domingo, junho 14, 2015

Ecco: Os vigilantes da imbecilidade

(ANSA) - TORINO, 10 GIU -"I social media danno diritto di parola a legioni di imbecilli che prima parlavano solo al bar dopo un bicchiere di vino, senza danneggiare la collettività. Venivano subito messi a tacere, mentre ora hanno lo stesso diritto di parola di un Premio Nobel. E' l'invasione degli imbecilli". Attacca internet Umberto Eco nel breve incontro con i giornalisti nell'Aula Magna della Cavallerizza Reale a Torino. Ha appena ricevuto dal rettore Gianmaria Ajani la laurea honoris causa in 'Comunicazione e Cultura dei media' perché "ha arricchito la cultura italiana e internazionale nei campi della filosofia, dell'analisi della società contemporanea e della letteratura, ha rinnovato profondamente lo studio della comunicazione e della semiotica".
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"La tv aveva promosso lo scemo del villaggio rispetto al quale lo spettatore si sentiva superiore. Il dramma di Internet è che ha promosso lo scemo del villaggio a portatore di verità", osserva Eco che invita i giornali "a filtrare con équipe di specialisti le informazioni di internet perché nessuno è in grado di capire oggi se un sito sia attendibile o meno". "I giornali dovrebbero dedicare almeno due pagine all'analisi critica dei siti, così come i professori dovrebbero insegnare ai ragazzi a utilizzare i siti per fare i temi."

Umberto Eco refere-se à Itália, naturalmente. Acha que as chamadas redes sociais albergam um cóio incomensurável de imbecis.  E apela mesmo aos jornalistas para dedicarem duas páginas diárias à análise crítica desses sítios de malfeitorias.
Em Portugal, porém, o valhacouto da imbecilidade estende-se um pouco mais além e invade mesmo as redacções onde Eco julga poder encontrar a redenção.

Para entender a comparação e sendo Eco uma pessoa da esquerda ampla, basta ler o La Repubblica e o Público. Não necessariamente para se detectarem os focos da imbecilidade ambiente,  mas para se perceber que o jornal português nunca conseguirá aproximar-se da qualidade redactorial daqueloutro italiano e portanto o eventual esforço seria inútil.

Em Portugal a análise  passa necessariamente por uma indagação prévia sobre preferências político-partidárias dos jornalistas e causas que defendem particularmente. Causas da modernidade, artísticas e abertamente políticas. O jornalismo que praticam reflecte quase sempre tais idiossincrasias.
O predomínio absoluto da ideologia difusa de uma esquerda infusa marca indelevelmente o conteúdo das notícias, a redacção dos textos e a inflexão de voz da locução televisiva e radiofónica. Para se perceber melhor e com exemplos, basta ouvir uma Maria de São José na Antena Um e uma Ana Lourenço na SIC-N. Até aflige quem estiver atento e à espera da isenção ausente.
Depois temos os camões e paulos ferreiras, delgados, judites e afins anas sá lopes.
Ver e ouvir a tv e rádio públicas é testemunhar o anúncio do advento da próxima governação socialista, todos os dias.
O despudor é tal que o alinhamento noticioso entre as cadeias de informação televisiva nos vários canais é uniforme e de pensamento único.
Aqui há uns dias, a jornalista Judite de Sousa justificou a um Medina Carreira inconformado em ver que as tv´s não dão qualquer relevância à candidatura de um Henrique Neto, preferindo-lhe um Sampaio da Nóvoa, a circunstância de este ser apoiado por três ex-presidentes da República e se o melhor colocado em sondagens. E com isso ficaria definido o critério editorial de preferência permanente por aquele candidato da esquerda. Medina Carreira respondeu-lhe que nesse caso, o melhor seria proclamar desde já eleito como presidente o dito cujo...

Claro que esta imbecilidade não releva de qualquer rede social mas do suposto profissionalismo de alguém que tem poder e influência num órgão de informação de calibre televisivo.
Os opinadores televisivos são escolhidos a dedo da mão esquerda para comentarem tudo e o par de botas habitual, desde anões e silva a louçãs comunistas e modernaços, passando pelos marquesmendes e marcelos da habitualidade corrente. É inútil procurar outra qualidade para além desta.
Nos jornais detectam-se, aqui e ali, um ou outro que sendo excepções confirmam a regra: ideias de esquerda über alles.

Se contassem a Umberto Eco o que sucedeu com o Expresso de um Costa&Nicolau no célebre episódio Artur Baptista da Silva,  o escritor ficaria banzado e teria que rever a sua teoria: a imbecilidade escondida no sítio "de referência". Pedir a estas pessoas para vigiarem a imbecilidade das "redes sociais" seria como pedir a um varredor o controlo de qualidade dos aspiradores.



Questuber! Mais um escândalo!