quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Um caso flagrante

No julgamento do caso BPN, o tal que Vital e seus correligionários apelidavam de "roubalheira" até saberem quem poderiam ser os verdadeiros ladrões, por causa da intervenção política atabalhoada e suspeita, passam-se coisas extraordinárias quanto a "meios" da justiça. Já se sabe quem os concede, a pedido: o governo. Pois neste caso de julgamento da "roubalheira" não deram. Nem querem saber. Aliás, se lhes perguntarem não é nada com eles, leia-se direcção geral. Leia-se IGFIJ, por exemplo. Um instituto que já foi acusado publicamente de "roubalheira" por um antigo governante ( António Morais, professor do Inenarrável).

O problema das "corporações da justiça" poderá compreender-se melhor se lermos e atentarmos nisto que segue:

No início da sessão, Luís Ribeiro partilhou com os advogados a "surpresa" por lhe ter sido negado a entrega de armários para arquivar os mais de 700 anexos do processo que estão actualmente no arquivo.

"O processo tem 70 volumes que estão no meu escritório. Mas não tenho espaço para os documentos dos 700 anexos. Sempre que precisarmos de confrontar uma testemunha com um documento teremos de interromper a sessão para ir ao arquivo", declarou o magistrado
.
Mais palavras para quê?! Talvez para dizer que se um problema destes surgisse na direcção-geral, os meios apareciam logo, logo. E então se fosse na presidência do Conselho de Ministros, nem tinham tempo para surgir o problema, porque os berros far-se-iam ouvir em todo o casarão. Apostam?

1 comentário:

JC disse...

É mais fácil comprar um carro topo de gama para um qualquer gabinete ministerial do que um armário para um tribunal - nem que seja desses que se compram no Mestre Mako por módulos e se montam em casa.
Ou no IKEA, que é mais fino.

O Público activista e relapso