Público de hoje:
Há uma frase final neste escrito que impressiona e é terrível:
"O povo português não é ninguém. É uma entidade difusa num país com poucos princípios e uma cultura institucional miserável. António Costa, pelo contrário, não é nada difuso. Tem muita carne e muito osso e mete medo a quem já tem um talento natural para ser medroso, como a actual procuradora-geral da República".
Quem não entende isto, exercendo cargos de responsabilidade, deixa entrever que a separação de poderes em Portugal fica muito próxima do que sucede, por exemplo, em Angola. E deixa entrever que a autonomia externa do MºPº, ou mesmo a interna, em Portugal, é um mito. E por isso mesmo, o poder Executivo tem uma influência determinante sobre uma instância de controlo desse mesmo poder que é a PGR e o Ministério Público no seu todo.
Uma situação destas equivale a um atentado ao Estado de Direito. Nem mais. Nem menos.
Como o SMMP costuma pronunciar-se sobre estes assuntos, aliás candentes, o que vai fazer desta vez?
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