terça-feira, dezembro 21, 2010

A Velha Esquerda que nos domina

Em 1977, escassos três anos após a Revolução de Abril, a Esquerda estava de pedra e cal, na Constituição, no regime económico e principalmente na mentalidade ambiente em Portugal. Os media todos por conta e por isso descansados por uns anos, enquanto a economia e o país real apertava o cinto e afivelava crise atrás de crise económica com uma inflacção a subir sempre em direcção à especulação e aos lucros dos pequenos empresários que viriam a integrar a economia paralela e certos grupos que agora dão cartas na construção civil e obras públicas.

Em 25.11.1977, Álvaro Cunha estava confiante nas "conquistas de Abril":


Isso apesar de em artigos dispersos ( aqui um de José Augusto Seabra no O Jornal de 23.9.77) se discutir abertamente a natureza do comunismo e do marxismo em geral. O artigo respiga ideias doutras publicações estrangeiras, mas o assunto era música para os comunistas que juravam aplicar em Portugal uma receita própria, diversa dos países da cortina de ferro ( expressão do antigamente e cuja adopção é apropriada).

Ainda assim, contra a corrente geral e os media quase em uníssono, de vez em quando aparecia um grito no deserto. Aqui o de Vasco Pulido Valente, no jornal A Tarde de Victor Cunha Rego. O artigo sobre a Esquerda podia ter sido escrito hoje, mas é de 17.11.1982.

3 comentários:

Karocha disse...

Bom Natal José para si todos os seus e, para todos os comentadores.

Floribundus disse...

trabalha em síntese química. quando estragava o 'cozinhado' depejava num local com os dizeres 'abaixo a reacção'.

ouvia 'é preciso partir os dentes à reacção'.
devido a problemas dentários sempre invejei o dentista da 'reacção'

Joaquim disse...

Parabéns pela selecção do texto, que desconhecia, notável de vpv revelando as debilidades dos «vultos» eduardos (que há muito inferi mas nunca seria capaz de sintetizar como o ainda melhor escriba luso).
Uma abordagem que os actuais pensadores da esquerda do livrinho acima referido, aos rui tavares levam a que tenhamos muita benvolência hoje ao ponderar o esquerdismo epicurista de Lourenço e do falecido Prado Coelho.

O Público activista e relapso