio da FNAT, onde se encontravam Mário Soares e Álvaro Cunhal.
Terá este fenómeno de transferência colectiva de vontades em manifestar apoio a pessoas e situações tão diversas, algo a ver com esta caricatura do Tintin e os Pícaros, em que num país sul-americano sai um ditador, entra um populista e o povo em geral apoia do mesmo modo ( mas com vigilância policial?
O Dragão que tem vindo a escrever excelentes análises ( embora altamente discutíveis) sobre o devir do 25 de Abril, sugeriu que talvez seja essa a explicação para a mudança súbita de apoio colectivo no espaço de tempo de menos de um ano.
Não me parece nada. E nem sei dizer porquê, uma vez que ando a tentar compreender.