A novel ministra da Justiça parece muito segura de si nas intervenções públicas. Na entrevista que deu a Luís Rosa, do Observador, não me parece assim tanto.
Sobre o Ministério Público disse isto:
Portanto, o Ministério Público, para esta ministra não tem ordem em casa e não credibiliza a instituição.
Péssimo sinal do que se anuncia.
Lembra um outro que ciente de uma maioria absoluta alvitrou com o à vontade que se lhe conhece o seguinte, nos idos de outro Governo:
Vamos ver durante o Verão quem poderá ser o tal nome escolhido para "pôr ordem na casa" e quem teve influência na sua escolha. Se for o advogado Proença de Carvalho desde já ficamos avisados: vai ser a reedição de um Pinto Monteiro em versão pior...
De repente lembrei-me também de uma velha e magnífica canção de Sérgio Godinho que tem uma letra que começa assim:
"Disseram-me um dia, Rita, põe-te em guarda; aviso-te, a vida é dura, põe-te em guarda..."
De resto, tenho pena que a actual PGR não lhe venha responder, por uma vez, numa entrevista e dizer apenas uma coisa: nestes seis anos não falei muito, mas tenho a consciência que o MºPº respeitou a lei e a Constituição e deu provas que ninguém está acima da lei. E isso reivindico como legado.
Basta isto para colocar a Rita no seu devido lugar: ministra vinda do escritório de advogados da PLMJ.
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