CM de hoje:
Um apelo escrito aos altos princípios do "código penal e legislação avulsa" que agora e para este caso deixaram de ser chamados. Um elenco das entidades que da ONU à OCDE tentam prevenir a corrupção, como se este caso do contrato já lá estivesse no campo minado de tal assunto. E finalmente a justificação pelo exagero que me lembra a atitude de Figueiredo Dias há trinta anos quanto lhe modificaram o Código Penal que era o seu rebento, para lhe introduzir um aumento de penas máximas de prisão de 20 para 25 anos: "matem-nos!", foi a sua reacção de despeitado ao O Diabo da época.
De facto isto é mesmo o diabo, tentar dilucidar o trigo e o joio com objectivdade, bom senso, ponderação, equidade e oportunidade que aqui me parece faltar a rodos.
Como se pode ler, a sucessão de notícias agarra-se a tudo o que pode para justificar como grande feito o que afinal é um ratinho muito insignificante que saiu a guinchar fininho desta montanha de capas e mais capas que deitaram um governo abaixo.
Não me interessa muito estar para aqui a defender o Montenegro ou seja quem for, a não ser por uma questão de reposição de justiça que vejo estar a ser inquinada por esta obsessão mediática do grupo de Correio da Manhã.
E pergunto-me outra vez: porquê, afinal?! Porquê?! É só por causa daqueles grandes princípios sempre enunciados na pompa inquisitorial do Batalha que faz de tal coisa o seu fonds de commerce?
Este interesse permanente mesmo depois de esclarecidos aspectos fundamentais que poderiam colocar em crise a honestidade e mesmo a hombridade de um indivíduo, suscita também ela questões que se devem colocar do mesmo modo que são colocadas pelo jornal. Afinal o poder mediático deve também ser escrutinado nos seus interesses por vezes não revelados aos leitores e não bastam as proclamações de princípios para afastar tais escrutínios, do mesmo modo que o jorna entende que tal se justifica para quem detém poder político. O poder mediático de derrubar o poder político não é menor que este com o pormaior de nem ser democrático...
Por isso, não me parece, sinceramente não me parece e há mais alguma coisa porque se olvida o que está por trás deste assunto, na realidade da vida política e isso sem querer lançar suspeitas como o faz o jornal:
Desde Novembro de 2023 que o grupo de media pertence a estas entidades:
Neste contexto é necessário ponderar isto:
Portanto temos um grupo alargado de interessados em concorrer e ganhar concessões de jogo até ao final do ano...e é altura de perguntar: quem são esses interessados?
Responda quem souber...mas não é despiciendo julgar que o jornal faz este jogo de não explicar tudo ou pelo menos tentar perceber tudo e como é que tudo isto começa e de onde vem...