Muita gente se interroga sobre quem foi o autor da mudança do sistema de ensino que tínhamos em 25 de Abril de 2974 quanto à divisão entre ensino técnico-profissional, com as escolas secundárias comerciais e industriais, como se chamavam então e o ensino liceal vocacionado para a preparação para as universidades.
A divisão "de classe" causou sérios engulhos ao sistema esquerdista vigente, com notório destaque para o partido comunista que pautava a ideia de democracia pela de igualdade, através de uma colectivização da economia e do próprio ambiente colectivo com vista à almejada e constitucionalizada "sociedade sem classes".
O melhor exemplo deste tipo de pensamento que dominava então a intelligentsia que ensinava e comunicava nos media é Rui Grácio, já falecido.
Vale a pena ler esta entrevista concedida ao O Jornal de 6.2.1975 para se verificar o tremendo erro em que Rui Grácio laborava afincadamente.
Foi ele, sem dúvida alguma, um dos autores mais importantes do erro fatal que nos afectou e afecta nestes últimos trinta e seis anos de democracia: acabou com o ensino técnico que se ministrava nas escolas industriais e comerciais, em nome da democracia! A justificação é esta que o mesmo apresenta:
A divisão "de classe" causou sérios engulhos ao sistema esquerdista vigente, com notório destaque para o partido comunista que pautava a ideia de democracia pela de igualdade, através de uma colectivização da economia e do próprio ambiente colectivo com vista à almejada e constitucionalizada "sociedade sem classes".
O melhor exemplo deste tipo de pensamento que dominava então a intelligentsia que ensinava e comunicava nos media é Rui Grácio, já falecido.
Vale a pena ler esta entrevista concedida ao O Jornal de 6.2.1975 para se verificar o tremendo erro em que Rui Grácio laborava afincadamente.
Foi ele, sem dúvida alguma, um dos autores mais importantes do erro fatal que nos afectou e afecta nestes últimos trinta e seis anos de democracia: acabou com o ensino técnico que se ministrava nas escolas industriais e comerciais, em nome da democracia! A justificação é esta que o mesmo apresenta:
" Trata-se de democratizar, ao nível do ensino secundário, as estruturas escolares, implantando um tronco comumem que não haja vias paralelas de desigual prestígio que reproduzam e reforcem a hierarquia classista da formação social, designadamente a divisão do trabalho manual e do trabalho intelectual. A estratificação hierarquizada da sociedade portuguesa sofreu, com o 25 de Abril, abalo forte mas não se decompôs de maneira que os grupos socialmente dominantes nunca terão perdido a esperança de uma recuperação."
Esta aqui tudo dito sobre a ideologia comunista. A mesma que ainda hoje o PCP e o BE pregam aos neófitos e escondem do povo.

Como fruto desta mentalidade ideológica podíamos ler no mesmo jornal, em 8.8.1975 e em reportagem de Afonso Praça, uma peça jornalística sobre os professores primários. Os professores e a Revolução era o mote para um conjunto de docentes desse grau de ensino, numa pequena localidade de Aveiro se pronunciarem sobre as mudanças urgentes com vista à construção da "sociedade sem classes".
Curiosamente, uma analfabeta citada na reportagem, "mãe de nove filhos, que não sabe ler nem escrever, cujo marido também é analfabeto, habitando uma pequena casa para o agregado familiar, sem conforto nem condições higiénicas, vivendo exclusivamente da agricultura de terras que não lhe pertencem", dizia assim: " tenho nove filhos e nunca precisei de médico, e dos últimos três estava sozinha em casa quando eles nasceram e não precisei de ninguém. Se hoje viessem para cá os comunistas, eu matava os meus filhos todos e no fim matava-me também a mim. "
Foi por isto e só por isto que o comunismo não vingou em Portugal: por causa dos analfabetos , verdadeiros proletários e que afinal sabem mais que muitos doutores...
O partido comunista nunca conseguiu entrar em pleno nesse núcleo social que afinal seria ,supostamente, a sua base de apoio...
Mas entrou em força e com grande jeito no núcleo da pequena burguesia urbana das cinturas industriais nacionalizadas e no reduto histórico da sua implantação tradicional, o Alentejo.
E porque não entrou? Provavelmente pelo mesmo motivo que a Primeira República encontrou como escolho número um: a padralhada e a mentalidade conservadora e tradicional do povo que temos.
Curiosamente, uma analfabeta citada na reportagem, "mãe de nove filhos, que não sabe ler nem escrever, cujo marido também é analfabeto, habitando uma pequena casa para o agregado familiar, sem conforto nem condições higiénicas, vivendo exclusivamente da agricultura de terras que não lhe pertencem", dizia assim: " tenho nove filhos e nunca precisei de médico, e dos últimos três estava sozinha em casa quando eles nasceram e não precisei de ninguém. Se hoje viessem para cá os comunistas, eu matava os meus filhos todos e no fim matava-me também a mim. "
Foi por isto e só por isto que o comunismo não vingou em Portugal: por causa dos analfabetos , verdadeiros proletários e que afinal sabem mais que muitos doutores...
O partido comunista nunca conseguiu entrar em pleno nesse núcleo social que afinal seria ,supostamente, a sua base de apoio...
Mas entrou em força e com grande jeito no núcleo da pequena burguesia urbana das cinturas industriais nacionalizadas e no reduto histórico da sua implantação tradicional, o Alentejo.
E porque não entrou? Provavelmente pelo mesmo motivo que a Primeira República encontrou como escolho número um: a padralhada e a mentalidade conservadora e tradicional do povo que temos.