Cm de hoje:
Casos como este, de óbvia negligência no atendimento inicial do paciente, com indicação de espera considerada "dentro do tempo expectável para a prioridade atribuída" devem existir em barda por esse país fora. Alguns são notícia e outros nem isso.
Alguns são reportados às autoridades de supervisão e outros não; alguns são analisados como deve ser e outros não; e uma pequeníssima, ínfima parte dos que passam tais crivos, chegam ao MºPº onde são investigados depois pela própria classe que os provocou, no seio da Ordem dos Médicos, motivo por que só uma parte insignificante chega aos tribunais.
O caso clássico dos processos com destino condenatório por negligência é o da compressa esquecida dentro do paciente operado. Estúpido como é, os peritos da Ordem dos Médicos não arranjam motivos para os sacudir da esfera judicial e deixam cair os responsáveis pelo esquecimento.
Quanto a outros casos como o acima relatado, são canja para os peritos que na Ordem dos Médicos protegem objectivamente os colegas de classe que fazem asneiras.
Remédio para tal? Organizar peritagens independentes e submeter os casos a tais entidades. Os diversos conselhos de peritos da Ordem dos Médicos existem para descobrir a verdade dos factos. Porém, o sentimento geral de quem com as mesmas convive e verifica processos e resultados e assim o sentimento comum, difuso, da comunidade, da vox populi, é o de simplesmente actuarem em conjugado esforço corporativo e desse modo prejudicarem a justiça e a verdade.
Por outro lado, o caso singular acima apresentado mostra o que é verdadeiramente o SNS que o PS e a esquerda quiseram e os resultados a que chegaram por opção ideológica: um SNS que mata pessoas por negligência no atendimento derivado da incompetência de quem dirige hospitais e sistemas de saúde.
Quem coloca na triagem de pacientes enfermeiros diplomados, julgados os melhores do mundo e arredores e que depois fazem destas coisas, é responsável por estas mortes.
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