quinta-feira, setembro 27, 2018

A Komentadoria Geral da República está povoada de ajuizadores

Público de hoje, o principal arauto do sexismo ao contrário...

A komentadoria de jornal ( e não só) já proferiu esta acusação, produziu as provas sem defesa audível, julgou em processo sumário e proferiu esta sentença, em acórdeão, arvorando-se em ajuizadores encartados:


No mesmo jornal uma página com estatística desmente o acórdeão mas ainda assim a sentença poderá já ter transitado em julgado para os diversos ajuizadores que pululam o país dos media. Mas noticia a manifestação contra a "justiça machista", assim sem tirar nem pôr.  400 ( Na foto pouco mais de uma dúzia se vêem...) manifestantes em apoio dos ajuizadores da KGR e contra os juízes do tribunal da Relação do Porto, transformados em réus e arguidos sem defesa alguma visível. Condenados literalmente na praça pública das acusações da KGR e no pelourinho dos media. É este o sentido de justiça do populismo da KGR.


Será isto correcto, principalmente com uma frase final atribuída a uma advogada acusadora: "a tendência, diz, é para valorizar a palavra do adulto em detrimento da versão da criança"..?

Tenho ideia que será precisamente o contrário, mas para levar água ao moinho qualquer meio de transporte serve...

É evidente que se impõe uma reflexão séria, serena e competente acerca deste fenómeno. Mas não estou a ver os juízes becados a fazê-la. Serão vítimas dos julgamentos e execuções sumárias, sem um ai.
Se julgam que o silêncio não os poderá prejudicar ou beneficiar, como acontece no processo penal, estão bem enganados. As regras processuais da KGR são outras: prescindem de presunção de inocência, de qualquer contraditório e as execuções de sentença sumária são imediatas e bem publicitadas...
A KGR lembra alguma coisa? Sim...os sistemas totalitários. Que lhes falta? O poder de execução material. O moral já o têm. Todo. E sabem disso. Mais: é esta KGR quem aparece depois a rasgar as vestes contra o "populismo" disto e daquilo, vendo argueiros sem topar na trave que os tolhe.

Sob a capa inefável de um direito de crítica pública a decisões judiciais jaz um poder mediático de execução moral, segundo julgamentos sumários. Não é de crítica que se trata mas de sentenças morais condenatórias sobre os tribunais comuns, usando regras de tribunais totalitários.

E tirando alguns idiotas úteis que sempre aparecem nestes julgamentos,  a testemunhar pela KGR, nem se trata de estupidez, mas sim de luta por uma causa: o feminismo radical enroupado em direitos aparentemente inquestionáveis e de civilização progressista contra os "reaccionários".
Este filme já passou em salas grandes e agora é uma reprise.

Esta KGR não tem falta de ajuizadores. Aliás cada vez são em maior número porque não precisam de estudar em qualquer curso especial. Basta saber tudo e serem tudólogos...

ADITAMENTO:

O grupo de pressão APAV, profissionalizado para tal e com ordenados a preceito, "exige" formação aos magistrados:

Para a APAV, “decisões como esta reforçam a necessidade de um maior investimento na formação dos magistrados sobre estas matérias, não tanto no que se refere ao enquadramento legal que baliza o julgamento da causa, mas na análise mais vasta da factualidade em apreciação”.
Impõe-se, segundo um comunicado da associação de apoio à vítima, “a multiplicação de esforços que permitam dotar os julgadores de maior e melhor conhecimento multidisciplinar e, simultaneamente, mitigar alguns mitos e estereótipos sociais e culturais nefastos para uma boa decisão”.
O Tribunal da Relação do Porto recusou, em 27 de junho, um pedido do Ministério Público para transformar em prisão efetiva a pena suspensa decida para os dois homens no tribunal de primeira instância de Vila Nova de Gaia.

Os magistrados e magistradas, coitados e coitadas, não sabem julgar como a APAV exige que se julgue. E por isso está disposta a ensinar aos magistrados e magistradas como se deve julgar.

Portugal chegou a esta miséria!

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