quinta-feira, março 30, 2017

A Parada da Paródia na Graça com todos

Seguindo a lógica antifassista estas coisas que passo a seguir não deveriam ter existido no tempo tenebroso de Salazar. Mas existiram como se comprova...

Vida Mundial de 19.1.1968. Um artigo desenvolvido sobre os Parodiantes de Lisboa, ou seja um grupo formado em pleno salazarismo, dedicado ao humor e centrado em dois irmãos: José e Rui Andrade. É ler...



 Em finais de 1973 o programa Graça com Todos passava todos os dias de segunda a sábado, no Rádio Clube Português, da uma às duas da tarde. Lembro-me de ter ouvido episódios sem conta. Era assim a programação dos rádios em Janeiro de 1974, conforme mostrava a revista R&T de 5.1.1974:



Pastilhas e Ventoinha, seu Arnestinho, vêm desse tempo...

Também esta edição da revista datada de 15.8.1969 não devia existir ou devia ter sido censurada, Jaime Cortesão era "democrata" antes do Estado Novo, opositor do regime e fugiu para o estrangeiro até 1940 altura em que regressou a Portugal e foi preso por isso. Mas por pouco tempo. Passado um ano estava no Brasil e em 1957 regressou a Portugal. Esta edição da revista contava essa história. Segundo o antifassismo não deveria...
É certo que em 1960 a tal "oposição" queria fazer do escritor um herói político. Salazar não deixou. Agora acontece o mesmo, embora de modo mais subtil. 


8 comentários:

Floribundus disse...

além do 'purgama' tinham um jornaleco que li durante a minha recruta na EPC de Santarém em 1965

lembro-me de um episódio
'a partida da sueca'

adelinoferreira disse...

Até havia "A Voz dos Ridiculos"
o mundo acredita e ri ahahahah

Programas brejeiros para povo inculto que qualquer chalaça convidava a beber mais um copo e rir, rir muito. Era o tempo do fado é que induca e o vinho é que instroi e dava de comer a milhões de portugueses.
O zé comprava tabaco avulso, posta de bacalhau demolhado por sete e quinhentos.


O josé perguntava num post anterior se nesse tempo não havia boas coisas. Tirando as más, todas as outras eram boas

Unknown disse...

O Jaime Cortesão tinha uma figura impressionante, parece um mosqueteiro de carne e osso.

Miguel D

Floribundus disse...

por Luís Menezes Leitão, em 31.03.17
Deixem-me ver se eu percebi bem:

1) Vendemos 75% do Novo Banco a troco de nada.
2) Ficamos ainda com 25% do mesmo mas está estipulado que não podemos exercer os direitos correspondentes a esse capital.
3) Os 4.900 milhões que foram metidos no Novo Banco estão irremediavelmente perdidos.
4) Acessoriamente ainda damos ao comprador uma garantia de 4.000 milhões.

É assim, não é? Indubitavelmente um bom negócio.

josé disse...

O Jaime Cortesão era um jacobino. Um republicano laico que se fosse um pouco mais tarde seria comunista. Daqueles ortodoxos que acham o Estaline um modelo de dirigente político e choram ainda hoje a sua morte.

E Jerónimo é um desses e o Louçã diz que não mas é igual ou pior. Um salafrário, portanto.

Quanto aos Parodiantes tínhamos então um regime soturno com a Vos dos Ridículos, não é assim?

Há gente que calada diz tudo; outros quando falam ou escrevem sai sempre asneira. É o caso do que aqui duplica comentários por infoexclusão.

josé disse...

Os Ridículos têm Voz, claro. Como se nota por aqui.

adelinoferreira disse...

Hoje pelas 18,30h fui assistir na FNAC a um pequeno concerto do Quarteto de Cordas da GNR.
Sou mais dado a manifestações
eruditas.

joserui disse...

Estava a ler um artigo no pasquim Público sobre um bibliófilo que tem uma casa com 50.000 livros que a família está agora aparentemente a dar. O senhor está senil ou a caminho, mas mesmo assim o pasquim consegui desencantar uma história de perseguição pela PIDE e livros escondidos no galinheiro. O trabalho de um anti-fassista nunca está pronto!

O Público activista e relapso