O Público de hoje destaca na primeira página a família Mortágua onde alegadamente, "os ideiais revolucionários correm nas veias".
Os ideais revolucionários do Mortágua pai, já são conhecidos há décadas e fizeram escola no tempo em que os amanhãs prometiam cantar. O ideário político da Luar era do género totalitário, comunista e inadmissível na civilização ocidental.
As filhas não têm culpa disso. Porém, deveriam saber que o assalto ao Santa Maria não foi só coisa tipo brincadeira, porque não se tratou só de feridos, como conta a menina Mariana, que se calhar nunca ouviu outra história.
Porém, houve um morto e tinha nome: José Nascimento Costa. Era casado e tinha um filho bebé... que nunca chegou a conhecer bem o pai, por causa daquele "ideal revolucionário" de que as filhas agora se orgulham muito.
Para saberem melhor o que o pai fez em nome da "Santa Liberdade" podem ler a acusação de que foi alvo: homicídio voluntário consumado e vários frustrados. Aqui. E foi condenado por esse e outros crimes, por um tribunal.
Não parece que seja coisa de que alguém se deva orgulhar assim tanto, mas enfim.
Pena que estas coisas sejam obliteradas por um Público cada vez mais nojento jornalisticamente e que faz propaganda acéfala destas coisas que metem nojo, contando parte da verdade e escondendo a mais inconveniente.
17 comentários:
Uma vergonha. Mas, como uma delas diz, como são de esquerda não há problema- foi por uma boa causa.
nos anos 50 quando o comboio parava em Mortágua, gritavam
'-quem matou o juiz?'
estas intelectuais são profissionais do antifascismo
Tenho-o dito por diversas vezes, não conheço melhor sinal do actual valor do país do que este - ver velhos multimilionários absolutamente independentes e em fim de vida, que nada mais podem ambicionar, nem querer ou temer, a ceder aos interesses do status quo do momento.
Estão nesta linha Belmiro ou Balsemão, quando afastam os jornalistas incómodos para o poder socrático, como José Manuel Fernandes ou Mário Crespo.
Não têm perdão.
O que é que se pode exigir do carroceiro ou da vendedora de fruta, quando esta gente se comporta assim?
Para informação adicional recomenda-se a leitura: http://jornaldiabo.com/nacional/camilo-mortagua-filha-mariana-mortagua-parlamento/
Apetitoso:
A Herdade da Torre Bela, com 1700 hectares, a maior área de terra agrícola murada do País, pertencia ao duque de Lafões. A 23 de Abril de 1975, foi ocupada pelo “povo trabalhador” aos gritos de “a terra a quem a trabalha”.
Para comandar aquela tropa mista de camponeses, delinquentes e bêbados, aterrou na herdade ribatejana o revolucionário Camilo Mortágua, já grávido de ideias bloquistas.
Camilo Mortágua ( ... ) está estabelecido no Alvito, em pleno Alentejo, como empresário. É hoje um “agrário”, nome pejorativo que os revolucionários de antanho colavam na região aos proprietários de terras agrícolas.
Pois. E uma das estúpidas ainda diz que esse sonho das ocupações se mantém na mente de muitos jovens.
Gente que diz isto devia ser colocada na rua em cuecas e à procura de abrigo.
Quando aqui neste blogue o seu autor se interroga em saber porque é que um regime como o anterior, aparentemente apoiado pela maioria do povo, cedeu o lugar à corja do regime lixeira que nos governa, uma das possíveis respostas está aqui, no exemplo do revolucionário que se transmuta em agrário.
1º Andamos todos à procura do mesmo.
2º A natureza humana é como é.
Para percebermos as coisas temos que ultrapassar o plano do manifesto.
Um bom exemplo, no terreno da politica, está na série "House of Cards".
Ou seja, o dito transformou-se naquilo que dizia execrar...
Admirável na coerência revolucionária.
Porque se operou uma revolução naquele bestunto, certamente. Ou então embotou de vez e nem vê a contradição.
À procura de quem seria o Mortágua, encontrei mais isto:
http://maisevora.blogspot.pt/2009/07/o-bloco-ja-tem-sede-em-evora.html
Anonymous Anónimo said...
Se essa Joana Mortágua sair ao pai... É que querem fazer deste um mito, mas ele não tem feito outra coisa senão ser um chupista de primeira. Perguntem em Alcáçovas e nas Terras Dentro o que ele por lá fez, perguntem! E pergunyem pelo buracão financeiro que lá deixou antes de ser corrido! E pelo carro, pelo cartão de crédito ilimitado, pelas viagens semanais para a estranja...
«Quando aqui neste blogue o seu autor se interroga em saber porque é que um regime como o anterior, aparentemente apoiado pela maioria do povo, cedeu o lugar à corja do regime lixeira que nos governa, uma das possíveis respostas está aqui, no exemplo do revolucionário que se transmuta em agrário.»
Segundo sopeiras que já trabalharam em minha casa, no Grande Porto falava-se assim:
«não votamos nos comunistas, mas o meu pai lá em casa sempre dizia para votarmos no partido do Soares, porque ajuda os pobres».
Estabeleceu-se a narrativa de confronto entre ricos e pobres, fascistas e povo. Os nossos proprietários, industriais, comerciantes, não eram recomendáveis. Mas o que se seguiu depois foi desastroso. Em 1974 o país convergia a todo o gás com a Europa Ocidental sem endividamento externo e sem apoio externo. E em democracia, o que sucedeu? Um enorme ataque ao «pote».
Comprei num alfarrabista há uns anos um livro sobre a História das escolas iniciáticas. Recordo que um capítulo exaltava a origem campestre de Jesus: criado num meio rural, só mais tarde entraria na cidade. Deus daria o privilégio àqueles que têm elevação espiritual de nascerem e crescerem no campo.
Os detractores de Salazar utilizam a sua proveniência para o apelidar de «campónio» e «provinciano».
O conflito entre campo e cidade é antigo e há quem diga que o mito de Caim e Abel reflecte esta realidade. O cinema desde cedo também abordou o tema, recordo por exemplo o excelente «Aurora».
No confronto o campo sai por cima. A cidade é o espaço da artificialidade, dos vícios e do materialismo. Afinal de contas, Deus destrói duas cidades pelos seus pecados: falo obviamente do mito de Sodoma e Gomorra.
Em Portugal ao longo de décadas a corja denegriu Salazar por ter nascido na província, e pela sua ligação à terra. Sem contraditório. É esta a miséria intelectual em que nos encontramos.
Seria interessante saber-se mais sobre o Mortágua velho. O que fez com a exploração agrícola, como desempenhou as tarefas que dinheiros teve e de quem, etc etc.
Seria talvez um exemplo a mostrar...mas os jornalistas do Público não gastam disso.
Gastam nojo das prateleiras que lá têm.
Desinformação, manipulação. Ou seja a antítese do jornalismo.
Estão bem uns para essoutros.
José,
Tem aqui uma parte da resposta, creio:
http://camilomortagua.no.sapo.pt/
Percebe-se que o Mortágua terá enveredado pela caça aos fundos para "desenvolvimento local". Conheço mais gente nestes esquemas. Fazem umas "coisitas" para inglês ver (porque senão seria escandaloso) e vivem opiparamente!
Isto é gente que só sabe viver à conta do orçamento, seja ele local ou global, nacional ou europeu. Ah, ah.
O 44 e a sua trupe tambem eram gente de "causas". Nao descansaram enquanto nao aprovaram o casamento gay, entre outras mxrdas, que usavam para ocupar telejornais e as mentes do nescios enquanto lhes iam ao bolso / enchiam os bolsos.
“40% dos professores do Ensino Superior têm mais de 50 anos” e 80% são socialistas e falta-lhes vergonha na cara.
O homem é mais feio do que a noite. Vá lá que as raparigas têm muita sorte em não se parecerem com o pai... E então o seu percurso político execrando, valha-me Deus! Se eu tivesse um pai destes acho que me escondia de tudo e de todos enquanto vivesse. Mas isso sou eu a falar, que sou doutra safra.
Será que foi nesta Herdade, assaltada vergonhosamente por este Mortágua e pelos seus capangas, onde aparece um tabalhador daqueles feitos à moda antiga, a ser doutrinado pelos anti-fascistas feitos à pressa, para se tornar proprietário das terras ocupadas, entregando para tal às "cumprativas" todos os instrumentos de tabalho e demais maquinaria agrícola a ele pertencentes, aos que a partir daí, todos juntos e mais ele, iriam gerir finalmente as terras como devia de ser e distribuir os lucros equitativamente entre todos...
Bem, de cada vez que este homem aparece a dizer de sua justiça, naquele documentário realizado por um sueco (oportunìssimamente feito naquela altura e extemamente elucidativo da loucura em que os revolucionários chanfrados, além de imporem regras malucas em todo o lugar em que punham a pata, nas famigeradas sessões de esclarecimento democrático manobravam em simultâneo os pobres e ingénuos tabalhadores rurais - e os das fábricas, e os das empresas, etc. - que acreditavam em tudo quanto lhes era enfiado pela cabeça abaixo pelos MFA's nas célebres e aldrabonas sessões de esclarecimento) e que a determinada altura se insurge violentamente contra o facto de que, se fizer tudo o que o doutrinador lhe pede, isto é, se entregar à "cumprativa" a pá que segura na mão, o tractor que tanto lhe custou a adquirir, etc., etc., o iria deixar ficar sem nada e a "cumprativa" passaria a ficar com tudo o que lhe pertencia e o mais que fosse comprando... Por muito que o doutrinador lhe fizesse ver (inclusivamente berrando) que ele iria lucrar com a troca e ficaria rico, qual quê!, o pobre do homem não transigia nem por mais uma.
Bem, eu ri-me tanto, mas tanto, com aquele diálogo insólito que só eu sei. Isto aconteceu um dia destes quando a RTP passou novamente o documentário, desta vez muito mais completo do que o havia feito nas vezes e anos anteriores, que vocês que me estão a ler não põem nem na ideia o quanto. E durante vários dias, sempre que me vinha à memória o discurso coerente, corajoso, autêntico e cheio de razão, deste honesto e dedicado trabalhador da terra e verdadeiro português, ria a bom rir.
Quem era este homem? Onde está ele agora? Se estiver ainda vivo e Deus queira que sim, alguém que o vá entrevistar depressa. Este bravo português merecia, mais do que uma qualquer comenda, uma estátua à altura da sua valentia e honra. E por desprezar ostensivamente os 'tropas' virados doutrinadores mais do que suspeitos e as revolucionarites instantâneas nascidas literalmente da noite para o dia. E talvez o mais importante, a demonstração sincera e pura do respeito e dedicação, ainda que não declarados verbalmente, devotados ao porventura considerado por si ainda patrão, apesar de todas as vicissitudes entretanto ocorridas.
Refinado facínora.
Um tiro na nuca...sem recurso para o tc nem para o tribunal europeu... :-)
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