segunda-feira, setembro 12, 2016

Um poema para arquivar a queixa de Sócrates...

É de Bocage e serve como luva ao destempero de José Sócrates a propósito da entrevista do juiz. Serve também a todos os cristos e seus apóstolos que tomaram as dores alheias como se suas fossem:

POEMA DE BOCAGE

Quer seja curto ou comprido
Quer seja fino ou mais grosso
É um órgão muito querido
 Por não ter espinhas nem osso
De incalculável   valor
Ninguém tem um a mais
E desempenha no amor
 Um dos papéis principais
Quando uma dama aparece
 Ei-lo a pular com fervor
Se é de um rapaz, estremece
O de um velho, tem pouco vigor
O seu nome não é tão feio
Pois tem sete letrinhas só
_   _   _   _   _   _   _
1        2        3        4        5       6       7
Tem um R e um A no meio
Começa em C e acaba em O
Nunca se encontra sozinho
Vive sempre acompanhado
Por dois orgãozinhos
Junto de si, lado a lado
O nome destes porém
 Não   gera   confusões
Tem sete letras também
Tem L e acaba em ÕES
1        2        3        4        5       6       7
Vou acabar com o embalo
E com as más impressões
Os órgãos de que eu falo...
São o coração e os pulmões

Questuber! Mais um escândalo!