(ANSA) - TORINO, 10 GIU -"I social media danno diritto di parola
a legioni di imbecilli che prima parlavano solo al bar dopo un
bicchiere di vino, senza danneggiare la collettività. Venivano subito
messi a tacere, mentre ora hanno lo stesso diritto di parola di un
Premio Nobel. E' l'invasione degli imbecilli". Attacca internet Umberto Eco
nel breve incontro con i giornalisti nell'Aula Magna della Cavallerizza
Reale a Torino. Ha appena ricevuto dal rettore Gianmaria Ajani la
laurea honoris causa in 'Comunicazione e Cultura dei media' perché "ha
arricchito la cultura italiana e internazionale nei campi della
filosofia, dell'analisi della società contemporanea e della letteratura,
ha rinnovato profondamente lo studio della comunicazione e della
semiotica".
(...)
"La tv aveva promosso lo scemo del villaggio rispetto al quale lo
spettatore si sentiva superiore. Il dramma di Internet è che ha promosso
lo scemo del villaggio a portatore di verità", osserva Eco che invita i
giornali "a filtrare con équipe di specialisti le informazioni di
internet perché nessuno è in grado di capire oggi se un sito sia
attendibile o meno". "I giornali dovrebbero dedicare almeno due pagine
all'analisi critica dei siti, così come i professori dovrebbero
insegnare ai ragazzi a utilizzare i siti per fare i temi."
Umberto Eco refere-se à Itália, naturalmente. Acha que as chamadas redes sociais albergam um cóio incomensurável de imbecis. E apela mesmo aos jornalistas para dedicarem duas páginas diárias à análise crítica desses sítios de malfeitorias.
Em Portugal, porém, o valhacouto da imbecilidade estende-se um pouco mais além e invade mesmo as redacções onde Eco julga poder encontrar a redenção.
Para entender a comparação e sendo Eco uma pessoa da esquerda ampla, basta ler o La Repubblica e o Público. Não necessariamente para se detectarem os focos da imbecilidade ambiente, mas para se perceber que o jornal português nunca conseguirá aproximar-se da qualidade redactorial daqueloutro italiano e portanto o eventual esforço seria inútil.
Em Portugal a análise passa necessariamente por uma indagação prévia sobre preferências político-partidárias dos jornalistas e causas que defendem particularmente. Causas da modernidade, artísticas e abertamente políticas. O jornalismo que praticam reflecte quase sempre tais idiossincrasias.
O predomínio absoluto da ideologia difusa de uma esquerda infusa marca indelevelmente o conteúdo das notícias, a redacção dos textos e a inflexão de voz da locução televisiva e radiofónica. Para se perceber melhor e com exemplos, basta ouvir uma Maria de São José na Antena Um e uma Ana Lourenço na SIC-N. Até aflige quem estiver atento e à espera da isenção ausente.
Depois temos os camões e paulos ferreiras, delgados, judites e afins anas sá lopes.
Ver e ouvir a tv e rádio públicas é testemunhar o anúncio do advento da próxima governação socialista, todos os dias.
O despudor é tal que o alinhamento noticioso entre as cadeias de informação televisiva nos vários canais é uniforme e de pensamento único.
Aqui há uns dias, a jornalista Judite de Sousa justificou a um Medina Carreira inconformado em ver que as tv´s não dão qualquer relevância à candidatura de um Henrique Neto, preferindo-lhe um Sampaio da Nóvoa, a circunstância de este ser apoiado por três ex-presidentes da República e se o melhor colocado em sondagens. E com isso ficaria definido o critério editorial de preferência permanente por aquele candidato da esquerda. Medina Carreira respondeu-lhe que nesse caso, o melhor seria proclamar desde já eleito como presidente o dito cujo...
Claro que esta imbecilidade não releva de qualquer rede social mas do suposto profissionalismo de alguém que tem poder e influência num órgão de informação de calibre televisivo.
Os opinadores televisivos são escolhidos a dedo da mão esquerda para comentarem tudo e o par de botas habitual, desde anões e silva a louçãs comunistas e modernaços, passando pelos marquesmendes e marcelos da habitualidade corrente. É inútil procurar outra qualidade para além desta.
Nos jornais detectam-se, aqui e ali, um ou outro que sendo excepções confirmam a regra: ideias de esquerda über alles.
Se contassem a Umberto Eco o que sucedeu com o Expresso de um Costa&Nicolau no célebre episódio Artur Baptista da Silva, o escritor ficaria banzado e teria que rever a sua teoria: a imbecilidade escondida no sítio "de referência". Pedir a estas pessoas para vigiarem a imbecilidade das "redes sociais" seria como pedir a um varredor o controlo de qualidade dos aspiradores.