O Expresso desta semana comemora a efeméride redonda dos 50 anos da ponte sobre o Tejo do modo mais acabrunhante que há. O actual director do jornal é qualquer coisa de indefinido que ainda não logrei alcançar.
Em duas páginas, três dos seus jornalistas relatam as maravilhas dos materiais e a resistência da construção e pouco mais. As fotos foram-nas desencantar a um fotógrafo que na época usou a Rolleiflex do patrão e tirou 38 fotos a cores. O jornal publica sete fotos desse lote, assim:
Em 15 de Junho de 1996, o mesmo jornal celebrava o ano de 1966 assim, no que se refere ao "acontecimento do ano", ou seja a inauguração da ponte Salazar:
Quem dirigia o jornal nessa altura era José António Saraiva, mas ainda assim quem leu aquela Revista do Expresso ficou a saber o que ocorreu naquele dia de um modo diverso do que hoje o mesmo jornal relata, escondendo uma memória de que eventualmente se envergonham.
Na última página daquela Revista de 1996 um tal Carreira Bom amargurava-se com a memória de Salazar...ilustrado pelo caricaturista jacobino do jornal.
Figuras destas nem o Diário de Notícias ou mesmo o Público as fez, hoje, com as reportagens que publicaram. Até me admirei.