sexta-feira, agosto 05, 2016

O Jornal de Notícias de Camões merece ser um pasquim?

O Jornal de Notícias já foi um jornal de referência, no Norte. Ainda é, felizmente, malgré o seu infortunado director, Afonso Camões, confessadamente lá colocado pelo poder de José Sócrates in illo tempore.

Pelos vistos o jornalismo que lá se pratica deixa muito a desejar em termos éticos e deontológicos segundo se conta em poucas palavras.

Na Terça-Feira, o jornal de Camões ( não necessariamente o Jornal de Notícias que conheci e que tinha jornalistas como Aurélio Cunha) publicou esta capa estrondosa e de efeito garantido para ajudar um governo afecto ( tarefa principal do tal Camões, no jornal e que mancha qualquer jornalista que se quer profissional independente e respeitado):


Pronto, havia um caso com um juiz e a sua imparcialidade e Camões relatou em primeira página.

Azar do Camões: a notícia era falsa. E que faz a seguir? Publica o desmentido na primeira página, sobre a grande borrada que autorizou a publicar. Do mal o menos mas fica a borrada exposta.


Infelizmente e segundo agora se sabe, a fonte de informação da atoarda veio de dentro do próprio Governo, como aqui se diz :



Camões denunciou a proveniência da fonte privilegiada da asneira grossa que cometeu, em modo genérico ( "fonte ligada ao Governo"). Deveria indicar expressamente quem foi uma vez que a lei neste caso lho permite, para limpar a imagem enegrecida do JN, fruto da sua incompetência e afã noticioso de algo simpático e branqueador da imagem do Governo que está.

E seria muito fácil porque a ética jornalística lho impõe também: ouvir o/a juiz em causa, telefonando para o/a mesmo/a ou para familiares ou conhecidos e perguntar se era verdadeira a notícia que afinal era falsa.
Aparentemente não o fez e isso é um erro grave num jornalista, mas para Camões, segundo se adivinha, é como limpar as mãos à parede...e já estará habituado.

Entretanto, outro doutorado também já deu o seu parecer...

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, defendeu esta quinta-feira que a polémica em torno das viagens pagas pela Galp a secretários de Estado para assistirem a jogos do Euro 2016 está terminada com as explicações do ministro dos Negócios Estrangeiros.

As polémicas começam e acabam quando estas pessoas querem...

Questuber! Mais um escândalo!